Por tempos andei pensando no que se referia essa Palavra bíblica: “Quem nos separará do amor
de Cristo?”
O segredo fundamental de Jesus em relação a seus discípulos era
seu respeito soberano pela dignidade deles. Eram pessoas, não brinquedos, funções
ou ocasiões para compensação pessoal. No
relato que Lucas faz da Paixão, ele
observa que após a terceira negação de Pedro, Jesus, o Senhor, “voltou-se e
olhou diretamente para Pedro..”. Naquele olhar, desvendou-se a realidade do
reconhecimento. Pedro sabia que nenhum homem jamais o havia amado, nem nenhuma
mulher jamais o amaria como Jesus. O Homem que ele havia confessado como o
Cristo, o Filho do Deus vivo, olhou em seus olhos, viu ali o terror a
transparecer, observou-o representar o drama do seu vício – o desejo doentio
por segurança – e ainda assim o amou. O amor de Jesus por Pedro residia na
aceitação completa e incondicional dele. Nós que tão automaticamente colocamos condições
ao nosso amor (Se você me amasse de verdade, você...), deixamos de perceber que
nosso amor é na verdade uma troca – não um amor incondicional. Agarramo-nos a
um de nossos vícios para concluir a frase. A realidade precisa andar segundo as
nossas expectativas!
Por isso, quando O negamos por causa das tribulação, ou angústia,
ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os
principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem
a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do
amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor, nada nos separa do Seu amor, porque não se baseia em nossa
humanidade, mas na sua essência, que é poder e amor incondicional.
O amor, o cuidado e a fidelidade presentes em Jesus Cristo sempre
estarão presentes, acima de qualquer circunstância.
Nenhum comentário:
Postar um comentário