The Crown, ou A Coroa, é uma série de televisão que mostra a
vida da Rainha Elizabeth no seu tempo desde a morte do seu pai em diante.
Admiro a Rainha Elizabeth II, mas deixo claro que não a Monarquia, mas a
monarca. Tampouco qualquer um dos seus filhos ou netos. Serão sempre insossos,
e bonecos para falatórios.
Mas Elizabeth um caso de personalidade única. Depois dela não
haverá. Creio que a maioria das personalidades não deixarão sucessores, sejam
políticos, cantores, pregadores, etc. Quando se forem, somente seu legado
permanecerá e não permanecerão seus sucessores.
Quem é Franklin Grahan? Quem é filho do Mandela, do John Wesley, do FHC, do PAstor tal?... Quando morrerem, foi-se. Surgirá outro em outro local geográfico e demorar uns 50 anos para adquirir autoridade.
Eu achei muito interessante as lições que o filme destaca na
vida da Rainha no desempenho do cargo. Certamente ela tinha uma personalidade e
uma sabedoria que a ajudou a permanecer no trono por mais de 60 anos. Uma
característica da pessoa que fora trabalhada por toda a vida para um dia
suceder a Coroa.
Compartilho com quem desejar, para aprender, como estou
fazendo tambem, pois todos precisamos atentar para lições que podem ser úteis à
nossa vida.
Colocarei cada um a cada semana. Não serão muitos.
T:1
E:1
Desempenho
do papel
Rei
George VI, era sempre tenso ao desempenhar o papel diante das multidões.
Compreensível, pois muitas vezes falar e desempenhar certo papel faz parte das
nossas obrigações e nem sempre das nossas escolhas. Por mais que a liturgia do
cargo seja de estar em meio às pessoas, jamais teremos a frieza suficiente para
nos manter indiferentes. O nervosismo e a adrenalina será sempre uma constante.
Quem permanece indiferente, certamente deve ter alguma psicopatia!
Fraqueza
e vulnerabilidade praticamente são escondidas por todos os que estão em posição
de liderança. A doença do Rei era motivo de escárnio para os seus adversários.
Como lidamos com nossas fraquezas? É importante saber trabalhar os pontos
vulneráveis para não sofrer no desempenho do nosso papel na vida.
O
Novo
O
Rei, que estava com saúde debilitada, confiou à Elizabeth a visita que ele
faria às colônias britânicas.
Temos
medo do novo. O conforto com as mesmas coisas nos faz temer a inconveniência de
adaptação às situações novas. Nossa mente é nosso corpo gostam da acomodação.
Para os mais velhos é ainda mais difícil aceitar. Insegurança para o novo. Essa
foi a reação de Winston Churchill ao ser informado de que a jovem Elizabeth
faria a visita às colônias britânicas no seu lugar.
Filosofar
"Ele
está morrendo?" Pergunta a mulher de Churchill. "Estamos todos
morrendo. É o que define a condição da vida".
A
doença do Rei mostra sua fragilidade diante da finitude e da possibilidade em
deixar o poder. Talvez tenha sido pego de surpresa. Como estamos preparados
para deixar as funções na qual achamos ser indispensáveis? Temos a tendência em
achar que somos indispensáveis. Ninguém é! Pense na mais importante é
significativa pessoa em que você já ouviu falar. Já foi substituída! Um dia
estaremos sempre ultrapassados.
Discipular
George
sempre achava um tempo para estar com as filhas. Lições constantes para
líderes. Ao estar diante do pai, Elizabeth pergunta se as caixas de pendências
são uma chateação. "Não se mantê-las sobre controle", afirma.
"Mesmo no Natal!" Sabia que precisava
lidar com situações desagradáveis, mesmo sem desejar, claro.
O
líder não pode fugir de situações desagradáveis nem as evitar. Principalmente
aquele que foi colocado sob responsabilidade sem o devido talento. Nesse caso,
melhor se preparar e aprender a lidar com esse tipo de situações, senão sua
vida vira um caos.
Vida
solitária
Vida
solitária. Assim são os líderes. O rei teve sorte em ter uma esposa muito
companheira. Um amigo sempre diz que se quisermos agradar a todos, temos que
ser sorveteiros: todos os sabores estão disponíveis. Mas os líderes tem que
sustentar o que são e o que falam, e na humanidade se todos mancarem para um
lado só, acabam caindo.
Discipulado
Em
uma caçada, onde o Rei chama o genro para tentar influenciar, ao se dirigir a Phillip,
mostra que cuidar da Rainha, não só da mulher, é uma missão. Maior do que a carreira
pessoal. Assim como ali havia uma instituição representado por sua mulher que
deveria ser por tabela a aniquilação das suas vontades, também um dia teremos
que abrir mão de muita coisa em prol da instituição na qual escolhemos fazer
parte: de uma família, de uma fé na qual posições pessoais deverão ser tomadas,
do bem estar da outra pessoa na qual escolhemos agregar à nossa vida. Abrir
mão. Eis a constante companheira da sabedoria e da coexistência.