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sábado, 5 de janeiro de 2019

MEnsagem as 7 igrejas



Sardes

Texto Bíblico:

Apocalipse 3.1-6



Introdução

“FICO BONITO PORQUE SOU BONITO”

Cristiano Ronaldo, jogador imodesto, argumentando que, no caso dele, aparecer sempre impecável é capricho da natureza. Depois deu risada e relativizou: “é brincadeira!”.

Se há algo que o livro do Apocalipse nos ensina, é que as aparências enganam, que há mais do que os olhos podem ver e que as coisas nem são como parecem ser.

A desconexão entre como as coisas aparentam ser e como elas de fato são não é menos verdadeira no caso da carta de Jesus à igreja em Sardes.

SARDES

Situada numa acrópole (Local mais alto das antigas cidades gregas, que servia de cidadela e onde eventualmente se erguiam templos e palácios) que se ergue a 450 m acima da base do vale, a cidade (atual Sart), era praticamente inconquistável.

Por volta de 1200 a.C., ganhou destaque como a capital do reino da Lídia, hoje uma parte da Turquia.

Os lídios foram o primeiro povo antigo a cunhar regularmente moedas.

Sua principal atividade comercial era a colheita da lã, tingida e usada para fabricar roupas.

Sardes já foi descrita como “uma cidade com um passado áureo e uma segurança posta no lugar errado”. Ela possuía uma fortaleza cercada de três lados por uma imponente muralha, da qual se pensava ser tão impenetrável que a expressão “capturar a acrópole de Sardes” se tornou uma metáfora para alcançar o impossível.

Contudo, a cidade afinal caiu nas mãos dos persas, graças ao excesso de confiança e ao descuido de seus cidadãos, que deixaram de vigiá-la para protegê-la de potenciais calamidades.

O centro da mensagem

O âmago da repreensão de Jesus a essa igreja se encontra em Apocalipse 3.1, em que ele diz: “Tens nome de que vives e estás morto”. Embora a reputação de uma igreja na comunidade ao redor seja importante, nada é quando comparada à avaliação daquele “que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas” (3.1).

Segundo o nosso Senhor, que sonda o coração e prova a mente dos homens, a igreja em Sardes era muito mais saudável por fora do que por dentro. A repreensão de Jesus aos fariseus vem à mente: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia! Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniquidade” (Mateus 23.27-28).

Diferentemente de suas observações às outras igrejas, Jesus não aponta nenhuma falta específica da parte dos crentes em Sardes.

Não há menção aos nicolaítas, aos balaamitas, à mulher chamada Jezabel ou a sinagogas de Satanás. Em vez disso, a igreja ouve que “o resto” está “para morrer” e que Cristo não tem “achado íntegras as [suas] obras na presença do meu Deus” (Apocalipse 3.2).

Força nas adversidades

Por mais irônico e contra intuitivo que possa parecer à primeira vista, a igreja geralmente é mais forte quando está diante de algum desafio específico (seja doutrinário ou moral); e o oposto também é verdadeiro: que a igreja está em gravíssimo perigo quando as águas estão mais calmas e quando a viagem parece mais tranquila.

Se os cristãos em Sardes estivessem enfrentando uma ameaça doutrinária específica como os efésios, então muito provavelmente eles teriam “[posto] à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os [achado] mentirosos” (2.2). Ou, se estivessem enfrentando um dilema moral concreto, eles, como os de Filadélfia, provavelmente teriam usado a “pouca força” que tivessem para não negar o nome de Jesus (3.8).

Mas, quando a vida da igreja parece seguir seu caminho usual, especialmente em uma cidade tida por impenetrável como Sardes, é muito fácil parar de observar, parar de proteger e parar de ser vigilante em guardar a igreja e o seu povo.

Em uma palavra, quando os lobos se vestem de ovelhas e Satanás parece um anjo de luz, de repente se torna muito tentador contentar-se com celeiros maiores, mais programas e a reputação de ser uma testemunha “vibrante” na comunidade. Em meio à fartura e num contexto de abundância, a presunçosa afirmação à alma – “tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te” – pode ser ouvida em muitos salões de igreja.

Pode alguém negar que essa mesma tentação assola as igrejas desta nação? Nós somos o grande homem do campus global, nossa “fortaleza” é tão invencível como a cidadela de Sardes e nossas megaigrejas estão se multiplicando quase tão rápido quanto nossos supermercados.

Mas será a força nossa maior fraqueza? Será que o perigo nos espreita por detrás de nossa suposta segurança? Será que nossa reputação de “vida” não é senão um fino verniz por trás do qual a morte esconde sua face?



No que precisamos ficar atentos

Com o estado de letargia

Talvez o maior desafio da igreja ocidental não seja a franca impiedade ou a perversão grosseira, mas sim um estado letárgico que nos faz entorpecidos e sem vida.

WESLEY DIZIA

– Pela fé e pela oração, fortaleça as mãos frouxas e firme os joelhos vacilantes. Você ora e jejua? Importune o trono da graça e seja persistente em oração. Só assim receberá a misericórdia de Deus.


Com a Vigilância

Talvez, em meio ao nosso conforto, nós tenhamos esquecido aquele que vem “como ladrão” na hora em que menos esperarmos (3.3).

Aqui a referencia não é com a segunda vinda de Cristo, mas à sua repentina vinda à igreja mão arrependida e morta para feri-la e destruí-la.


"Eis que venho como ladrão! Feliz aquele que permanece vigilante e conserva consigo as suas vestes, para que não ande nu e não seja vista a sua vergonha."


"Portanto, vigiem, porque vocês não sabem em que dia virá o seu Senhor. Mas entendam isto: se o dono da casa soubesse a que hora da noite o ladrão viria, ele ficaria de guarda e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. Assim, vocês também precisam estar preparados, porque o Filho do homem virá numa hora em que vocês menos esperam. 

Você anda brincando com a sua salvação eterna?
Gosto das fotos de Natal que a gente faz em família.

Alguns não estarão lá na próxima!


Com a condição de Pecado

Talvez precisemos parar de nos darmos tapinhas nas costas, dizendo “Paz! Paz” quando não há paz, e começar a buscar ser como aquelas “poucas pessoas” em Sardes “que não contaminaram as suas vestiduras”, que andarão de branco junto com Jesus, “pois são dignas” (3.4).


TOZER DIZIA

– O cristianismo de hoje não transforma as pessoas. Pelo contrário, está sendo transformado por elas. 

WESLEY

– A conversão tira o cristão do mundo; a santificação tira o mundo do cristão.

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