Páginas

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Uma Igreja Vibrante



A vida cristã é uma vida de relacionamentos. A comunhão íntima com Deus, pela oração e prática da Sua Palavra, nos leva ao relacionamento fraterno com nossos irmãos e irmãs de fé. Esse relacionamento cresce na medida em que também cresce nossa fé: Irmãos, cumpre-nos dar sempre graças a Deus no tocante a vós outros, como é justo, pois a vossa fé cresce sobremaneira, e o vosso mútuo amor de uns para com os outros vai aumentando. 2 Tessalonicenses 1:3.
Damos graças a Deus por encontrarmos uma igreja assim, que procura ter relacionamentos saudáveis como forma de se tornar uma igreja-família, vivendo a graça de Deus e formando discípulos de Jesus Cristo. Isto só é possível através dos nossos contatos, pois pela amizade sincera e o desejo de ver as pessoas terem um relacionamento real com Jesus Cristo nos motiva ao trabalho missionário.
Estamos divulgando e participaremos do projeto de Grupos Familiares que tem como um elemento fundamental o Encontro com Deus, nome carinhoso para um retiro espiritual, sem a intenção de afirmar que os que não participam não têm essa experiência. Mas esse encontro remete os participantes ao trabalho e testemunho de vida. Tudo isso a partir de relacionamentos, que é a base dos Grupos Familiares. Além do mais, abertos ao agir de Deus nos tornamos uma igreja mais vibrante, alegre e que manifesta claramente a graça de Deus sobre o Seu povo.
Como Igreja, desejamos crescer, prosperar e sermos conhecidos como o “povo do coração aquecido”. Juntos, temos o sonho de obedecer a Deus e sermos abençoados no projeto missionário, pois tem muita gente precisando ser liberta da escravidão do pecado. Por isso, o papel de cada um de nós é orar, contribuir, participar ativamente dos trabalhos da igreja e testemunhar da nova vida para os outros. Oremos para que Deus, na Sua misericordiosa graça, nos abençoe nos relacionamentos, pois eles são graciosos aos olhos de Deus.
Tenha um abençoado mês de Março.
Dos seus Pastores e amigos, Fábio e Andréa.

O Hoje e o Amanhã

Neste tempo de aulas na UMESP, uma frase me chamou muito a atenção:
"Para mim o Reino de Deus será formado com a matéria prima (nossa vivência) daqui. Nossa passagem por este mundo tem o propósito para a formação do Reino de Deus vindouro".
Prf. Rui josgrilberg

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Faço minha essas palavras!


"Sou pastor de uma comunidade cristã em São Paulo; lidero uma rede de igrejas espalhadas pelo Brasil, somando entre 20 e 25 mil pessoas; conduzo um programa de rádio diário também em São Paulo; escrevo para duas revistas de circulação nacional e, porque mantenho um site na internet, sinto-me membro da novíssima comunidade dos blogueiros. Apesar disso, minha capacidade transformadora é pífia. Minha voz, semelhante a de milhões de brasileiros, não representa quase nada; não sou conhecido das elites, nunca estive na presença de um presidente da república e jamais usei um passaporte diplomático.

Partilho do sentimento de impotência que toma conta dos meus irmãos. Sinto-me frustrado, revoltado, irado, indignado, sei lá que expressão usar, com tudo o que ocorre na minha terra. Assisti a eleição dos novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado com uma vontade louca de comprar um megafone, ir para a Brasília, e ficar gritando palavrões em plena praça pública. Tive impulso de chamar aqueles políticos arrumadinhos, empertigados dentro de seus ternos novíssimos, posando, feito jacus, para fotografias, com as palavras mais chulas da gíria portuguesa.

Entendo que o jogo político é necessário; sei que disputas de poder acontecem em todas as instituições; compreendo que “ruim com os deputados, pior sem eles”. Ninguém precisa me dar aula de democracia (sou filho de um preso político na ditadura e sei o horror dos tiranos), mas, mesmo reconhecendo a necessidade das instituições, fiquei vermelho de raiva com a inauguração do novo Congresso. Vejo meu país sangrando e os mesmos chavões sendo repetidos. Sinto que vivemos em meio a um desdém aviltante. Ninguém mais se lembra da aluna de uma universidade do Rio de Janeiro, vítima de uma bala perdida, e que ficou tetraplégica; ninguém mais se lembra daquele senhor que chorava enquanto desenterravam seu filho de debaixo da cama de um soldado da Polícia Militar; ninguém mais se lembra da fotografia de uma adolescente se prostituindo, sentada no colo de um velho nojento do Amazonas; ninguém mais se lembra das mães que enterraram seus filhos, mortos por falta de asseio numa Unidade de Tratamento Intensivo de um hospital público. Dois dias depois das tragédias, chegam outros sinistros mais pavorosos e vamos nos acostumando; de horror em horror chegaremos no inferno preparado pelos próprios brasileiros. Querem saber? Chega... Para mim chega, já que os evangélicos degringolaram e hoje a grande maioria dos freqüentadores dos cultos é composta de pessoas infantilizadas pela religião; noto que o movimento do qual já fiz parte não se importa com a justiça nacional, não chora com os que choram e não defende o direito dos mais frágeis. Eles se reúnem em seus auditórios com uma única preocupação: acessar o divino, para se safarem. Para mim chega, já que vejo a elite burguesa se locupletando há séculos, sem que ninguém consiga fazê-la mudar. Ela é preguiçosa, mesquinha, egoísta e insensível à miséria que vive do outro do lado do muro de seus condomínios.

A elite brasileira se preocupa prioritariamente em blindar seus carros, freqüentar desfiles de moda breguíssimos em shoppings centers, freqüentar os mesmos cabeleireiros badalados e caros das modelos analfabetas, sair, feito “papagaio de pirata”, nas páginas das revistas de fofoca e comprar roupas em Miami. Ela não está nem aí para a miséria que cresce sem parar. Para mim chega, já que os intelectuais nacionais atolaram na irrelevância de seu esnobismo; trancaram-se em suas torres de marfim, com textos herméticos e propostas mirabolantes e inúteis dos teóricos de direita ou de esquerda. Imóvel e impotente, tenho vontade de chutar o mastro central desse grande circo de lona rasgada chamado Brasil. Não passamos de um povinho sem sangue nos olhos, uma nação sem brios. Faltam poucos dias para o país parar de novo para ver as escolas de samba, patrocinadas pelo tráfico, desfilarem a nudez das mulheres mais deslumbrantes que nossa raça produziu. Os poucos gringos com uma libido maior que o medo de morrer, vão babar. E nós, sentaremos em nossas poltronas por quatro dias, embriagados de cerveja e sexo esqueceremos que já perdemos nossa alma.

Morreu um menino e estou com asco dos brasileiros que elegeram o Clodovil, o Maluf, o Genoíno, o Palocci, o Collor, o Sarney e toda aquela farsa chamada de Congresso Nacional. Sinto náuseas e o meu inferno são os próprios brasileiros. Morreu um menino e não posso dormir sem antes dizer que, se pudesse, diria aos meus patrícios que a nossa perversidade está transbordando a medida da ira divina. Morreu um menino, mas o pior ainda está por vir. Morrerão muitos outros e continuarão as mesas redondas de idiotas discutindo as fofocas do futebol. Morrerão muitos outros e a Daslu continuará vendendo calças jeans de 2 mil dólares. Morrerão muitos outros e alguns poucos continuarão tomando vinho de 7 mil dólares em banquetes faustosos. Morrerão muitos outros e os pastores continuarão prometendo abrir portas de emprego para quem der dinheiro em seus cultos. Cansei do deboche e não sei o que fazer. Estou revoltado com o cinismo e não sei para onde me voltar. Antes que esqueça: o nome do menino era João Hélio e seus pais ainda estão chorando muito... "

Soli Deo Gloria. Ricardo Gondim

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

O Novo Nascimento

Afirmamos que o novo nascimento é muito mais do que uma transformação de vida: é uma genuína substituição de vida. Quando creio que a morte de Cristo foi verdadeiramente a minha morte estou dando adeus, definitivamente, à minha velha vida. Conseqüentemente, quando creio na minha inclusão na ressurreição de Cristo estou confessando o que está escrito em Gálatas 2:20b: Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim... . A regeneração implica nesta experiência fundamental: não mais eu, mas Cristo vivendo em mim. Diante deste fato, muitos argumentam: se o novo nascimento é uma substituição real de vida, a nossa pela de Cristo, por que temos tantas fraquezas? Se Cristo é a nossa vida, porque muitas vezes nos abatemos e ficamos tristes, e até nos desesperamos? Paulo responde estas indagações mostrando que a genuína experiência cristã é cercada de paradoxos. Em 2 Coríntios 4:8-9, está escrito: Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos. Onde estava a vitória de Paulo? Ele revela o seu segredo em 2 Coríntios 4:10: Levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo.
Ser cristão é viver um intenso paradoxo. Muitos pensam que no viver cristão só existe o Tesouro, e não o vaso; porém, a Bíblia ensina que vida cristã é Tesouro em vaso de barro. O propósito de Deus não anula o vaso. O cristão é sempre o vaso de barro onde o Tesouro é encontrado. Paulo era um homem como qualquer outro, mas a vida de Cristo se expressava nele. Em muitas oportunidades Paulo fala de sua fragilidade como vaso de barro. Ele era um homem, um homem como qualquer outro, mas a vida de Cristo podia ser tocada nele.
O apóstolo da graça afirma em 2 Coríntios 1:8-9, 4:16-17, 6:4,5,8-10: Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a natureza da tribulação que nos sobreveio na Ásia, porquanto foi acima das nossas forças, a ponto de desesperarmos até da própria vida. Contudo, já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós e sim no Deus que ressuscita os mortos. Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação. ...Na muita paciência, nas aflições, nas privações, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos..., por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama, como enganadores e sendo verdadeiros... como castigados, porém não mortos; entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo.

Shalom, meus amigos.