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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Para Meditar

"O grande pecado de que nenhuma pessoa é livre. E que todo mundo destesta  quando vê em outros. E de que quase nenhuma pessoa, com exceção de alguns poucos cristãos imagina que eles são culpados desse pecado. Não há nenhuma falta que estamos mais inconscientes de sermos culpados do que esta. E quanto mais temos em nós mesmos, mais não gostamos de vê-las nos outros: o orgulho." C.S. Lewis

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

SUCESSO É AMAR A DEUS



Em João 21, encontramos o grande drama entre Jesus Cristo e Pedro. Este havia acabado de negar a amizade com Jesus por causa do medo. Ao reencontrarem-se o Senhor o confronta se realmente era objeto do amor de Pedro. Há um confronto de consciência. Na verdade havia amor, mas havia muitos interesses envolvidos que distraiam o discípulo de Cristo.

O drama que se desenrolou entre Jesus Cristo e Pedro foi preservado para o conhecimento da igreja dos nossos dias, com o objetivo de estabelecer de uma vez por todas o princípio permanente de que, antes de tudo, inclusive do serviço a Deus, nós precisamos ama-lo de todo o coração. É um princípio explicito deixado desde os tempos mais antigos.

Deuteronômio 6.4-5 - Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força.

No ministério, um princípio fundamental para que haja renovo é a realidade de que não existe sucesso fora do amor a Deus. Este princípio é silenciosamente sufocado pela angustia ministerial. A deslumbrante maneira coo Jesus Cristo se reaproximou de Pedro avivou essa verdade. Isso nos mostra que as vezes o que é sucesso para nós não é sucesso segundo a economia de Deus.
É possível pastorear uma igreja enorme e não amar a Deus;
É possível projetar, presidir cultos de adoração perfeitamente concebidos e executados e não amar a Deus;
É possível pregar sermões inspirados e bíblicos que exaltam a Jesus Cristo e não amar a Deus;
É possível até escrever livros que aprofundam o amor dos outros por Deus e não amá-lo.
É por isso que sempre vemos lideres cristãos lamentavelmente expostos em escândalos.  Não somente as posições mais elevadas não são seguras, como podem ser particularmente perigosas. Aparentemente, os lugares mais elevados somente devem ser assumidos debaixo de muita cautela.

O AMOR LIBERTA
A percepção de que amar a Deus é o fundamento de todo verdadeiro sucesso é realmente libertadora. Como?

PRIMEIRO, ela coloca nossas vidas e ministérios além do julgamento falível e opressivo dos quantificadores – os observadores das estatísticas.

SEGUNDO, ela nos liberta da tendência destrutiva de nos compararmos aos outros. Afinal, quem pode medir o amor no coração do outro? Quando nos damos conta disso, não precisamos nos sentir desanimados ou constrangidos por fazer parte de um ministério que talvez não seja bem sucedido numérica ou visivelmente. Nossa dignidade e realização estão em nosso relacionamento com Deus e em nosso amor por Ele.
Agora, para que isso seja vivido pelos discípulos de Jesus Cristo, é necessário desapego deste mundo, assim como Paulo era, porque as exigências deste mundo são vorazes e pedem constantemente a manutenção do status quo do paciente!

TERCEIRO, ele nos liberta e motiva a vivermos a maior prioridade da nossa vida, porque se realmente cremos que amar a Deus é o mais importante em nossas vidas, então tudo – nossa conversa, nossa agenda, e nossas ambições – refletirá o seu amor de forma progressiva. Somos libertos para amar de modo sublime e permanente quando compreendemos que o amor a Deus é a coisa mais importante na vida.

FINALMENTE, é libertadora para toda a igreja, independentemente de posição, porque amar a Deus é algo disponível a todos. A capacidade de amá-lo não é determinada por nível, posição no mundo eclesiástico. Formação ministerial, aptidão intelectual ou eloquência não dão a ninguém uma posição de vantagem quando se trata do amor a Deus. Na verdade, o processo de amar a Deus pode até ser impedido pela proeminência. A possibilidade de amá-lo intensamente é igualmente aberta a todos. Amar a Deus é um chamado sublimemente igualitário. E ele é singularmente libertador em meio ao nosso mundo tão centrado em títulos e posições.

Conservos de Cristo, precisamos expressar conscientemente nosso amor a Deus enquanto lidamos com a burocracia administrativa, nos assentamos em reuniões de conselhos, pregarmos um sermão ou damos aula na escola bíblica. Quando compartilhamos a alegria de um casamento ou a tristeza de um enterro. Somente ao tonarmos nossa expressão de amor uma parte integral do nosso serviço diário é que o nosso amor por Ele crescerá. Assim como nosso ministério.
Precisamos dedicar um tempo especial com Ele. Para simplificar, basta dizer que nós passamos um tempo om aqueles a quem amamos. Quanto mais tempo passarmos com nosso Pai, mais o amaremos. Todos nós precisamos nos disciplinar para reservar esse tempo especial para amar a Deus, para pensar profundamente em sua santidade, para nos gloriarmos na cruz, para dizer: “Aba pai amado. Eu te amo! Eu te amo!”.

Como amar a Deus a quem não vemos, não ouvimos e não sentimos seu cheiro, num mundo rodeado de telas de todos os tamanhos, cheio de festas e estímulos externos?
Gostei muito da resposta do Bento XVI quando lhe perguntaram cheios de expectativas o porquê da sua renúncia. “Deus mandou” foi a resposta. O mundo a sua volta estava sufocando seu amor por Deus.

Precisamos estabelecer prioridades.
Vários anos atrás, ocorreu uma entrevista fascinante ente o Sr. Charles Schwab, então presidente da companhia siderúrgica Bethlehem Steel, e Ivy Lee, que se apresentou como um consultor em gestão. Lee era um homem agressivo e autoconfiante que, por sua perseverança, conseguira a entrevista com o Sr. Schwab, não menos autoconfiante e considerado um dos homens mais poderosos do mundo. Durante a conversa, o Sr. Lee afirmou que se a gestão da Bethlehem Steel seguisse seu conselho, as operações da empresa seriam aprimoradas e seus lucros aumentariam.
Schwab respondeu:
- Se você conseguir nos mostrar o caminho de fazermos mais coisas, ficarei feliz em ouvir; e se funcionar, pagarei o que você pedir, dentro do razoável.
Lee entregou a Schwab uma folha de papel em branco e disse:
- escreva as coisas mais importantes que você tem a fazer amanhã.
O Sr Schwab escreveu.
- Agora,- continuou Lee – numere-as por ordem de importância.
Schwab o fez.
- Amanhã de manhã, comece pela atividade número um e permaneça nela até tê-la completado. Depois, prossiga pela atividade número dois, e assim sucessivamente. Não se preocupe se não tiver completado tudo até o fim do dia. Pelo menos você terá completado os projetos mais importantes. Faça isso todos os dias. Quando estiver convencido do valor desse sistema, faça seus homens tentarem-no. Experimente-o durante quanto tempo quiser e, depois, envie-me um cheque no valor que considerar que seja razoável.
Os dois homens apertaram as mãos em sinal de acordo e Lee saiu do gabinete do presidente. Algumas semanas depois, Charles Schwab enviou a Ivy Lee um cheque no valor de vinte e cinco mil dólares – uma quantia astronômica para o ano de 1930! Ele disse que aquela fora a lição mais lucrativa que ele aprendeu em sua longa carreira de negócios.

No mundo frio e duro dos negócios, existem poucas coisas mais importantes para o sucesso do que aprender a estabelecer prioridades e cumpri-las. Isso não é menos na vida espiritual, na qual precisamos ter nossas prioridades em ordem se esperamos ter sucesso.  E no reino espiritual, a prioridade número um é amar a Deus.

Por isso, a maneira de amar a Deus está em diligentemente:
Ler a Bíblia;
Orar;
Congregar.
Esses meios de graça ajudam a concretizar a nossa fé.

PRÓXIMA REFLEXÃO PARA SER LIBERTO DA SINDROME DO SUCESSO:
SUCESSO É CRER.



quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Tomando a Cruz


Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo,

tome a sua cruz e siga-me. Marcos 8.34

 

 

Parece-me extraordinário que Jesus deixasse de se referir à sua cruz para se referir à nossa cruz. De algum modo, ele já sabia que seria crucificado. Ele agora diz que, se alguém quer segui-lo, deve tomar a sua cruz. Não podemos deixar de observar o mesmo sinal de necessidade imperiosa.

 

O que Jesus quis dizer? De acordo com H. B. Swete, em seu comentário sobre o Evangelho de Marcos, tomar a cruz é "colocar-se na posição de um homem condenado a caminho de sua execução". Se tivéssemos vivido na Palestina ocupada por Roma naqueles dias, e víssemos um homem carregando uma trave transversal ou patibulum, não teríamos a necessidade de correr até ele e perguntar: "Com licença, mas o que você está fazendo?" Não, nós o teríamos reconhecido de imediato como um criminoso condenado, porque os romanos forçavam seus condenados à morte a carregar a própria cruz até o lugar da crucíficação.

 

Essa foi a imagem que Jesus escolheu para ilustrar o significado da autonegação. Precisamos resgatar esse vocabulário para que ele não seja adulterado. Não devemos supor que a autonegação seja abrir mão de luxos durante a Quaresma ou que "a minha cruz" seja uma provação pessoal e dolorosa. Sempre corremos o risco de desvalorizar o discipulado cristão, como se ele nada mais fosse que acrescentar uma camada fina de piedade à vida secular. Fure a camada e lá estará, debaixo dela, o velho e mesmo pagão.

 

Não, tomar-se e ser um cristão envolve uma mudança tão radical que nenhuma imagem pode ilustrá-la à altura, exceto a morte e a ressurreição - morrer para a velha vida, ou para o egoísmo, e ressuscitar para uma nova vida de santidade e de amor. Paulo estava adaptando o vocabulário de Jesus quando escreveu: "Fui crucificado com Cristo" (Gl 2.20) e: "Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos" (Gl 5.24).

 

Um último pensamento: Lucas acrescentou o advérbio diariamente à declaração de Jesus: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me" (Lc 9.23, grifo do autor).

 

De maneira que, irmãos, somos devedores, não à carne para viver segundo a carne.Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis. Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Romanos 8:12-14

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Discussões...

Me perguntam se sou arminiano ou calvinista.

Digo: sou bereano. confiro tudo nas escrituras!





Atos dos Apóstolos
17.11   Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

AS MINHAS DECEPÇÕES SÃO MALDIÇÕES?


Bençãos ou maldiçoes



 

CASTIGO X CONSEQUENCIA

Castigo: do ponto de vista de Deus não existe mais para aquele que crê. Jesus Cristo já recebeu sobre si toda a maldição da lei. A punição do pecado já foi feita no sacrifício de Jesus Cristo.

Consequência: se cutucamos abelhas, levamos ferroadas, é consequência e não castigo.

Aí temos imperícia, imprudência, desobediência, que trazem consequências dos atos, voluntários ou não.

 

DECEPÇÕES

As decepções são frutos das expectativas. Só é assim porque esses alvos que almejamos não acontecem. Ex: jogos que uma pessoa faz e não ganha.

Muitas das nossas idealizações não acontecem como gostaríamos.

Isso não é maldição.

Do ponto de vista bíblico, as maldições perderam os dentes na cruz. Elas caíram sobre Jesus Cristo.

As decepções perdem a força quando temos nossas vontades sepultadas na vontade de Deus.

Minhas decepções são as escadas que descem para a dependência de Deus.

 

Quebras de maldições: produto no mercado religioso.

Gálatas 3.13 -  Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro ),

Isso é anular o sacrifício de Jesus Cristo. O líder que promove isso não é honesto nem consigo nem com os outros.

Isso é encabrestar as pessoas, pelos medos, pelos interesses e prende-las nos seus sistemas. É colocar os crentes em liberdade condicional.

No dicionário de Deus não existe Decepção.

Romanos



  8.28   Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.
 
 8.28   E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto.
 
 8.28   Pois sabemos que todas as coisas trabalham juntas para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles a quem ele chamou de acordo com o seu plano.

Ele faz com que todas as coisas cooperem para o nosso bem.

Não que todas as coisas são boas em si mesmas, mas em Deus vão contribuir para o bem dos que amam a Deus.
 

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Servir novamente com alegria e liberdade

3- Sucesso é orar

Alguns anos atrás, um jovem abordou o capataz de uma madeireira e pediu emprego.
- Isso depende – respondeu o capataz – vejamos como você derruba essa árvore.
O jovem deu um passo à frente e derrubou uma grande arvore com habilidade. Impressionado, o capataz exclamou:
- Você pode começar segunda feira.
Segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, se passaram e na tarde de quinta-feira, o capataz abordou o jovem e disse:
- Quando sair hoje, você pode pegar seu pagamento.
Assustado, ele respondeu:
- pensei que você pagasse na sexta-feira.
- Normalmente fazemos isso – respondeu o capataz – mas estamos dispensando você hoje por seu atraso na produção. Nossos relatórios diários mostram que voe caiu do primeiro lugar em arvores derrubadas na segunda-feira para o ultimo na quarta.
- Mas eu trabalho duro – replicou o jovem – chego primeiro, saio por último e até trabalhei durante os intervalos do café!
O capataz, percebendo a integridade do rapaz, pensou durante um minuto e perguntou:
- Você tem afiado o seu machado?
O jovem respondeu:
- tenho trabalhado tanto que não tenho tido tempo para isso.

Que engano óbvio. Como alguém poderia cometer um erro impensado assim? Contudo, o fato é que muitos servos de Deus falham nas tarefas que lhes são designadas porque não dedicam tempo a afiar suas vidas em oração.

Por quê precisamos orar?
Realmente, nós os pastores passamos muito tempo ansiosos com os afazeres. São responsabilidades administrativas, pastorais e familiares que preenchem nossos dias de tal maneira que as 24 horas ficam muito curtas.
Hoje a vida moderna preenche nossa alma de desejos. São tantas opções que não conseguimos definir o que é prioridade nas nossas vidas. Parece que fazer isto nos deixa para trás, fora da tendência moderna e obsoletos. Quero lembrar que os maiores homens e mulheres que o evangelho já produziu fora “obsoletos” para o mundo. Ficaram tão “desaparecidos” que só poderiam ser encontrados estudando as escrituras e orando, deixando de lado os hábitos mundanos. Depois de décadas, ressurgiram em suas meditações e herança acerca das profundezas de Deus. A maioria nunca foram mencionados em vida.
Os pastores modernos querem ser atuais e falar sobre tudo. É uma praga moderna todos falarem sobre tudo e não ser especialistas em nada. Tenho pavor de ver na TV e na Internet Pastores dando pitaco sobre psicologia, sociologia ou qualquer outra área. Essas igrejas modernas têm programas de TV e chamam para o debate “pastores”. Sai cada coisa ridícula com conhecimentos de terceira categoria e simplórios que dá medo. É um horror.
Quero mencionar algo que chocará você: somos imprestáveis para o mundo. Não adianta competir com o s membros das nossas igrejas que são engenheiros, médicos psiquiatras, pedreiros ou outra coisa qualquer. Nada adianta querer estar à sua altura. Nessa ânsia, muitos se envergonham daquilo para a qual foram chamados: falar de Deus. Ficam perdendo tempo com a situação do país, da política, do futebol e outras bobagens.
Temos que nos conscientizar de que as pessoas nos querem falando de Deus, da Bíblia e nisso precisamos nos esmerar. É seguir o conselho dos Apóstolos:
Atos 6.4 -  e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra.

Por isso trabalhamos demais, oramos de menos e não conseguimos perceber o agir de Deus em todas as circunstâncias. Precisamos orar mais. Ser mais contemplativos para atender a ânsia do mundo por mais de Deus.

Precisamos orar em função do que a oração faz por nós.
Por que precisamos orar se Deus nos ama e sabe tudo de que necessitamos? Porque a comunhão com Deus é a única necessidade da alma que ultrapassa todas as outras. Temos necessidade interminável de Deus e a oração a supre.
O nosso maior pecado é não orar. Todos os fracassos que nos sobrevêm são por não orarmos. A falta de almas salvas por meio do nosso ministério e devido à ausência de oração. A escassez de alegria no me coração é fruto de não orar. Indecisão, falta de sabedoria e de direção são causados por não orar. Quantas vezes tenho errado, tenho faltado com os meus deveres, e tem me faltado poder e alegria, tudo isso por causa do pecado de não orar.

Precisamos orar em função do que a oração realiza na igreja.
A oração traz poder à igreja e ao ministério. É por isto que Paulo suplicou: com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos, e também por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra, para, com intrepidez, fazer conhecido o mistério do evangelho, (Efésios 6.18-19).
Ele sabia que o poder vem só por meio da oração.
Deus promete ouvir o seu povo quando buscado com humildade. Muitos avivamentos na igreja depois de uma temporada de oração. Oração é trazer Deus pra perto do coração sedento. Se queremos ver as igrejas cheias do Espirito Santo, precisamos nos dedicar à comunhão com Deus e incentivar o povo a orar.

Precisamos orar porque Jesus Cristo orava.
O Evangelho de Marcos nos conta que ao se desenvolver o ministério de Jesus Cristo na Galiléia, ele sofreu uma imensa pressão vinda das multidões que eram cada vez maiores. O quadro apresentado por Marcos mostra como as ondas sucessivas de pessoas necessitadas vinham de Jesus, tão grande era a pressão pelas pessoas que Cristo chegou a correr risco de morte.
Marcos 3.9 -  Então, recomendou a seus discípulos que sempre lhe tivessem pronto um barquinho, por causa da multidão, a fim de não o comprimirem.

A palavra para “comprimir” no original é literalmente esmagar. Embora fosse Deus, Jesus Cristo era também homem e realmente sentia essa pressão. Ela era imensa, onipresente, inescapável, desgastante e de uma intensidade que nós provavelmente nunca conheceremos.
O que fazer? Como o nosso Senhor lidava com as pressões da vida e do ministério? Ele simplesmente fazia duas coisas: ele se retirava, para ficar a sós e, segundo, ele orava. Acerca do afastamento de Cristo, Marcos diz: “Jesus subiu ao monte” (Mc 3.13) embora ele sendo homem e Deus, ele ainda tinha necessidade de ficar a sós.
Precisamos dizer que o que funciona para Jesus Cristo funciona para nós? Todos nós necessitamos de um pouco de solidão na vida. Muitos entre nós nunca experimenta silencio durante as horas em quem estão acordos.
Um livro que li a algum tempo atrás, de Andrew Murray, dizia para jamais pedirmos conselhos a um obreiro muito agitado. Ele não teria nada a te dizer porque certamente não passa nenhum tempo com Deus, sem ter nada a nos dizer que valha a pena.
Jesus Cristo se afastava – esse era o primeiro passo, mas ao fazê-lo, isso sempre levava ao passo maior: ele orava. A passagem paralela de Lucas diz: Naqueles dias, retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. (6.12)
Ali Jesus expôs sua alma à presença do Pai, que o iluminava como os raios do sol. Ali ele reafirmou e reforçou seu compromisso de fazer a vontade do Pai.

Precisamos orar porque a falta de oração abre a porta a todos os demais pecados.
Vemos isso claramente no mandamento de Jesus Cristo em Marcos 14.38
Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.
Devemos orar e vigiar como o único preventivo contra a tentação. É exatamente isso que está contido no mandamento em Lucas 22.40: orem para que vocês não caiam em tentação.  Se até os discípulos que acompanharam Jesus ao Jardim do Getsêmani precisavam dessa advertência, quanto mais nós.
A oração é o remédio contra a tentação. Ela é o caminho para derrotar o mal. Nesse sentido somos ordenados a tomar a armadura de Deus, para que possamos ficar firmes contra as ciladas do diabo e para que possamos resistir no dia de dificuldades. Tomar a armadura de Deus inclui a oração constante.
Com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos. (Efésios 6.18)
O querido John Bunyan autor de O Peregrino, escreveu: a oração fará com que um homem deixe de pecar. Por outro lado, o pecado seduzirá o homem que deixe de orar. Sem dúvida, então, todos os nossos pecados são resultado de uma vida sem oração. Não duvido que a oração sincera, feita de todo o coração, seja o remédio para os nossos pecados, bem como a vitoria sobre eles.

Sucesso é orar. Não fique desanimado se as coisas não estiverem saindo conforme a fôrma do mundo. Se você está sendo fiel ao Senhor, andando com Ele, estará experimentando o verdadeiro sucesso.


PROXIMA REFLEXÃO: SUCESSO É AMAR.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Servir com liberdade


2

Sucesso é servir

 

Não sirva esperando retorno a não ser que venha do nosso Senhor Jesus Cristo. Se você fizer para ser reconhecido ou para alimentar sua vaidade, você se tornará um escravo da pior categoria. Nada pior do que ser dirigido pela aprovação e aceitação das pessoas. Isto é pecado, pois em Cristo fomos aceitos e amados por quem realmente nos interessa.

O pecado estragou a todos. Se você servir buscando a recompensa dos outros, você se tornará um amargo de espirito, mergulhado na ansiedade. Pessoas não merecem. São más, são traidoras, interesseiras e doentes (assim somos todos). Elas não merecem, mas Jesus sim.

Já me decepcionei com tantas que passei a não mais me importar com esse tipo de coisa. Foram por tantas humilhações a ponto de ir pedir perdão altas horas da noite por algo que nem sabia o qual era minha falta, porque desejava ser aceito e preservar a ordem nos relacionamentos. Pessoas saem das igrejas sem dar satisfação alguma ao seus líderes que muitas vezes sacrificaram a família para dar atenção e ajudar esses que pereciam.

Mas por outro lado, ao servir a todos, sem distinção, mas por amor a Jesus, conheço na Igreja as mais preciosas pessoas que encontrei. Verdadeiras pérolas que o Evangelho produziu, e isto vale a pena por todos os déficits.

Focar nos outros e criar uma dependência emocional com elas tira nosso foco do verdadeiro serviço. São práticas que demonstram uma dependência escravizante. Uma mendicância emocional. Pastores e Pastoras que vivem assim, são ansiosos para preservar o crescimento das suas comunidades e, infelizmente, a manutenção das suas vidas materiais, o que se tornou imperativo para todos nós. (Veremos isso no capítulo sobre “crer”).

Se as pessoas forem nosso foco, estaremos lascados. Mas o problema não são elas em si, mas o que nos motiva a servi-las. Se o nosso motivo for a glória de Deus, estaremos sempre tranquilos, pois seremos achados fieis.

Hoje, eu sirvo as pessoas sempre pedindo a Deus que seja de modo saudável. Aprendi com o Apóstolo Paulo o seguinte:

 

Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo; pois aquele que faz injustiça receberá em troco a injustiça feita; e nisto não há acepção de pessoas. Colossenses 3.23-25

 

Voltei a amar as pessoas e ser paciente pois sou servo do Senhor, e não dos outros. Faço como ao Senhor e não a elas. Assim posso estar recuperando o amor que sempre tive a Deus, pois Ele não nos chamou à escravidão nem a servi-Lo gemendo, mas com alegria.

 

Jesus Cristo, o servo

Mateus relata que, perto do fim do ministério de Jesus Cristo, uma atitude vil e competitiva desenvolveu-se entre os apóstolos, quando Tiago, João e a mãe de ambos tentaram fazer Jesus prometer-lhes tronos privilegiados no Reino. Palavras duras e gestos irados foram trocados entre os doze. Os ânimos se inflamaram, então Jesus os reuniu e disse:

Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos. (Mateus 20.25-28)

Certa vez perguntaram a um regente de uma grande orquestra sinfônica qual era o instrumento mais difícil de tocar. “O segundo violino”, respondeu ele. “Consigo muitos primeiros violinistas, mas é um problema encontrar alguém capaz de tocar o segundo violino com entusiasmo. E se não há um segundo violino, não há harmonia”.

Naquele momento trágico entre os apóstolos, não havia “segundos violinistas”. E certamente nenhuma harmonia.

O evangelho de João continua o relato dizendo que os discípulos estão reclinados à mesa, com seus pés vergonhosamente sujos projetando-se atrás deles. A refeição está em andamento, mas a conversa é tensa. Que maneira deprimente de comer a Páscoa! Logo eles percebem que o Mestre se levanta da ceia e se afasta deles.

“Enquanto olhavam, ele removeu sua capa, e depois sua túnica. Ele estava completamente despido, nu. A seguir, tomou uma toalha e enrolou-a em torno do corpo.

Depois despejou agua em uma bacia e começou a mover-se lentamente em torno do círculo, lavando os pés estendidos de cada discípulo, enxugando-os com a toalha.

Foi um ato arrebatador. O midrash (comentário judaico das escrituras) ensinava que a nenhum hebreu, mesmo escravo, poderia ser ordenado que ele lavasse os pés de outra pessoa. Contudo Jesus Cristo o fez de maneira mais humilde possível, vestido apejas com uma toalha de escravo. Então ele disse:

Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou. Joao 13.14-16

Ele utilizou a lógica ancestral: se isso se aplica ao maior (eu), precisa aplicar-se aos menores (vocês). Esse é sempre um argumento poderoso. Porém, vindo de Jesus Cristo, ele é simplesmente constrangedor. Se o Deus do universo é um servo, como é que nós, suas criaturas, nos atrevemos a ser diferentes?

 

A síndrome dos poderosos

Hoje, definitivamente, o serviço e sacrifício ao estão na moda. Os “grandes” deste mundo deleitam-se em tronos e dão ordens. Eles medem seu poder pelo número de pessoas que comandam. Eles não servem – são servidos. Os que estão em posições elevadas expressam a antítese do exemplo de Cristo.

Para sermos honestos, isso também se aplica à igreja. Existe uma mentalidade – sabe-se lá de onde vem – que define o sucesso com um tipo de senhorio: sentar-se na poltrona de honra, ser o convidado festejado em almoços, falar para grandes multidões, edificar monumentos, colecionar títulos honoríficos, etc.

Há algum tempo, um Pastor da minha cidade me disse que não poderia ir a um determinado compromisso porque tinha uma reunião do ministério (...) Ao que perguntei: do que se tratava o tal ministério. Ele me respondeu que era do grupo de 100 pastores com mais de 3 mil membros que se reuniriam e pediriam direção para a Igreja do Brasil. CERTAMENTE VOCES NÃO PODEM VER MINHA CONDIÇÃO DE INDIGNAÇÃO. Quer dizer que os outros não estavam fazendo nada nos rebanhos que o Senhor deu para eles cuidarem?

Antigamente os obreiros eram conhecidos pela dedicação e caráter. Hoje são conhecidos pelo número de membros. Determinado folder de uma conferência para ensinar os sorumbáticos obreiros ansiosos por números mostravam os palestrantes, e em seguida o número de membros para validar o chamado. Definitivamente Jesus está fora de moda.

Não desejamos mais servir, mas desejamos o status. A morte ensanguentada de Jesus serviu para dar grandes títulos e empregos a muitas pessoas.

Para aqueles que pensam assim, o cristianismo existe para dar-me a vida eterna, aumentar minha saúde física, mimar meu corpo, aumentar o meu poder, elevar o meu prestigio e dar-me dinheiro para adquirir qualquer coisa que meu coração deseje.

A corrente que nos arrasta do serviço para o autosserviço é sutil e frequentemente imperceptível.

A lavagem dos pés retratou toda a vida de serviço de Jesus Cristo:

- ele se levantou da ceia. Como na encarnação, Ele se levantou do lugar de comunhão com Deus e o Espirito Santo;

- ele tirou suas vestes. Ao longo do seu ministério na terra, Cristo deixou sua existência em glória temporariamente de lado. Esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando semelhante a homens (Filipenses 2.6-7);

- ele despejou agua na bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxuga-los com a toalha com que estava vestido. De maneira semelhante, Jesus Cristo despejou seu sangue na cruz para lavar os pecados da humanidade culpada (Filipenses 2.8);

- após ter lavado seus pés, tomando suas vestes e reclinado novamente à mesa...”. Depois de ter realizado a purificação dos pecados, ele se assentou à direita da Majestade nas alturas (Hebreus 1;3)”

 

O serviço produz sucesso

Como vimos, o serviço produz o verdadeiro sucesso, pois nos tornamos mais semelhantes a Cristo. Agradecemos a Deus por não estarmos seguindo nossas fantasias, mas sim um chamado divino que nos proporciona muitas oportunidades de sucesso. Descobrimos que no serviço – e não no autosserviço- está o verdadeiro espirito de Cristo.

 

Na próxima meditação: sucesso é ter uma vida de oração.