Somos muito dificeis. Se já não bastasse os nossos problemas, temos que conviver bem de perto com o dos outros. Mas isto é uma dádiva aos pastores, pois podemos pregar Cristo aos difíceis.
Mas nas maioria das vezes não temos “escapamento”, no sentido de poder eliminar as toxinas de uma convivência concentrada, tóxica. Suspirei por amigos descontraídos e festivos.
Em um dia desses, olhei para o aconchegante fundo da minha casa, que no verão é bem aconchegante, e suspirei: puxa, se pudesse ter por aqui meus amigos companheiros de ministérios, mais chegados, comendo um churrasco, conversando sobre algo que não tenha nada a ver com crescimento de igreja, com células, com nomeações... Jogando algo divertido, feito crianças em hora de recreio...
Puro suspiro da alma.
Todos estamos correndo atrás da manutenção do padrão de vida... da manutenção do status, da manutenção das expectativas dos outros, do sistema, dos relacionamentos pelo computador nas redes sociais (que não é relacionamento nenhum), da agenda para manter e alimentar um organismo com razão social... O que nos cansa não é o cansaço do trabalho, mas o cansaço do estresse, da preocupação. Não é de fato o trabalho que cansa. O que cansa é a nossa preocupação com o fracasso e a nossa necessidade de êxito.
Li um artigo do Paul Freston, onde ele destaca que Jesus não tinha uma atividade febril, ditada pelas circunstancias. Ele tinha uma missão, não uma reação. Nós somos movidos pela reação!
Enfim, é perigoso chegar aposentados para fazer tudo o que se podia fazer agora, mas limitado pela diabetes, pontes de safena ou amargura por não ter mais capacidade de poder falar mais de festa, mas de plano de ação!
Enfim, deixemos o churrasco para depois.