Paul Tripp é o presidente de Paul Tripp
Ministries, organização sem fins lucrativos cujo slogan de missão é
"Conectando o poder transformador de Jesus Cristo à vida diária". É
também professor de vida e cuidado pastoral no Redeemer Seminary, em Dallas
(Texas), e diretor executivo do Center for Pastoral life and Care, em Fort
Worth (Texas). É casado há muitos anos com Luella, e têm quatro filhos adultos.
Estou convencido de que muitos dos problemas no
ambiente pastoral resultam de uma definição nada bíblica dos ingredientes
essenciais do sucesso para o ministério. É claro que muitos futuros candidatos
esperam uma "vibrante caminhada com o Senhor", mas essas palavras
ficam geralmente desfiguradas através de um processo que faz poucas perguntas
nesta área e espera grandes respostas. Estamos realmente interessados em
conhecimento (teologia correta), capacidade (boa pregação), filosofia
ministerial (edificação da igreja), e experiência (é o seu primeiro
pastorado?). Já ouvi de líderes da igreja, em momentos de crise pastoral, dizer
muitas vezes: "Não conhecemos o homem que contratamos."
O que significa conhecer o homem? Significa saber
qual é a verdadeira condição do seu coração - até onde seja possível. Do que
ele realmente gosta, e o que despreza? Quais são suas esperanças, sonhos,
temores? Quais são os desejos profundos que o entusiasmam ou o paralisam? O que
ele pensa de si mesmo? Até que ponto está aberto à confrontação, a critica e ao
encorajamento? Até que ponto está comprometido com a santificação?
Ate que ponto está aberto às tentações, fraquezas
e fracassos? Até que ponto está preparado para ouvir e condescender com a
sabedoria dos outros? Ele considera o ministério pastoral um projeto
comunitário? Tem um coração manso, submisso? É simpático e hospitaleiro, é um pastor
e está disposto para com aqueles que estão sofrendo? Que qualidades de caráter
sua esposa e filhos costumam usar para descrevê-lo? Ele aplica a si mesmo as
suas pregações? Seu coração se comove e sua consciência costuma se entristecer
quando olha ara si mesmo no espelho da Palavra? Até que ponto sua vida
devocional é robusta, consistente, alegre e vibrante?
O seu ministério flui com a emoção de sua
comunhão devocional com o Senhor? Ele se atém a padrões elevados, ou se
acostuma com a mediocridade? É sensível à experiência e às necessidades das
pessoas que o ajudam no ministério? Personifica o amor e a graça do Redentor?
Ignora pequenas ofensas? Está pronto a perdoar? É crítico e costuma
julgar os outros? Que diferença ele apresenta entre o pastor na igreja e o
marido e pai em casa? Ele cuida do seu físico? Intoxica-se com a mídia ou a
televisão? Como ele completaria esta sentença: "Se ao menos eu
tivesse..........."? Que sucesso tem no pastoreio da congregação que
consiste da sua família?
A Verdadeira Condição do Coração do Pastor
O ministério do pastor nunca é apenas formado por
sua experiência, conhecimentos e capacidade. Sempre se trata da verdadeira
condição do seu coração. Na verdade, se o seu coração não estiver bem colocado,
o conhecimento e a capacidade o tornam perigoso.
Os pastores geralmente lutam para encontrar uma
comunhão viva, humilde, dependente, celebratória, adoradora, meditativa com
Cristo. É como se Jesus tivesse abandonado o edifício. Há todo tipo de
conhecimento e capacidade de ministério, mas parece divorciado de uma comunhão
viva com o Cristo vivo e sempre presente. Toda esta atividade, conhecimentos e
capacidade parecem receber combustível de outro lugar. O ministério se torna
chocantemente impessoal. Contém conteúdo teológico, capacidade exegética,
compromissos eclesiásticos e avanços institucionais. É uma preparação para o
próximo sermão, atender o próximo item da agenda, e cumprir os requisitos de
abertura da liderança. Trata-se de orçamentos, planos estratégicos e parcerias
de ministério.
Nenhuma dessas coisas é errada em si mesma.
Muitas delas são essenciais. Mas nunca devem constituir fins em si mesmos.
Nunca deveriam ser a máquina que impele o veículo. Devem todas expressar alguma
coisa mais profunda no coração do pastor.
O pastor deve estar interessado, deslumbrado,
apaixonado pelo seu Redentor de maneira que tudo o que pensa, deseja, escolhe,
decide, diz e faz é impelido pelo amor a Cristo e a segurança do repouso no
amor de Cristo. Ele deve se expor regularmente, humilhar-se, assegurar-se e
repousar na graça do Redentor. Seu coração deve amolecer dia a dia pela
comunhão com Cristo de maneira que se torne um servo-líder amoroso, paciente,
perdoador, encorajador e doador. Suas meditações sobre Cristo, sua presença,
suas promessas e suas provisões não devem ser sobrepujadas por suas meditações
sobre como fazer o seu ministério funcionar.
Proteção Contra Todos os Outros Amores
Apenas o amor a Cristo pode defender o coração do
pastor contra todos os outros amores que têm o potencial de seqüestrar o seu
ministério. Apenas a adoração a Cristo tem o poder de protegê-lo de todos os
ídolos sedutores do ministério que sussurram aos seus ouvidos. Apenas a glória
do Cristo ressuscitado vai guardá-lo da glória pessoal que tenta e destrói o ministério
de tantos.
Apenas Cristo pode transformar um seminarista
graduado, arrogante, materialista em um doador humilde e paciente da graça.
Apenas gratidão profunda por um Salvador sofredor pode transformar um homem em
servo sofredor no ministério. Apenas um quebrantamento diante do seu próprio
pecado pode desenvolver graça para com indivíduos rebeldes entre os quais Deus
o chamou para ministrar. Apenas quando sua identidade estiver firmemente
enraizada em Cristo você poderá descobrir a liberdade de buscar a identidade no
seu ministério.
Devemos ter o cuidado de definir capacidade
ministerial e maturidade espiritual. Há o perigo de se pensar que os
seminaristas formados que foram bem treinados e bem instruídos estão preparados
para o ministério, ou achar que conhecimento, atividade e capacidade para o
ministério é maturidade espiritual pessoal. A maturidade é uma coisa vertical
que se expressa horizontalmente numa variedade extensa. A maturidade se refere
ao relacionamento com Deus que resulta em uma vida sábia e humilde. A
maturidade do amor a Cristo expressa-se no amor ao próximo.
A gratidão pela graça de Cristo se expressa na
graça para com os outros. A gratidão pela paciência e o perdão de Cristo
capacita-nos a sermos pacientes e perdoadores. A experiência diária da salvação
do evangelho dá-nos paixão pelas pessoas que estão experimentando a mesma
salvação. É a terra em que o verdadeiro sucesso ministerial se desenvolve.
Um comentário:
queria muito que voceis botasem meu nome ai na alcatara porque minha vida ta virada num inferno me a judem lindamara pedroso teixeira
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