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quinta-feira, 27 de março de 2008

A Vitória do Nosso Senhor


Estamos na Semana Santa. Na sexta-feira, lembramos mais uma vez o sacrifício de Jesus Cristo. Dois dias depois, no domingo, celebramos a sua ressurreição. Tomemos cuidado ao celebrar as duas datas. Geralmente dá-se mais ênfase à paixão, que é de suma importância, mas devemos lembrar que a obra salvífica de Jesus se completa na ressurreição. “Prateleira” traz com exclusividade para você a devocional “Um Cristo morto?”, do livro A Bíblia Toda, o Ano Todo, de John Stott: “Vimos ontem que o sepultamento de Jesus é parte do Evangelho porque afirma a realidade de sua morte e a natureza corpórea de sua ressurreição.


Devemos, portanto, nos apegar a essas verdades. Ao mesmo tempo, devemos também insistir que o Cristo que adoramos não é o Cristo morto e sepultado, mas o Cristo que ressuscitou e está vivo. Alguns cristãos parecem crer em um Jesus mais morto do que vivo. Vale a pena lembrar aqui a tese desenvolvida por John Mackay em seu famoso livro intitulado The Other Spanish Christ (O outro Cristo espanhol). Mackay foi missionário no Peru por vinte anos e depois se tornou um iminente presidente do Seminário Teológico de Princeton. Em seu livro ele reconta a terrível história dos conquistadores espanhóis que subjugaram e colonizaram os nativos latino-americanos por meio da força no início do século 16.


O retrato de Jesus que o catolicismo espanhol introduziu no continente é uma figura trágica. De um quadro em particular, Mackay escreve: “Ele está morto para sempre... Esse Cristo... não ressuscita”. É impressionante que cinqüenta anos depois da presença de Mackay no Peru o falecido Henri Nouwen tenha visitado o país. Ambos — o missionário presbiteriano e o sacerdote católico romano — chegaram à mesma conclusão. Sobre o catolicismo peruano Nouwen escreveu em seu diário: Em lugar algum encontrei sinal de ressurreição, em lugar algum fui lembrado da verdade de que Cristo venceu o pecado e a morte, e ergueu-se vitorioso do túmulo. Tudo era Sexta-Feira da Paixão. A Páscoa estava ausente... A ênfase quase exclusiva no corpo torturado de Cristo me atinge como uma perversão das boas novas em uma história mórbida que intimida... as pessoas, mas não as liberta.


John Mackay e Henri Nouwen definitivamente estavam certos. As boas novas são que o Cristo crucificado ressuscitou. Aleluia!”
Shalom.

domingo, 23 de março de 2008

O SIGNIFICADO DA PÁSCOA

Na língua hebraica, Páscoa é pesach, que significa passagem ou passar por cima. Era celebrada com a morte de um cordeiro no mês de Abibe (Êxodo 13:4). Abibe significa espigas verdes e corresponde ao primeiro mês do calendário hebraico. Quando Israel estava exilado, este nome foi mudado para Nisã, nome babilônico que significa começo. Abibe ou Nisã para nós corresponde a março-abril.

Páscoa significa libertação. Ela surgiu como uma festa que anunciava o fim do cativeiro opressor do Egito sobre o povo hebreu. Em realidade, o povo hebraico foi liberto não só da opressão do Faraó egípcio, mas também do anjo Destruidor. Lemos em Êxodo 12:23: Porque o Senhor passará para ferir os egípcios; quando vir, porém, o sangue na verga da porta e nas ombreiras, passará o Senhor aquela porta e não permitirá ao Destruidor que entre em vossas casas, para vos ferir. O povo de Israel experimentou duas libertações, a espiritual e a física. Deus ordenou que o sangue do cordeiro fosse aspergido sobre as obreiras e as vergas das casas israelitas. Se não houvesse a marca do sangue na porta, a conseqüência seria a morte do primogênito. O livro de Êxodo 12:13 esclarece: O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito.

Daquela data em diante, a Páscoa se tornou uma ordenança para o povo hebreu. Guardai, pois, isto por estatuto para vós outros e para os vossos filhos, para sempre. Quando os filhos vos perguntarem: Que rito é este? Respondereis: É o sacrifício da Páscoa ao Senhor, que passou por cima das casas de Israel no Egito, quando feriu os egípcios e livrou as nossas casas. Então, o povo se inclinou e adorou. Êxodo 12:24; 26 e 27.

Havia todo um cuidado na escolha do cordeiro que ia ser sacrificado. Devia ser um animal de características especiais. O cordeiro não podia ter deficiência alguma. Tinha que ser o melhor de todo o redil. O sacerdote o examinava minuciosamente antes de seu sacrifício. O livro de Êxodo 12:5a atesta: O cordeiro será sem defeito, macho de um ano. O animal devia ser sem mancha e imaculado. A lei determinava que o animal ofertado não podia ter defeitos: Porém, havendo nele algum defeito, se for coxo, ou cego, ou tiver outro defeito grave, não o sacrificarás ao Senhor, teu Deus. Deuteronômio 15:21.

Para nós cristãos, a Páscoa tem um profundo significado, porque representa a obra que Cristo realizou para nos libertar. Segundo as Escrituras sagradas, as festas eram apenas "sombras das coisas futuras". Está registrado em Colossenses 2:16-17: Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo. A festa da Páscoa apontava para a futura encarnação do Senhor Jesus. Esta comemoração era exatamente uma antecipação figurativa da obra de Jesus no Calvário.

Há algumas similaridades entre o cordeiro da Páscoa e Cristo, a nossa Páscoa. Já vimos que o sacerdote examinava cuidadosamente o cordeiro que ia ser ofertado; este sacrifício acontecia no dia 14 de Abibe - abril - (Êxodo 12:6). Os evangelhos registram a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém poucos dias antes de sua crucificação, e esta entrada se deu exatamente no momento em que o povo estava trazendo os seus cordeiros pascoais para que os sacerdotes os examinassem. O cordeiro era submetido a um rigoroso exame pelo sacerdote antes de ser apresentado para o sacrifício. Observemos o Escrito sagrado: Nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus. Hebreus 7:26.

O texto acima nos mostra que o Senhor Jesus tinha que ser declarado totalmente imaculado. As Escrituras registram o modo pelo qual o Senhor Jesus foi examinado. No livro de Mateus 22:15-46, encontramos Jesus, o Cordeiro de Deus, sendo minuciosamente investigado pelos herodianos, saduceus, escribas e fariseus, e nenhum deles conseguiu achar no Senhor qualquer defeito que o incriminasse. Os textos a seguir mostram o atestado de perfeição do Senhor Jesus, o Cordeiro de Deus: Ouvindo isto, se admiraram e, deixando-o, foram-se. Ouvindo isto, as multidões se maravilhavam da sua doutrina. E ninguém lhe podia responder palavra, nem ousou alguém, a partir daquele dia, fazer-lhe perguntas. Mateus 22:22; 33 e 46.

Não somente os judeus testificaram que Jesus era perfeito, mas também a autoridade civil que representava Roma não viu no Cordeiro de Deus nenhuma mácula. Lemos em João 19:4: Outra vez saiu Pilatos e lhes disse: Eis que eu vo-lo apresento, para que saibais que eu não acho nele crime algum. Por três vezes Pilatos declarou a inocência do Salvador. Jesus, o Deus encarnado, era o perfeito Cordeiro que seria sacrificado por indignos pecadores. No evangelho de João 1:29 constatamos o testemunho de João Batista: No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
O cordeiro pascal aponta com clareza para o Senhor Jesus Cristo, pois em vários lugares as Escrituras sagradas confirmam: Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal foi imolado. 1 Coríntios 5:7b; Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós. 1 Pedro 1:18-20; E, vendo Jesus passar, disse: Eis o Cordeiro de Deus! João 1:36; Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a sua boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca. Isaias 53:7.

Assim como Deus usou o cordeiro pascal a fim de livrar os filhos de Israel no passado, da mesma forma agora Ele usa o Senhor Jesus, o nosso Cordeiro pascal, para nos salvar. Assim como os filhos de Israel foram salvos pelo cordeiro, também somos hoje salvos pelo Cordeiro de Deus, o Senhor Jesus. Os filhos dos hebreus não foram salvos porque neles havia algum mérito, mas porque o sangue do cordeiro tinha sido aspergido na verga e nas ombreiras de suas casas. Da mesma maneira a nossa salvação é fundamentada no derramamento do sangue do Cordeiro de Deus, e não em nossas boas obras.

O Senhor Jesus foi levado à cruz em conseqüência de nossos pecados. Foi a nossa maldade que levou a Cristo para aquela morte tão cruenta. Eis o diagnóstico bíblico a respeito do homem: Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus. Romanos 3:23. Watchman Nee, tratando sobre a Páscoa explica: Assim como os filhos de Israel não tinham outro meio de livramento a não ser pela confiança no sangue do cordeiro pascal, nós também não temos salvação a não ser pela confiança no precioso sangue do Cordeiro de Deus.

O Senhor Jesus realizou uma obra perfeita na cruz, e o profeta maior descreve detalhadamente, o que o Messias de Deus sofreu, para que nós pecadores, pudéssemos ser salvos: Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Isaías 53: 4-5.

Somente pelo sangue de Cristo que foi vertido na cruz, temos a nossa total justificação diante de Deus. Quando confiamos plenamente na eficácia do sacrifício do Cordeiro de Deus, desfrutamos da graciosa libertação da condenação do nosso pecado. Você crê que Cristo é o Cordeiro de Deus? Somos salvos inteiramente pela graça. O livro de Efésios 2:8 aponta: Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é Dom de Deus. O Cordeiro sem mancha e imaculado é Jesus! O pão que não tem impureza é o corpo de Jesus! O único sangue que purifica, que liberta e salva é o sangue de Jesus! Jesus é a verdadeira Páscoa! Louvado seja Jesus Cristo, o cordeiro de Deus, a nossa Páscoa!
Semeador
Shalom.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Vencendo um gigante


Davi respondeu: Você vem contra mim com espada, lança e dardo. Mas eu vou contra você em nome do Deus Todo-poderoso, o Deus dos exércitos israelitas, que você desafiou. (1 Sm 17.45.)


O povo de Israel tinha um inimigo antigo: o povo filisteu. Constantemente havia guerra entre estes dois povos. Quando Davi ainda era jovem, houve mais uma guerra. Nessa ocasião, os filisteus usavam um “super-soldado”, um homem de estatura descomunal chamado Golias. Por ser um verdadeiro gigante, ninguém em Israel ousava enfrentá-lo. Davi ainda não tinha idade para estar no exército. Mas, quando ficou sabendo dos insultos e desafios lançados por Golias contra o povo de Deus, não se importou com sua pouca idade e resolveu enfrentar o atrevido gigante.


O que humanamente falando era impossível acontecer aconteceu: um rapazinho inexperiente em batalhas, armado com uma simples arma que atirava pedras, derrotou um gigante fortemente armado, veterano de muitos combates. Davi sabia perfeitamente que o gigante foi vencido não por sua própria força ou capacidade, mas porque a bênção de Deus estava em sua vida. Alguns anos mais tarde, Davi disse: “Em Deus faremos proezas” (Sl 60.12).


Qualquer um de nós está sujeito a enfrentar gigantes na vida. São problemas muito difíceis, que por nós mesmos não conseguimos resolver. Entretanto, com a graça de Deus nos fortalecemos e, capacitados, podemos tranqüilamente enfrentá-los e vencê-los em nome de Jesus! Não desanime. Não “entregue os pontos”. Confie no poder do Deus Eterno para enfrentar os gigantes da vida!


Shalom!

sexta-feira, 7 de março de 2008

Vida sem Dividas

Vejo que as Dívidas atormentam muitos cristaos. Veja este artigo e acesse o site no final. será bastante util.
“Ele te emprestará a ti, porém tu não lhe emprestarás a ele; ele será por cabeça, e tu serás por cauda”. Deut. 28:44.

Temos neste versículo, o alerta de Deus para o povo de Israel sobre a desobediência à sua Palavra e a conseqüência de serem subjugados pelo estrangeiro. As comparações à cauda significam servidão. Israel passou a ser cauda das nações, sendo disperso e perseguido desde então. Queremos com este texto fazer uma analogia à condição do homem quando este não dá crédito à Palavra de Deus e age financeiramente seguindo a forma do sistema e seus desejos egoístas. Com isso, ele acaba se endividando e sendo subjugado pelos juros.
Vamos comparar esta condição à de um cachorro. Ele nasceu com cauda e acostumou-se com ela. Nascemos agindo financeiramente como cauda e não imaginamos como é viver sem ela. Estamos acostumados a sermos sempre dirigidos pelo sistema. Pensar que existe uma forma de viver sem dívidas nos é estranho e impraticável, todavia esta é a proposta das Escrituras, e nela temos o sustento necessário seguido do contentamento, o que não ocorrerá se continuarmos agindo como cauda.

Com o peso, a cauda tende a se arrastar no chão. Não será esta a condição depois de algum tempo, sempre mendigando benesses do sistema e esfolando a cauda no pagamento de altos juros, usando mal o suprimento vindo de Deus e sempre achando que precisa ganhar mais? Muitos que dizem crer no suprimento de Deus, vivem anos sendo arrastados de dívida em dívida e pensando ser o único meio de vida, pois, “se não deverem nunca terão nada”, e seguem pela vida sempre assombrados pelos credores. Esta é, realmente, uma subcondição.
A grande maioria das pessoas vive na lógica financeira do mundo. Para eles a análise é sempre em cima do bem ou mal, herdado no jardim do Éden quando Eva viu que a árvore era boa e agradável para dar entendimento. Assim, comeu do seu fruto e desde então o homem vive pelo que acha bem ou mal, certo ou errado, bem diferente do que Deus quer para seus filhos, que vivam pela sua vontade que é boa, agradável e perfeita.

A perspectiva das Escrituras sobre dívidas é clara. Leia, com atenção, a primeira parte de Romanos 13:8, em várias traduções diferentes: “A ninguém fiqueis devendo coisa alguma”.(KJV) “Paguem todas as suas dívidas” (BV). “Fique fora das dívidas e não deva nada a ninguém” (AMP). Agora preste atenção neste testemunho de George Muller(1), sobre o texto:
“1 de dezembro de 1842. Durante os últimos meses, dinheiro e suprimentos continuaram a fluir sem interrupção à medida que eram necessários. Não houve excesso nem falta. Hoje, porém, nada entrou, exceto cinco shillings para o bordado. Temos apenas o suficiente para suprir nossa absoluta necessidade – leite. Não pudemos comprar a quantidade costumeira de pão. Alguém poderá perguntar, "Porque você não compra pão a crédito? Que diferença faz se você paga imediatamente ou no fim do mês? Já que os orfanatos são o trabalho do Senhor, você não pode confiar Nele para suprir você com dinheiro para pagar as contas do açougueiro, do padeiro e do merceeiro? Afinal de contas, as coisas que você compra são necessárias para que o trabalho possa continuar”. Minha resposta é esta: Se este trabalho é o trabalho de Deus, então Ele é certamente capaz e desejoso de provê-lo.

Ele não necessariamente proverá no tempo em que nós pensamos que há necessidade. Mas quando houver necessidade real, Ele não falhará conosco. Nós podemos e devemos confiar no Senhor para nos prover com tudo quanto precisamos no presente, então não há razão para entrarmos em débitos. Eu poderia comprar uma quantidade considerável de mercadorias a crédito, mas na próxima vez em que estivéssemos em necessidade, eu me voltaria para novos créditos ao invés de me voltar para o Senhor. A fé, que é mantida e fortalecida somente pelo exercício, se tornaria cada vez mais fraca. Por fim, eu provavelmente me encontraria profundamente endividado e sem nenhuma perspectiva de sair do débito.

A fé repousa na Palavra escrita de Deus, mas não há nenhuma promessa de que ele pagará nossas dívidas. A Palavra diz: “A ninguém fiqueis devendo coisa alguma”. Romanos 13:8. A promessa é dada aos Seus filhos: De maneira alguma te deixarei nunca jamais te abandonarei. Hebreus 13:5b. “Eis que ponho em Sião uma pedra angular (Cristo), eleita e preciosa; e quem nela crer não será de modo algum envergonhado”. I Pedro 2:6. Não temos base nas Escrituras para entrar em dívidas. Nosso alvo é mostrar ao mundo e à Igreja que, mesmo nestes maus últimos dias, Deus está pronto para ajudar, confortas e responder às orações dos que Nele crêem. Não precisamos ir aos nossos companheiros ou aos caminhos do mundo. Deus é tanto capaz quanto desejoso de nos suprir com tudo que precisarmos no Seu serviço”.