Afirmamos que o novo nascimento é muito mais do que uma transformação de vida: é uma genuína substituição de vida. Quando creio que a morte de Cristo foi verdadeiramente a minha morte estou dando adeus, definitivamente, à minha velha vida. Conseqüentemente, quando creio na minha inclusão na ressurreição de Cristo estou confessando o que está escrito em Gálatas 2:20b: Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim... . A regeneração implica nesta experiência fundamental: não mais eu, mas Cristo vivendo em mim. Diante deste fato, muitos argumentam: se o novo nascimento é uma substituição real de vida, a nossa pela de Cristo, por que temos tantas fraquezas? Se Cristo é a nossa vida, porque muitas vezes nos abatemos e ficamos tristes, e até nos desesperamos? Paulo responde estas indagações mostrando que a genuína experiência cristã é cercada de paradoxos. Em 2 Coríntios 4:8-9, está escrito: Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos. Onde estava a vitória de Paulo? Ele revela o seu segredo em 2 Coríntios 4:10: Levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo.
Ser cristão é viver um intenso paradoxo. Muitos pensam que no viver cristão só existe o Tesouro, e não o vaso; porém, a Bíblia ensina que vida cristã é Tesouro em vaso de barro. O propósito de Deus não anula o vaso. O cristão é sempre o vaso de barro onde o Tesouro é encontrado. Paulo era um homem como qualquer outro, mas a vida de Cristo se expressava nele. Em muitas oportunidades Paulo fala de sua fragilidade como vaso de barro. Ele era um homem, um homem como qualquer outro, mas a vida de Cristo podia ser tocada nele.
O apóstolo da graça afirma em 2 Coríntios 1:8-9, 4:16-17, 6:4,5,8-10: Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a natureza da tribulação que nos sobreveio na Ásia, porquanto foi acima das nossas forças, a ponto de desesperarmos até da própria vida. Contudo, já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós e sim no Deus que ressuscita os mortos. Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação. ...Na muita paciência, nas aflições, nas privações, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos..., por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama, como enganadores e sendo verdadeiros... como castigados, porém não mortos; entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo.
Shalom, meus amigos.
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