Colossenses 1.18-22
- Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o
princípio, o - primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a
primazia, agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua
morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis,
John Stott dizia: “Na atualidade muitos
cristãos evangélicos não hesitam em ceder a tendência patológica que temos de
fragmentar-nos. Para tanto nos refugiamos em nossas convicções sobre a unidade
invisível da igreja, como se um manifestação visível não importasse. E o
resultado disso é que o diabo acaba tendo o maior sucesso na velha estratégia
de “dividir e conquistar”.
A
igreja é perfeita. Ela é uma comunidade dos salvos pela graça. Quando não temos
essa compreensão, ficamos graves de uma doença chamada eclesiopatia, aquela em que a pessoa se afasta e adoece da comunhão
da igreja pela falta de compreensão sobre a funcionalidade da igreja.
Em
primeiro lugar, a igreja é perfeita porque a constituição da sua gente é
milagrosa. Todos se reúnem em torno de um nome para a adoração. Como podemos
nos reunir em torno de uma pessoa que não vemos, ajudamos na propagação de um
evangelho escrito num livro e cremos que vivemos um estilo de vida que cremos
só ter quem nasceu de novo, espiritualmente. Isto é o milagre da fé.
E
em segundo lugar, a igreja é perfeita porque se apóia na imperfeição dos seus
membros para a própria perfeição. Ela é a ante sala do céu, onde nos preparamos
e exercemos dons espirituais em nome do Senhor da Igreja, Jesus. Ali também nossa
alma é tratada.
Comprometer-se
com uma igreja local é o resultado natural na pessoa do que Jesus Cristo fez na
sua vida. Se você não tem interesse em se comprometer verdadeiramente com um
grupo de cristãos que ensinam a Bíblia e crêem no evangelho, deve perguntar a
si mesmo se de fato pertence ao Corpo de Cristo.
Vejamos
o que A Bíblia diz em Hebreus 10.23-27:
Guardemos firmemente a esperança da fé que
professamos, pois podemos confiar que Deus cumprirá as suas promessas. Pensemos
uns nos outros a fim de ajudarmos todos a terem mais amor e a fazerem o bem.
Não abandonemos, como alguns estão fazendo, o costume de assistir às nossas
reuniões. Pelo contrário, animemos uns aos outros e ainda mais agora que vocês
vêem que o dia está chegando. Pois, se continuarmos a pecar de propósito,
depois de conhecer a verdade, já não há mais sacrifício que possa tirar os
nossos pecados. Pelo contrário, resta apenas o medo do que acontecerá: medo do
Julgamento e do fogo violento que destruirá os que são contra Deus.
Quando
nos reunimos para adorar a Deus, exercitar o amor e praticar as boas obras uns
para com os outros, demonstramos na vida real que Deus faz parte da nossa vida
e nos reconciliou consigo. Demonstramos ao mundo que fomos mudados, não porque
oramos antes das refeições, devolvemos o dízimo e ouvimos musicas evangélicas,
mas sim porque mostramos de maneira crescente uma disposição de suportar,
perdoar e amar um grupo de pecadores semelhantes a nós. Não podemos demonstrar
o fruto do Espírito vivendo isoladamente. Suportar os outros nos ajuda a
crescer e amadurecer.
Precisamos
entender que é exatamente ali – no meio de um grupo de pessoas difíceis, mas
que estão comprometidos com a obra do Espírito para serem aperfeiçoados – que o
evangelho é demonstrado. A igreja dá uma apresentação concreta de Jesus Cristo
quando perdoamos uns aos outros diariamente e quando entregamos nossas vidas
uns pelos outros como Cristo fez por nós.
Muitas
vezes ouvimos cristãos falando a respeito dos seus diferentes dons espirituais.
Mas com que freqüência consideramos o fato de que Deus nos deu os dons
exatamente para serem usados em reações ao pecado dos outros irmãos/as da
igreja? O meu pecado dá oportunidade de você exercer seus dons.
O
evangelho não consiste em duas pessoas olharem uma para a outra, mas sim,
olharem na mesma direção.
Hebreus
12.2: Conservemos os nossos olhos fixos em Jesus,
pois é por meio dele que a nossa fé começa, e é ele quem a aperfeiçoa. Ele não
deixou que a cruz fizesse com que ele desistisse. Pelo contrário, por causa da
alegria que lhe foi prometida, ele não se importou com a humilhação de morrer
na cruz e agora está sentado do lado direito do trono de Deus.
O
pensamento de Deus é o de ter um povo na terra no qual, e no meio do qual,
Cristo é tudo em todos. Esta é a igreja. Temos que revisar nossas idéias.
No pensamento de Deus a igreja começa e termina com isto – a absoluta supremacia
do Senhor Jesus Cristo. E o que Deus está sempre buscando é juntar aqueles de
Seu povo que mais completamente concretizarão este pensamento dele, e serão
para Ele a satisfação de Seu próprio desejo eterno: o Senhor Jesus em todas as
coisas tendo a preeminência e sendo tudo em todos. Ele ignora a grande
instituição, a assim chamada “Igreja”, e está com aqueles que em si mesmos são
de um humilde e contrito espírito e que tremem diante de Sua palavra, e nos
quais o Senhor Jesus é o único objeto de reverência e adoração. Estes
satisfazem o coração de Deus. Estes, para Ele, são a resposta à Sua eterna
busca.
Que o Senhor nos conserve firmes no alvo.
Pr. Fábio Alcântara
*Se você quiser entender melhor o que
significa “completar no meu corpo o que resta das aflições de Cristo”, sugiro
fortemente a pregação de John Piper – You Will Suffer – disponível legendado
em:http://www.youtube.com/watch?v=ruJNvu3_nDo