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quarta-feira, 10 de junho de 2020

Pare de Lutar


Filipenses 4.6-7


Pare de lutar. Não tente fazer isso por si mesmo: deixe Deus lutar por você. Depois de ter aceitado se entregar, você será tentado a lutar, em vez de descansar, confiar e receber. “Quando desisti de tentar e simplesmente confiei, fui abençoado.” Há uma verdade profunda nessa simples declaração. Enquanto estiver tentando, você estará firmado em si mesmo; mas, no momento em que começar a confiar, você estará firmado em Cristo; ele se torna o centro, não você.

“Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural [você não recebe esta nova vida por ter nascido de pais cristãos], nem pela vontade da carne [você não recebe a nova vida insistindo em sua vontade, tentando] nem pela vontade de algum homem [ninguém pode lhe dar a nova vida por meio de algum rito, cerimônia ou instituição], mas nasceram de Deus” (Jo 1.12-13). Está bem claro. O novo nascimento, que leva a uma nova vida, é uma dádiva aceita pela fé, por aqueles que “creram em seu nome”. Mas essa fé não é mero assentimento intelectual; é crer com sua vida, entregar-se a Outro. Significa derrubar as barreiras de seu ser mais íntimo e deixar que Jesus entre e assuma o controle como Único Dono.

As duas leis da vida são receber e dar. Mas primeiro vem o receber. Muitos as invertem e tentam primeiro dar, experimentar, fazer. Não, primeiro receba, receba mediante uma fé tranquila que se apropria de algo. Então você dará naturalmente e usando os recursos que este receber lhe deu. Mas, se você tentar dar antes de receber, estará dando de seu vazio. Sua vida religiosa será cansativa e, consequentemente, vazia.

Um estudante de teologia estava tenso e ansioso, esforçando-se para ser bom. Determinado e com os nervos à flor da pele, ele seria bom a qualquer custo. Quando lhe mostrei a possibilidade de aceitar a Dádiva, ele pareceu incrédulo. Mas relaxou, recebeu-a e se alegrou! Ele ficava repetindo: “É bom demais para ser verdade! Lutei durante toda a minha vida; agora estou recebendo!”. Ele estava livre, desimpedido e feliz de modo abundante. Fé é receber, simples e puramente.


Stanley Jones

quarta-feira, 3 de junho de 2020

Para os briguentos de plantão


Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. Mateus 5.9



O termo pacificadores, em seu sentido literal, designa os amigos de Deus e dos homens, aqueles que profundamente aborrecem e detestam toda discórdia e debate, todo desacordo e contenda, e em consequência, trabalham com todas as forças para impedir que se acenda esse fogo do inferno, ou, quando aceso, que se propague, alastrando-se ainda mais.

Eles se esforçam por acalmar o atormentado espírito das pessoas, por lhes aquietar as paixões tumultuosas, por abrandar a mente dos partidos rivais, e, se possível, reconciliar uns com os outros. Empregam todo seu vigor, todos os talentos que Deus lhes deu, não só para preservar a paz onde ela está, mas para também restaurá-la onde ela não exista.

A alegria de seu coração é promover, confirmar e aumentar a mútua boa vontade entre todos, mais especialmente entre os filhos(As) de Deus, quando são divididos acerca de coisas de pequena importância, os quais tendo um mesmo Senhor e uma só fé (Ef 4.5) sendo todos chamados em uma só esperança de vocação (Ef 4.4), devem todos andar de acordo com a vocação segundo a qual foram chamados, com toda humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-se uns aos outros em amor, esforçando-se por guardarem a unidade do Espírito no vínculo da paz (Ef 4.1-3).



John Wesley