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quarta-feira, 27 de junho de 2012

A perfeição de uma igreja imperfeita


Colossenses 1.18-22 - Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o - primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia, agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis,

John Stott dizia: “Na atualidade muitos cristãos evangélicos não hesitam em ceder a tendência patológica que temos de fragmentar-nos. Para tanto nos refugiamos em nossas convicções sobre a unidade invisível da igreja, como se um manifestação visível não importasse. E o resultado disso é que o diabo acaba tendo o maior sucesso na velha estratégia de “dividir e conquistar”.

A igreja é perfeita. Ela é uma comunidade dos salvos pela graça. Quando não temos essa compreensão, ficamos graves de uma doença chamada eclesiopatia, aquela em que a pessoa se afasta e adoece da comunhão da igreja pela falta de compreensão sobre a funcionalidade da igreja.
Em primeiro lugar, a igreja é perfeita porque a constituição da sua gente é milagrosa. Todos se reúnem em torno de um nome para a adoração. Como podemos nos reunir em torno de uma pessoa que não vemos, ajudamos na propagação de um evangelho escrito num livro e cremos que vivemos um estilo de vida que cremos só ter quem nasceu de novo, espiritualmente. Isto é o milagre da fé.
E em segundo lugar, a igreja é perfeita porque se apóia na imperfeição dos seus membros para a própria perfeição. Ela é a ante sala do céu, onde nos preparamos e exercemos dons espirituais em nome do Senhor da Igreja, Jesus. Ali também nossa alma é tratada.
Comprometer-se com uma igreja local é o resultado natural na pessoa do que Jesus Cristo fez na sua vida. Se você não tem interesse em se comprometer verdadeiramente com um grupo de cristãos que ensinam a Bíblia e crêem no evangelho, deve perguntar a si mesmo se de fato pertence ao Corpo de Cristo.
Vejamos o que A Bíblia diz em Hebreus 10.23-27:
 Guardemos firmemente a esperança da fé que professamos, pois podemos confiar que Deus cumprirá as suas promessas. Pensemos uns nos outros a fim de ajudarmos todos a terem mais amor e a fazerem o bem. Não abandonemos, como alguns estão fazendo, o costume de assistir às nossas reuniões. Pelo contrário, animemos uns aos outros e ainda mais agora que vocês vêem que o dia está chegando. Pois, se continuarmos a pecar de propósito, depois de conhecer a verdade, já não há mais sacrifício que possa tirar os nossos pecados. Pelo contrário, resta apenas o medo do que acontecerá: medo do Julgamento e do fogo violento que destruirá os que são contra Deus.

Quando nos reunimos para adorar a Deus, exercitar o amor e praticar as boas obras uns para com os outros, demonstramos na vida real que Deus faz parte da nossa vida e nos reconciliou consigo. Demonstramos ao mundo que fomos mudados, não porque oramos antes das refeições, devolvemos o dízimo e ouvimos musicas evangélicas, mas sim porque mostramos de maneira crescente uma disposição de suportar, perdoar e amar um grupo de pecadores semelhantes a nós. Não podemos demonstrar o fruto do Espírito vivendo isoladamente. Suportar os outros nos ajuda a crescer e amadurecer.
Precisamos entender que é exatamente ali – no meio de um grupo de pessoas difíceis, mas que estão comprometidos com a obra do Espírito para serem aperfeiçoados – que o evangelho é demonstrado. A igreja dá uma apresentação concreta de Jesus Cristo quando perdoamos uns aos outros diariamente e quando entregamos nossas vidas uns pelos outros como Cristo fez por nós.
Muitas vezes ouvimos cristãos falando a respeito dos seus diferentes dons espirituais. Mas com que freqüência consideramos o fato de que Deus nos deu os dons exatamente para serem usados em reações ao pecado dos outros irmãos/as da igreja? O meu pecado dá oportunidade de você exercer seus dons.
O evangelho não consiste em duas pessoas olharem uma para a outra, mas sim, olharem na mesma direção.

Hebreus
12.2: Conservemos os nossos olhos fixos em Jesus, pois é por meio dele que a nossa fé começa, e é ele quem a aperfeiçoa. Ele não deixou que a cruz fizesse com que ele desistisse. Pelo contrário, por causa da alegria que lhe foi prometida, ele não se importou com a humilhação de morrer na cruz e agora está sentado do lado direito do trono de Deus.
O pensamento de Deus é o de ter um povo na terra no qual, e no meio do qual, Cristo é tudo em todos. Esta é a igreja. Temos que revisar nossas idéias. No pensamento de Deus a igreja começa e termina com isto – a absoluta supremacia do Senhor Jesus Cristo. E o que Deus está sempre buscando é juntar aqueles de Seu povo que mais completamente concretizarão este pensamento dele, e serão para Ele a satisfação de Seu próprio desejo eterno: o Senhor Jesus em todas as coisas tendo a preeminência e sendo tudo em todos. Ele ignora a grande instituição, a assim chamada “Igreja”, e está com aqueles que em si mesmos são de um humilde e contrito espírito e que tremem diante de Sua palavra, e nos quais o Senhor Jesus é o único objeto de reverência e adoração. Estes satisfazem o coração de Deus. Estes, para Ele, são a resposta à Sua eterna busca.
Que o Senhor nos conserve firmes no alvo.

Pr. Fábio Alcântara
*Se você quiser entender melhor o que significa “completar no meu corpo o que resta das aflições de Cristo”, sugiro fortemente a pregação de John Piper – You Will Suffer – disponível legendado em:http://www.youtube.com/watch?v=ruJNvu3_nDo

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Orações Atendidas


Texto Bíblico:
Lucas

11.5   Disse-lhes ainda Jesus: Qual dentre vós, tendo um amigo, e este for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães,

11.6   pois um meu amigo, chegando de viagem, procurou-me, e eu nada tenho que lhe oferecer.

11.7   E o outro lhe responda lá de dentro, dizendo: Não me importunes; a porta já está fechada, e os meus filhos comigo também já estão deitados. Não posso levantar-me para tos dar;

11.8   digo-vos que, se não se levantar para dar-lhos por ser seu amigo, todavia, o fará por causa da importunação e lhe dará tudo o de que tiver necessidade.

11.9   Por isso, vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.

11.10   Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, abrir-se-lhe-á.

11.11   Qual dentre vós é o pai que, se o filho lhe pedir [pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir] um peixe, lhe dará em lugar de peixe uma cobra?

11.12   Ou, se lhe pedir um ovo lhe dará um escorpião?

11.13   Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?

Lucas


Almeida Revista e Atualizada  22.45   Levantando-se da oração, foi ter com os discípulos, e os achou dormindo de tristeza,
Almeida Revista e Corrigida  22.45   E, levantando-se da oração, foi ter com os seus discípulos e achou-os dormindo de tristeza.
Nova Tradução na Linguagem de Hoje  22.45   Depois de orar, ele se levantou, voltou para o lugar onde os discípulos estavam e os encontrou dormindo, pois a tristeza deles era muito grande.

Almeida Revista e Atualizada  22.46   e disse-lhes: Por que estais dormindo? Levantai-vos e orai, para que não entreis em tentação.
Almeida Revista e Corrigida  22.46   E disse-lhes: Por que estais dormindo? Levantai-vos, e orai para que não entreis em tentação.
Nova Tradução na Linguagem de Hoje  22.46   E disse: — Por que vocês estão dormindo? Levantem-se e orem para que não sejam tentados.

Para Meditar:
A oração produz resultados psicológicos (paz de espírito, tranqüilidade), espirituais (maior sentido para a vida), e concretos (atendimento real do pedido feito). Elben M.L. Cesar

Introdução
Uma das nossas maiores lutas é uma oração não respondida. Talvez você passe pelo mesmo. Você pede a Deus que resgate um amigo do vício, conceda salvação a um ente querido, que cure uma doença de alguém ou que restaure um relacionamento. Você pode orar por anos, mas não recebe nenhuma resposta dele e não vê nenhum resultado.
Você lembra que o Senhor é poderoso, que seu pedido é algo bom. Você suplica e espera. Você duvida e pensa que Ele não te ouve ou talvez não seja tão poderoso no fim das contas. Você desiste de pedir, por dias ou meses e se sente culpado por duvidar. Mas lembra-se de que Deus quer que você leve suas necessidades a Ele e novamente lhe fala sobre seus pedidos.

Desenvolvimento
Podemos algumas vezes nos sentir como o amigo persistente na parábola do texto que lemos. Ele continua voltando a bater à porta incomodando e tentando para que ele ceda. Mas sabemos que Deus é mais gentil e mais poderoso. Confiamos nele, porque Ele é bom, sábio e soberano. Lembramo-nos de que Jesus disse que nós devemos “...orar sempre, sem esmorecer” (v. 1).
Para o cristão ainda indeciso quanto ao valor da oração, algumas passagens bíblicas podem ajudar a mudar de idéia e dedicar-se a esta prática. Quando o jovem Salomão foi a Gibeão para oferecer sacrifícios ao Senhor, logo após ter subido ao trono de Israel, este lhe perguntou: 1 Reis 3.5   Em Gibeão, apareceu o SENHOR a Salomão, de noite, em sonhos. Disse-lhe Deus: Pede-me o que queres que eu te dê. Era Deus abrindo a porta da oração. Salomão não perdeu tempo e pediu sabedoria suficiente para governar o povo de maneira justa e bem sucedida.

A oração não foi inventada pelo ser humano. A iniciativa da oração é de Deus. É isso que Jesus ensina no sermão do monte:
Mateus 7.7   Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. 7.8   Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á.


1)- Deus já sabe o que precisamos
Mateus 6.8   Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais.
Se ele já sabe o que precisamos, por quê temos que pedir?
Deus não age na vida de quem precisa, mas na vida de quem espera. Muitos precisam de milagres mas poucos são os que esperam de fato. Quando você entrega sua vida a Jesus, sua condição muda, pois agora você é filho/a. o Pai sabe o que o filho precisa e o filho pede.
Nosso Pai não trabalha sozinho, mas sempre começa a agir quando tomamos a iniciativa da fé. As mãos erguidas de Moisés significa que o céu e a terra trabalham juntos.

Êxodo
17.8   Então, veio Amaleque e pelejou contra Israel em Refidim.

17.9   Com isso, ordenou Moisés a Josué: Escolhe-nos homens, e sai, e peleja contra Amaleque; amanhã, estarei eu no cimo do outeiro, e o bordão de Deus estará na minha mão.

17.10   Fez Josué como Moisés lhe dissera e pelejou contra Amaleque; Moisés, porém, Arão e Hur subiram ao cimo do outeiro.

17.11   Quando Moisés levantava a mão, Israel prevalecia; quando, porém, ele abaixava a mão, prevalecia Amaleque.

Entendemos o texto da Palavra quando Jesus explica o texto de Êxodo que lemos:

Mateus
16.19   Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus.

18.18   Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus.

O pai sempre atende. Assim também é com nosso Deus. Saiba que Ele espera sua oração para responder. Você crê nisso? Faça a prova.
Você tem ligado suas orações com o céu?

2)- Ele pode fazer mais do que pedimos
Efésios 3.20   Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós,

Quando oramos, somos surpreendidos com a resposta de Deus. Ela vem acompanhada de surpresas inesperadas. Sempre recebemos mais do que pedimos. Sabe por quê? Porque Deus deseja que você saiba e experimente sua presença. Ele é vivo e atuante e quem anda com Ele percebe isso. Quando Ele responde mais do que esperamos vemos a força do seu poder e sua riqueza. Alguém rico nunca dá somente o que você pede; sempre vem mais do que o esperado. Portanto se você orar com fé, espere uma gorjeta generosa!

3)- Unidos com Jesus, receberemos tudo o que pedimos
João 15.7   Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito. (ACONTECERÁ PARA VÓS, Gr)

Você guarda a Palavra? Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós: Isto tem o sentido de “a palavra de Jesus tem sido fresca na tua vida? Você tem andado em comunhão com a Igreja e lido a Bíblia para ter fé? Essas pessoas sempre recebem tudo o que pedem!
A Bíblia diz que as orações respondidas são para os íntimos. Aqueles que andam na Sua palavra tem mobilidade para orar. Estão sempre confiantes de que seu Pai celestial está presente com Sua provisão diária. Não temem nem se abalam, pois sabem que tudo o que pede o Pai responde, pois o mesmo Espírito está presente nas duas pessoas.

Conclusão
Nosso recurso é a oração. Não deixe de lado essa fonte de fé. Busque e será atendido/a pois o prazer de Deus é atender a oração dos seus filhos/as. O que você está precisando hoje? Vamos orar agora?

Pr. Fábio Alcântara

terça-feira, 19 de junho de 2012

É Ele quem faz

Meu Aba, me perdoe por me sentir diminuído por essa prática da igreja moderna de fazer crentes no muque. Trabalhar em Teu lugar ao invés de deixar-te trabalhar através de nós.


quinta-feira, 14 de junho de 2012

A Vida que Vence

Uma vez que Deus nos deu o seu Filho, não mais dependemos dos nossos esforços para melhorarmos, mas simplesmente dar a Ele nossa vida desgastada para ser substituída pela vida do Seu Filho. O método de Deus nunca é o de transformar. Seu método sempre é o de substituir a nossa velha vida pela vida de Cristo.

Graça e Paz.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

A Receita do Pastor com Sucesso



Paul Tripp é o presidente de Paul Tripp Ministries, organização sem fins lucrativos cujo slogan de missão é "Conectando o poder transformador de Jesus Cristo à vida diária". É também professor de vida e cuidado pastoral no Redeemer Seminary, em Dallas (Texas), e diretor executivo do Center for Pastoral life and Care, em Fort Worth (Texas). É casado há muitos anos com Luella, e têm quatro filhos adultos.
Estou convencido de que muitos dos problemas no ambiente pastoral resultam de uma definição nada bíblica dos ingredientes essenciais do sucesso para o ministério. É claro que muitos futuros candidatos esperam uma "vibrante caminhada com o Senhor", mas essas palavras ficam geralmente desfiguradas através de um processo que faz poucas perguntas nesta área e espera grandes respostas. Estamos realmente interessados em conhecimento (teologia correta), capacidade (boa pregação), filosofia ministerial (edificação da igreja), e experiência (é o seu primeiro pastorado?). Já ouvi de líderes da igreja, em momentos de crise pastoral, dizer muitas vezes: "Não conhecemos o homem que contratamos."
O que significa conhecer o homem? Significa saber qual é a verdadeira condição do seu coração - até onde seja possível. Do que ele realmente gosta, e o que despreza? Quais são suas esperanças, sonhos, temores? Quais são os desejos profundos que o entusiasmam ou o paralisam? O que ele pensa de si mesmo? Até que ponto está aberto à confrontação, a critica e ao encorajamento? Até que ponto está comprometido com a santificação?
Ate que ponto está aberto às tentações, fraquezas e fracassos? Até que ponto está preparado para ouvir e condescender com a sabedoria dos outros? Ele considera o ministério pastoral um projeto comunitário? Tem um coração manso, submisso? É simpático e hospitaleiro, é um pastor e está disposto para com aqueles que estão sofrendo? Que qualidades de caráter sua esposa e filhos costumam usar para descrevê-lo? Ele aplica a si mesmo as suas pregações? Seu coração se comove e sua consciência costuma se entristecer quando olha ara si mesmo no espelho da Palavra? Até que ponto sua vida devocional é robusta, consistente, alegre e vibrante?
O seu ministério flui com a emoção de sua comunhão devocional com o Senhor? Ele se atém a padrões elevados, ou se acostuma com a mediocridade? É sensível à experiência e às necessidades das pessoas que o ajudam no ministério? Personifica o amor e a graça do Redentor? Ignora pequenas ofensas? Está pronto a perdoar?  É crítico e costuma julgar os outros? Que diferença ele apresenta entre o pastor na igreja e o marido e pai em casa? Ele cuida do seu físico? Intoxica-se com a mídia ou a televisão? Como ele completaria esta sentença: "Se ao menos eu tivesse..........."?  Que sucesso tem no pastoreio da congregação que consiste da sua família?

A Verdadeira Condição do Coração do Pastor
O ministério do pastor nunca é apenas formado por sua experiência, conhecimentos e capacidade. Sempre se trata da verdadeira condição do seu coração. Na verdade, se o seu coração não estiver bem colocado, o conhecimento e a capacidade o tornam perigoso.
Os pastores geralmente lutam para encontrar uma comunhão viva, humilde, dependente, celebratória, adoradora, meditativa com Cristo. É como se Jesus tivesse abandonado o edifício. Há todo tipo de conhecimento e capacidade de ministério, mas parece divorciado de uma comunhão viva com o Cristo vivo e sempre presente. Toda esta atividade, conhecimentos e capacidade parecem receber combustível de outro lugar. O ministério se torna chocantemente impessoal. Contém conteúdo teológico, capacidade exegética, compromissos eclesiásticos e avanços institucionais. É uma preparação para o próximo sermão, atender o próximo item da agenda, e cumprir os requisitos de abertura da liderança. Trata-se de orçamentos, planos estratégicos e parcerias de ministério.
Nenhuma dessas coisas é errada em si mesma. Muitas delas são essenciais. Mas nunca devem constituir fins em si mesmos. Nunca deveriam ser a máquina que impele o veículo. Devem todas expressar alguma coisa mais profunda no coração do pastor.
O pastor deve estar interessado, deslumbrado, apaixonado pelo seu Redentor de maneira que tudo o que pensa, deseja, escolhe, decide, diz e faz é impelido pelo amor a Cristo e a segurança do repouso no amor de Cristo. Ele deve se expor regularmente, humilhar-se, assegurar-se e repousar na graça do Redentor. Seu coração deve amolecer dia a dia pela comunhão com Cristo de maneira que se torne um servo-líder amoroso, paciente, perdoador, encorajador e doador. Suas meditações sobre Cristo, sua presença, suas promessas e suas provisões não devem ser sobrepujadas por suas meditações sobre como fazer o seu ministério funcionar.

Proteção Contra Todos os Outros Amores
Apenas o amor a Cristo pode defender o coração do pastor contra todos os outros amores que têm o potencial de seqüestrar o seu ministério. Apenas a adoração a Cristo tem o poder de protegê-lo de todos os ídolos sedutores do ministério que sussurram aos seus ouvidos. Apenas a glória do Cristo ressuscitado vai guardá-lo da glória pessoal que tenta e destrói o ministério de tantos.
Apenas Cristo pode transformar um seminarista graduado, arrogante, materialista em um doador humilde e paciente da graça. Apenas gratidão profunda por um Salvador sofredor pode transformar um homem em servo sofredor no ministério. Apenas um quebrantamento diante do seu próprio pecado pode desenvolver graça para com indivíduos rebeldes entre os quais Deus o chamou para ministrar. Apenas quando sua identidade estiver firmemente enraizada em Cristo você poderá descobrir a liberdade de buscar a identidade no seu ministério.
Devemos ter o cuidado de definir capacidade ministerial e maturidade espiritual. Há o perigo de se pensar que os seminaristas formados que foram bem treinados e bem instruídos estão preparados para o ministério, ou achar que conhecimento, atividade e capacidade para o ministério é maturidade espiritual pessoal. A maturidade é uma coisa vertical que se expressa horizontalmente numa variedade extensa. A maturidade se refere ao relacionamento com Deus que resulta em uma vida sábia e humilde. A maturidade do amor a Cristo expressa-se no amor ao próximo.
A gratidão pela graça de Cristo se expressa na graça para com os outros. A gratidão pela paciência e o perdão de Cristo capacita-nos a sermos pacientes e perdoadores. A experiência diária da salvação do evangelho dá-nos paixão pelas pessoas que estão experimentando a mesma salvação. É a terra em que o verdadeiro sucesso ministerial se desenvolve.

Valor ao Tempo


TENHO TEMPO, SENHOR!
Usem o tempo da melhor maneira possível a despeito de todas as dificuldades destes dias. Efésios 5:16.
A queixa de todos é de que o tempo está passando muito rapidamente. Do começo ao fim do dia, excesso de compromissos e agenda cheia nos levam a crer que o ponteiro de minutos está correndo mais depressa do que há dez ano.
Michel Quoist, em seu poema “Tenho Tempo, Senhor”, diz: “Saí, Senhor. / Lá fora os homens saíram, iam, vinham, andavam, corriam; / As bicicletas corriam, os automóveis corriam, os caminhões corriam; / A rua corria, todo mundo corria. / Corriam, todos, para não perder tempo: / Corriam ao encalço do tempo, para recuperar tempo, para ganhar tempo.”
O Novo Testamento usa duas palavras gregas diferentes para designar a palavra “tempo”. Uma delas é chronos, e tem que ver com tempo governado pelo relógio: levantar, trabalhar, descansar. É o tempo linear, sequencial. Todos os segundos são importantes. Kairos, por outro lado, é medido pelos eventos ou momentos especiais. Quando alguém pergunta: “Você aproveitou bem o tempo?” Você não sabe quanto tempo foi, mas sabe que foi proveitoso para você. Esse é o tempo kairos.
Chronos é a agenda do dia, o cronograma de trabalho. Kairos é o ritmo de plantar, colher, da energia e da fadiga à medida que nos aproximamos da maturidade. É o tempo de qualidade que tem de ser aproveitado e vivenciado. A diferença entre chronos e kairos pode ser ilustrada enquanto estou escrevendo este devocional. Chronos me diz que tenho de entregar os textos em uma data determinada e que devo disciplinar meu tempo. Kairos me diz que não devo me esquecer da caminhada com minha esposa.
A. W. Tozer escreveu: “O tempo é um recurso não reciclável e intransferível. Não podemos guardá-lo ou diminuir sua marcha, retê-lo, dividi-lo ou desistir dele. Não podemos armazená-lo nem economizá-lo para um dia de chuva. Quando ele se perde é irrecuperável. Quando você mata o tempo, lembre-se de que não há ressurreição.”
Precisamos desenvolver novas atitudes e novos princípios na utilização do nosso tempo. Não é perguntar: “Estou fazendo a coisa certa?”, mas sim: “Estou fazendo as coisas da maneira certa?” Que atividades podem ser alteradas ou eliminadas a fim de se ganhar mais tempo para estar com Deus? Que coisas estão me levando a desperdiçar o tempo? TV, internet, indecisão, desorganização, divagação da mente?
O conselho de Paulo é: “Tenham cuidado com a maneira como vocês vivem; que não seja como insensatos, mas como sábios, aproveitando ao máximo cada oportunidade” (Ef 5:15, 16),pois Deus é fiel.


O VALOR DO TEMPO
Imagine que você tenha uma conta corrente e a cada manhã você acorde com um saldo de R$ 86.400,00.
Só que não é permitido transferir o saldo do dia para o dia seguinte.
Todos as noites o seu saldo é zerado, mesmo que você não tenha conseguido gastá-lo durante o dia.
O que você faz?Você irá tentar gastar cada centavo, é claro!
Todos nós somos clientes deste banco que estamos falando e que se chama tempo.
Todas as manhãs são creditados, para cada um de nós, 86.400 segundos.
Todas as noites o saldo é debitado, como perda.
Não é permitido acumular este saldo para o dia seguinte.
Todas as manhãs a sua conta é reinicializada, e todos as noites as sobras do dia se evaporam.
Não há volta. Você precisa gastar vivendo no presente o seu débito diário.
Invista então, no que for melhor, na saúde, felicidade e sucesso!
O relógio está correndo.
Faça o melhor para o seu dia-a-dia.
Para você perceber o valor de UM ANO, pergunte a um estudante que repetiu de ano.
Para você perceber o valor de UM MÊS, pergunte a uma mãe que teve um bebê prematuramente.
Para você perceber o valor de UMA SEMANA pergunte a um editor de um jornal semanal.
Para você perceber o valor de UMA HORA pergunte aos namorados que estão esperando para se encontrar.
Para você perceber o valor de UM MINUTO, pergunte a uma pessoa que perdeu o trem. 
Para você perceber o valor de UM SEGUNDO pergunte a uma pessoa que conseguiu evitar um acidente.
Para você perceber o valor de UM MILÉSIMO DE SEGUNDO, pergunte a alguém que venceu a medalha de uma olimpíada.
Valorize cada momento que você tem! E, valorize mais porque você deve dividir com alguém especial, especial suficiente para gastar seu tempo junto com você.
Lembre-se: o tempo não espera por ninguém.
ONTEM, é história, o AMANHÃ é um mistério, o HOJE é uma dádiva, por isso é chamado de PRESENTE!


REMINDO O TEMPO
"Remindo o tempo, porque os dias são maus." (Efésios 5.16)
É contraditório o que vemos hoje em dia: o homem moderno luta com o tempo e se queixa da falta de tempo, embora possa abreviar muitas coisas com o auxílio de máquinas. Tempo é um conceito relativo. Um produz muito mais em poucos minutos e outro leva horas para fazer a mesma coisa. Quando Paulo diz que devemos remir o tempo, ele quer enfatizar que devemos transformar nosso tempo limitado em valor eterno. Como acontece isso? Primeiramente por meio de uma vida fiel de oração. Não devemos orar ocasionalmente, mas de maneira fiel e regular. Daniel, em sua época, remia seu tempo de maneira extraordinária. O valor eterno em sua vida salta aos olhos. Por quê? Porque ele era um homem de oração. Ele orava três vezes ao dia, e isso em horários determinados. Por isso, as coisas eternas e infinitas brotavam e aconteciam em sua vida.
Uma pessoa que ora também tem condições de se aquietar. Isso o inimigo teme muito, porque Paulo diz: "...e a diligenciardes por viver tranqüilamente." No silêncio, o Espírito de Deus fala a nós, nos convence e nos disciplina, e nos leva a buscar a purificação dos pecados do passado, através do sangue de Jesus.