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terça-feira, 18 de novembro de 2008

ORGANIZANDO SUAS FINANÇAS




Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar? Lucas 14:28.

Neste texto nosso Senhor Jesus nos alerta sobre a importância de fazermos as contas sobre as responsabilidades de segui-lo e como analogia usa a construção de uma torre ressaltando que devemos nos assentar, sugerindo uma postura de descanso e assim podermos analisar a situação antes de qualquer iniciativa para que alcancemos com sabedoria os objetivos de uma forma satisfatória. Levantaremos algumas questões sobre porque nossas finanças estão fora do prumo. O primeiro passo para ter o equilíbrio financeiro é admitir que precisa de mudança na forma que trata com o dinheiro. O mundo possui um sistema que visa o descontentamento e o total endividamento das pessoas, notemos esta frase de Blaise Pascal: "Verdadeiramente é um erro estar cheio de falhas, mas é um erro ainda maior estar cheio delas e não desejar reconhecê-las". Trataremos agora sobre 05 razões porque suas finanças são desorganizadas:


1ª - Você gasta buscando satisfazer suas necessidades interiores.
"Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura". Isaias 55:2 . Temos a comprovação pelas estatísticas que dificilmente as finanças pessoas são desequilibradas por gastos básicos, normalmente ocorrem devidos a compras supérfluas. Gastar naquilo que não é pão significa gastar em coisas que julgamos ser essenciais e na verdade são desejos e não necessidades. Há um alerta sobre trabalhar, suar para receber o salário e comprar coisas que não satisfazem, pois depois de pouco tempo aquela satisfação é obumbrada por novo desejo. Parece que a satisfação estará sempre na próxima compra. É preciso saber ouvir a palavra de Deus e se alimentar da sua verdade e se deleitar em Deus.
"Donde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura, não vêm disto,a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam? Cobiçais e nada tendes; sois invejosos e cobiçosos e não podeis alcançar; combateis e guerreais e nada tendes, porque não pedis. Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites". Tiago 4:1 a 3.
O contexto destes versículos se refere aos pastores que manipulam os membros com sua ganância, mas creio que pode servir para pensarmos em nossos desejos de possuir coisas de maneira egoísta:
Paulo questiona o motivo das guerras entre nós e responde sugerindo serem ocasionadas pelos prazeres que tomam conta de nossa carne, nos impulsionando para possuir cada vez mais. Brota assim um sentimento de inferioridade quando almejamos e não alcançamos. Somos movidos pela cobiça e há uma impressão de estar sempre faltando algo para nos completar. A inveja toma conta da mente e nunca chegamos à suficiência. O combate é acirrado temos a nossa justiça própria bradando "eu mereço, eu preciso, eu quero". E a satisfação parece sempre distante de nós. Nossas posses adquiridas não são contabilizadas, pois sempre parece que nada temos.
Pedimos, imploramos e não recebemos, pois os pedidos são egoístas, encharcados de desejo puramente centralizado em mim mesmo. Que quadro terrível e subserviente. É a escravidão não verbalizada, é o cachorro diante da máquina que faz girar os frangos assados, a sua baba escorre pelo canto da boca sedenta de desejo, e mesmo que ganhe o que quer, no outro dia estará lá novamente como se nunca tivesse sido sustentado. Misericórdia Senhor. Provérbios 13:25 diz:" O justo come até que sua alma fique satisfeita, mas o ventre dos ímpios terá necessidades".


2ª - Você não administra seu salário.
Deus nos abençoou com inteligência para trabalhar e vivermos contentes com o nosso ganho. Vamos verificar estes textos da parábola dos dez talentos:
Antes de viajar, chamou dez dos seus empregados, deu a cada um uma moeda de ouro e disse: "Vejam o que vocês conseguem ganhar com este dinheiro, até a minha volta". Lucas 19:13
"Muito bem, empregado bom e fiel", disse o patrão. "Você foi fiel negociando com pouco dinheiro, e por isso vou pôr você para negociar com muito. Venha festejar comigo!". "Empregado mal e preguiçoso!", disse o patrão. Você sabia que colho onde não plantei e junto onde não semeei. Por isso você devia ter depositado o meu dinheiro no banco, e, quando eu voltasse, o receberia com juros". Mateus 25: 21, 26 e 27.
Deus nos capacita a trabalhar para ter nosso sustento e nos incentiva a utilizar bem do valor que recebemos de forma a dar graças. Qual tem sido nosso contentamento por aquilo que recebemos de Deus? Temos sido diligentes e hábeis no trato com nosso salário, ou o dinheiro acaba e o mês continua? O servo mal foi chamado de preguiçoso, pois não teve capacidade para fazer render o valor com que foi agraciado. Além de não conseguir poupar, muitos ainda estão tendo dificuldade para pagar suas dívidas e a esperança de um equilíbrio parece muito distante. O sonho de ganhar é acalentado como saída para a normalização, no entanto mais dinheiro ocasionará mais gastos desmedidos. O que precisamos é pedir ao Senhor que sejamos ensinados a saber administrar de maneira que gastemos de acordo com nosso ganho.


3ª - Em seu trabalho, você é negligente e é preguiçoso.
Somos aqui exortados a trabalhar sem preguiça e de maneira a honrar aquele que nos salvou.
"Eu andei pelos campos e plantações de uva de um homem tolo e preguiçoso. Tudo estava cheio de espinhos e coberto de mato, e o muro de pedras havia caído. Olhei para aquilo, pensei bem e aprendi a seguinte lição: Durma um pouco mais, cruze os braços e descanse mais um pouco; mas, enquanto você estiver dormindo, a pobreza o atacará como um ladrão armado". Provérbios 24: 30-34. Qual o futuro de alguém que gasta o que ganha para comprar o que não satisfaz, não administra o salário e ainda é preguiçoso? O texto fala de tolice e preguiça, narra o desleixo do indolente. Sua paixão é usufruir o melhor com o menor esforço, quer levar vantagem em tudo que faz. Julga-se muito esperto. Em Provérbios 26:16 descobrimos isto: "Mais sábio é o preguiçoso a seus olhos do que sete homens que bem respondem". Porém, não sabe que enquanto trabalha com mão remissa, virá sobre ele a pobreza, isso é se já não chegou, levando em conta que não consegue pagar suas contas e vive reclamando de sua condição e colocando a culpa no governo, na mulher e no patrão. Temos em nossa comunidade alguns empresários que decidiram não empregar "crente", alegam que são preguiçosos e cheios somente de direitos e dos deveres sempre esquivam-se.
Como ser prósperos sem ser diligentes. Temos ainda em Provérbios 26:13- "Como a porta se revolve nos seus gonzos, assim é o preguiçoso, na sua cama". O empregado preguiçoso é sempre murmurento , descontente e criador de divisão no ambiente de trabalho.


4ª - Você acumula-se de contas e dívidas.
Não bastasse os itens tratados acima é movido pelo gasto desenfreado sem lastro, e usa os expedientes das compras á crédito para ser estimado.
"Ai daquele que multiplica o que não é seu (até quando!) e daquele que se carrega a si mesmo de dívidas! Não se levantarão de repente os que hão de morder? E não despertarão os que te hão de abalar? E não lhes servirás tu de despojo? Ai daquele que ajunta em sua casa bens mal adquiridos, para pôr o seu ninho no alto, a fim de se livrar da mão do mal!". Habacuque 2:6,7 e 9. Ajuntar em casa bens mal adquiridos, pode sugerir que compramos bens que nunca foram da vontade de Deus e que são só para alimentar nosso desejo de amealhar como forma de acalmar a ansiedade do consumismo.


5ª - Você não dizima e nem oferta para o Reino de Deus.
Com todo este diagnóstico desfavorável com certeza na hora de contribuir com o Reino de Deus a mão está vazia.
Eu pergunto: "Será que alguém pode roubar a Deus?". Mas vocês têm roubado e ainda me perguntam: "Como é que estamos Te roubando?" Vocês Me roubam nos dízimos e nas ofertas. Malaquias 3:8. Como ser dizimista fiel se incorremos em vários erros na estratégia financeira. Como ser liberal como diz o Salmo 112 :9 se não conseguimos saldar nossos compromissos terrenos. Por isso é mais fácil crer que o dízimo é ordenança do Velho Testamento. Leia o que escreveu Antonio Carlos Barro: "Nas igrejas evangélicas uma média de 35% dos membros são fiéis a Deus nos dízimos. Ou seja: de cada três membros escritos no rol, apenas um é dizimista".
Ao consagrar o seu dízimo, o fruto das primícias no altar, o cristão está demonstrando com este ato o quanto ele tem um coração agradecido a Deus por tantas bênçãos recebidas. Ele que tudo sabe o que recebeu do seu Senhor veio como um ato de bondade para a sua vida. Assim demonstra sua gratidão trazendo os primeiros frutos ao Senhor. Notemos que são os primeiros frutos e não os últimos. Observemos ainda este precioso texto sobre a importância de contribuir com alegria:


Gustavo Cerbasi declarou: "Se sua crença determina o pagamento do dízimo, você deve assumir o mesmo compromisso consigo mesmo". Ou seja, dê 10% economize 10% e viva com 80%. Este mesmo principio ouvi do Pr. Antonio Abuchaim.Para finalizar deixamos este alerta amoroso da palavra do Pai: "Quem tenta esconder os seus pecados não terá sucesso na vida, mas Deus tem misericórdia de quem confessa os seus pecados e os abandona". Provérbios 28:13. Deus não leva em conta os tempos da ignorância, porém, quando temos a revelação da verdade , precisamos por em prática aquilo que ouvimos, com certeza o que foi tratado aqui é para que cheguemos diante de Deus e confessemos nossas culpas por viver longe da vontade Dele em nossas finanças e deixemos o senhorio de Cristo nos levar a ter uma vida de obediência a verdade e contentes pela libertação plena do amor ao dinheiro.

Por: Valdir Flora Batista

Um comentário:

Unknown disse...

...a intenção foi boa, porém você poderia ter aproveitado melhor a oportunidade...ter colocado algo menos religioso e algo mais prático....dando uma direção mais real...o tema é bem chamativo!....mas...