Provando a Fidelidade de Deus
Ainda lembro-me da surpresa e satisfação da minha mãe ao abrir uma caixa de vidros para compota fabricados pelas empresas Kerr e encontrar um folheto com o incomum titulo: a cura de Deus para a pobreza. Não lembro se mamãe leu o folheto para um, entretanto, recentemente, descobri a extraordinária historia de Alexander Kerr e as circunstâncias envolvendo tal folheto.
Aos 14 anos, Kerr converteu-se por meio do ministério de D.J. Moody e uniu-se à Igreja Presbiteriana. Alguns anos mais tarde, ele leu um livro que transformou sua vida completamente. O livro narrava a historia do patriarca Jacó, que fez um voto a Deus: “de tudo quanto me conceder, certamente eu te darei o dízimo” (Gn 28.22).
Kerr ficou muito impressionado de como Deus abençoara a Jacó, depois de ter vivido 20 anos com seu tio Labão. O patriarca tornara-se um dos homens mais ricos do leste, em virtude de ter sido fiel a aliança feita com o Senhor.
Muito embora, não fosse sem dúvidas, Kerr tinha um sincero desejo de provar essa promessa bíblica, e assim, fez uma aliança especial segundo o qual separaria uma certa porcentagem de sua renda para a obra do Senhor. Naquele tempo, a sua modesta casa estava hipotecada, tinha muitas dívidas e muitas preocupações financeiras. Todavia, Kerr estava determinado a provar a Deus como Jacó: (PV 3.9-10; Lv 27.3-2; Gn 14.20; 13.2, e principalmente Malaquias 3.7,18).
Três meses depois que o senhor Kerr começou a dar o dízimo, ele recebeu uma benção inesperada e imprevisível. Pareceu-lhe que Deus havia aberto os seus olhos para contemplar Seu amor e sublime fidelidade no cumprimento de suas promessas com respeito ao ofertar.
Naquele mesmo ano, mesmo possuindo apenas um pequeno capital, Kerr estava convencido de que as promessas de Deus precisavam ser experimentadas. Assim, ele fundou a Fábrica de vidros para compota Kerr, que mais tarde veio a ser uma das maiores empresas do ramo nos EUA. A fabricação funcionava em São Francisco na mesma época em que aconteceu um grande terremoto naquela cidade. Todo o seu capital estava investido na sua empresa quando, repentinamente, o devastador terremoto atingiu São Francisco. Foi então que seus amigos foram até ele para manifestar que temiam pelo pior: “Kerr, você é um homem arruinado”. Sua pronta resposta foi: “Não acredito nisso, se eu estiver arruinado, então a Bíblia não pode ser verdadeira e sei que Deus não irá retroceder em nenhuma de suas promessas”. Ele enviou um telegrama para S. Francisco e a resposta foi a seguinte: “Sua fábrica está localizada bem no centro do incêndio, e sem dúvida está destruída. O calor é tão intenso que, por mais alguns dias, será impossível nos aproximarmos para verificar o real estado das coisas”.
Que período de provação foi aquele! No entanto, a sua fé não vacilou, pois Kerr permanecia firme em Malaquias 3.11: Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos. Ele ficou inabalável por uma semana e, logo depois, recebeu outro telegrama com os dizeres: “Tudo em um raio de dois quilômetros e maio ao redor de sua fábrica está queimando, mas sua fabrica milagrosamente está salva”.
O senhor Kerr, imediatamente, embarcou em um trem para o Oeste. Ao chegar, descobriu que o fogo alastrara-se pelas imediações ao derredor de sua fabrica e as cercas de madeira que rodeavam o prédio até mesmo nem ficaram chamuscadas. Ok prédio era, sem duvida, o mais inflamável da região e nele até mesmo usava-se óleo como combustível. Contudo nenhum pote de vidro sequer foi quebrado pelo terremoto ou destruído pelo fogo.
Para todos, tal fato foi um visível milagre da poderosa proteção divina. Deus mostrou a um homem, que acreditara na Sua promessa com relação ao dízimo, que esta nunca seria violada seja qual fosse a situação.
Em 1912, o Sr Kerr escreveu seu primeiro folheto intitulado: “A cura de Deus parra a pobreza”. A esse folheto seguiu-se outro: “A lei monetária de Deus para sua prosperidade financeira”. Um desses folhetos era colocado em cada caixa de vidros para compota. Foi um desses folhetos que fora encontrado por minha mãe.
Devemos tomar o cuidado de perceber que, no caso de Kerr, sua atitude era um principio de vida e não somente suja confiança no dar o dízimo. Ele conheceu o Deus que concebera todos esses princípios. Durante sua vida, em todos os negócios nos quais se envolvia, recolhia-se o dízimo. Conta-se que o ganho com investimentos financeiros eram tão grandes, que ele criou um fundo especial para financiar a distribuição, ao redor do mundo, de folhetos e Bíblias.
Milhares ficaram maravilhados de como esse homem saiu da pobreza para a riqueza, simplesmente, porque acreditara que Deus honraria sua promessa. É bem verdade que Kerr manteve-se firme na promessa concernente ao dízimo e que Deus honrou Sua palavra. Devemos também reconhecer que Kerr não se acomodou na posição de ser o alvo da benção de Deus. Ele deixou o legalismo (de dizimar) para desfrutar o gozo da graça de dar.
Não importa que palavras sejam usadas, estou convencido de que Deus está constantemente procurando por aqueles que não ficarão confinados a viver na janela menor, mas permitirão que Ele os use para demonstrar a superabundante benção que resulta do viver na janela maior.
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