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terça-feira, 22 de setembro de 2020

Lições da Coroa

 


The Crown, ou A Coroa, é uma série de televisão que mostra a vida da Rainha Elizabeth no seu tempo desde a morte do seu pai em diante. Admiro a Rainha Elizabeth II, mas deixo claro que não a Monarquia, mas a monarca. Tampouco qualquer um dos seus filhos ou netos. Serão sempre insossos, e bonecos para falatórios.

Mas Elizabeth um caso de personalidade única. Depois dela não haverá. Creio que a maioria das personalidades não deixarão sucessores, sejam políticos, cantores, pregadores, etc. Quando se forem, somente seu legado permanecerá e não permanecerão seus sucessores.

Quem é Franklin Grahan? Quem é filho do Mandela, do John Wesley, do FHC, do PAstor tal?... Quando morrerem, foi-se. Surgirá outro em outro local geográfico e demorar uns 50 anos para adquirir autoridade.

Eu achei muito interessante as lições que o filme destaca na vida da Rainha no desempenho do cargo. Certamente ela tinha uma personalidade e uma sabedoria que a ajudou a permanecer no trono por mais de 60 anos. Uma característica da pessoa que fora trabalhada por toda a vida para um dia suceder a Coroa.

Compartilho com quem desejar, para aprender, como estou fazendo tambem, pois todos precisamos atentar para lições que podem ser úteis à nossa vida.

Colocarei cada um a cada semana. Não serão muitos.

 T:1 E:1 

Desempenho do papel 

Rei George VI, era sempre tenso ao desempenhar o papel diante das multidões. Compreensível, pois muitas vezes falar e desempenhar certo papel faz parte das nossas obrigações e nem sempre das nossas escolhas. Por mais que a liturgia do cargo seja de estar em meio às pessoas, jamais teremos a frieza suficiente para nos manter indiferentes. O nervosismo e a adrenalina será sempre uma constante. Quem permanece indiferente, certamente deve ter alguma psicopatia!

 

Fraqueza e vulnerabilidade praticamente são escondidas por todos os que estão em posição de liderança. A doença do Rei era motivo de escárnio para os seus adversários. Como lidamos com nossas fraquezas? É importante saber trabalhar os pontos vulneráveis para não sofrer no desempenho do nosso papel na vida.

 O Novo

O Rei, que estava com saúde debilitada, confiou à Elizabeth a visita que ele faria às colônias britânicas.

Temos medo do novo. O conforto com as mesmas coisas nos faz temer a inconveniência de adaptação às situações novas. Nossa mente é nosso corpo gostam da acomodação. Para os mais velhos é ainda mais difícil aceitar. Insegurança para o novo. Essa foi a reação de Winston Churchill ao ser informado de que a jovem Elizabeth faria a visita às colônias britânicas no seu lugar.

 

Filosofar

"Ele está morrendo?" Pergunta a mulher de Churchill. "Estamos todos morrendo. É o que define a condição da vida". 

A doença do Rei mostra sua fragilidade diante da finitude e da possibilidade em deixar o poder. Talvez tenha sido pego de surpresa. Como estamos preparados para deixar as funções na qual achamos ser indispensáveis? Temos a tendência em achar que somos indispensáveis. Ninguém é! Pense na mais importante é significativa pessoa em que você já ouviu falar. Já foi substituída! Um dia estaremos sempre ultrapassados.

 

Discipular

George sempre achava um tempo para estar com as filhas. Lições constantes para líderes. Ao estar diante do pai, Elizabeth pergunta se as caixas de pendências são uma chateação. "Não se mantê-las sobre controle", afirma. "Mesmo no Natal!"  Sabia que precisava lidar com situações desagradáveis, mesmo sem desejar, claro.

O líder não pode fugir de situações desagradáveis nem as evitar. Principalmente aquele que foi colocado sob responsabilidade sem o devido talento. Nesse caso, melhor se preparar e aprender a lidar com esse tipo de situações, senão sua vida vira um caos.

 

Vida solitária 

Vida solitária. Assim são os líderes. O rei teve sorte em ter uma esposa muito companheira. Um amigo sempre diz que se quisermos agradar a todos, temos que ser sorveteiros: todos os sabores estão disponíveis. Mas os líderes tem que sustentar o que são e o que falam, e na humanidade se todos mancarem para um lado só, acabam caindo. 

 

Discipulado 

Em uma caçada, onde o Rei chama o genro para tentar influenciar, ao se dirigir a Phillip, mostra que cuidar da Rainha, não só da mulher, é uma missão. Maior do que a carreira pessoal. Assim como ali havia uma instituição representado por sua mulher que deveria ser por tabela a aniquilação das suas vontades, também um dia teremos que abrir mão de muita coisa em prol da instituição na qual escolhemos fazer parte: de uma família, de uma fé na qual posições pessoais deverão ser tomadas, do bem estar da outra pessoa na qual escolhemos agregar à nossa vida. Abrir mão. Eis a constante companheira da sabedoria e da coexistência.

 

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