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terça-feira, 20 de abril de 2021

Obra de Deus ou nossos esforços?

 Começou Jonas a percorrer a cidade caminho de um dia, e pregava, e dizia: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida. Os ninivitas creram em Deus, e proclamaram um jejum, e vestiram-se de panos de saco, desde o maior até o menor. [...]Viu Deus o que fizeram, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez. Jonas 3:4,5,10

 

Como deve ser forte o desejo do Senhor em abençoar o homem que mesmo nas piores circunstância, decide dar a meia-volta e buscar o caminho do arrependimento! A ação de Deus não depende do nosso total quebrantamento, mas sim do Seu coração cheio de compaixão. Esta, foi a mensagem recebida pelo profeta Jeremias:” ...se a tal nação se converter da maldade contra a qual eu falei, também eu me arrependerei do mal que pensava fazer-lhe” (Jeremias18:8).

O objetivo final de Deus é a restauração, e nunca o castigo e a destruição. Ele usa a destruição como última alternativa quando todos os recursos para conseguir a reconciliação se esgotam. Em Seu coração existe o anelo de que caminhemos na intimidade com Ele, desfrutando dos Seus tesouros e repartindo com outros o que já recebemos.

Veja como a obra de Jonas foi incompleta. Começou em aberta rebelião contra as ordens do Senhor. Sacudido por uma violenta tempestade, não buscou se aproximar do Criador. Somente no ventre do peixe, diante da morte, lembrou-se de orar e clamar por misericórdia. É possível imaginar que tenha cumprido a missão mais por medo do que pela compaixão pelo povo de Nínive. Apesar de tudo, sua mensagem foi ouvida e o povo se arrependeu.

Você reconhece que os verdadeiros frutos do seu trabalho dependem mais da compaixão de Deus e da bondade dele do que da perfeição dos seus esforços? Como líderes, pensamos que as coisas devem seguir determinado rumo para que a graça de Deus se manifeste. Preocupamo-nos com os pormenores e corremos atrás de elementos que julgamos ser indispensáveis para as coisas saírem a nosso modo. Não é isto que garante a benção do Senhor. Como escreve Paulo: Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me ei de quem me aprouver ter compaixão. Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia” (Romanos 9:15,16).

 

Para pensar:

Qual deve ser sua atitude? Relaxe! Não se leve tão a sério! Jogue fora a ansiedade de seu ministério! Não é você quem toca os corações; é Deus. Faça o que lhe cabe realizar e descanse na certeza de que Deus também fará a Sua parte. O interesse do Senhor em redimir os que caíram é maior do que o seu.

Cristopher Shaw