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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Sem ansiedade

Mateus 6.34 Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.

Somos tentados a buscar aquele dia em que não teremos mais nenhum problema.
Estou aprendendo a verdade acima, dita por Jesus. Temos que aprender a viver em Deus, todos os dias confiando em que Ele nos sustentará. Nesta terra, o dia sem problemas não chegará, mas o dia com Deus está sempre disponível. O dia esperado está na manifestação definitiva do Reino de Deus, onde este mundo não existirá mais.

Quando resolvemos as finanças, aparece a crise na familia; quando resolve esta, vem a crise no emprego; quando resolve este, vem a da doença própria, da familia, do pai, da mãe, dos filhos; quando resolvemos esta, vem a da igreja; quando esta se acalma, vem a da casa ideal; quando moramos nessa, abrubtamente temos que sair.... e assim vai a vida.

Quando pensamos que resolvemos uma coisa, aparece o próximo da fila.
No evangelho, damos um basta à ansiedade.
Portanto, aprendamos a viver cada dia saboreando a presença de Jesus. Sem ansiedade.

Shalom.

Vale a pena ler, da Ultimato, DE HOJE EM DIANTE...

A partir de hoje, com a ajuda de Deus, vou me disciplinar no que diz respeito à ansiedade. Farei isso a partir do Sermão do Monte. Ali está o impulso original que devo abrigar, alimentar e expandir. Jesus desaconselha a ansiedade e mostra a sua inutilidade. Ele me diz para eu não me preocupar com as necessidades básicas de cada dia, tanto de hoje como de amanhã (Mt 6.25-34).

O exercício diário que me imponho voluntariamente é repudiar tantas vezes quantas forem necessárias qualquer sentimento impregnado de aflição, angústia, ansiedade, desconfiança, inquietação, medo, preocupação, solicitude e tormento. Não será fácil por causa da minha natureza humana e por causa da cultura no meio da qual eu vivo. É possível também que eu já tenha adquirido o vício da ansiedade. Porém vou reagir, vou lutar, vou resistir, na esperança de que Deus me cure desse mal.

Sei que existem dois tipos de ansiedade -- a ansiedade real (ou racional) e a ansiedade irreal (ou irracional). Mas não pretendo justificar a ansiedade não imaginária e lutar apenas contra a ansiedade imaginária.

Estou ciente de que a ansiedade pode provocar distúrbios de saúde, como úlcera péptica, colite, asma e até doenças do coração. Sei também que ela pode tornar a minha vida e a vida dos que me rodeiam numa grande chatura ou mesmo num inferno. É muito desagradável conviver com uma pessoa demasiadamente ansiosa. Estou consciente de que a ansiedade é um pecado contra Deus, porque põe em dúvida o seu cuidado, a sua soberania, o seu amor, a sua providência. Logo atrás da ansiedade, está a incredulidade. É pecado por mais uma razão: o tempo e a energia gastos exageradamente com os cuidados desta vida -- o que comer, o que beber e o que vestir -- deveriam ser dedicados à expansão do reino de Deus, como Jesus explica no Sermão do Monte (Mt 6.33).

Para ser bem-sucedido na minha resolução de hoje, vou rever e memorizar textos que insistem no cuidado de Deus por mim: “Entregue o seu caminho ao Senhor; confie nele, e ele agirá” (Sl 37.5); “Entregue suas preocupações ao Senhor, e ele o susterá” (Sl 55.22); “Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus” (Fp 4.6); “Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês” (1Pe 5.7).

Mais uma providência pode me ajudar: não negar a minha ansiedade quando pessoas queridas disserem que sou ansioso nem quando a consciência e o Espírito me acusarem do pecado da ansiedade! Se eu agir assim, o Senhor certamente me curará, pois só ele pode fazer isso.

De hoje em diante a guerra contra a ansiedade está declarada e já começou!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Para nao falar que a Globo não tem coisa de crente, uma ótima rádio

http://player.globoradio.globo.com/RadioClick/Player/7/0,,KY503016-5942,00.html

N.T. Wright

Este é um autor bem conhecido no meio dos intelectuais cristaos. Na Ultimato lê-se uma das suas frases destacadas: Deus veio ao mundo através de Jesus justamente porque as coisas nao andavam bem por aqui e precisavam ser endireitadas.
Vindo dele, muito me chocou porque essa idéia nada tem a ver com a vinda de Jesus. Ele nao veio consertar nada - sua vinda estava projetada antes da fundaçao do mundo. E se tivesse vindo para consertar algo, teria falhado, porque nada foi resolvido.
Deus nao tinha um plano B. A vinda do Senhor sempre estava no plano A mesmo.
O plano de Deus é perfeito e sempre esteve sob controle, não o contrário, como a frase de Wright sugere.
Shalom.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Projeto Spurgeon | Pregando a Cristo Crucificado

Projeto Spurgeon Pregando a Cristo Crucificado

Divida Paga

Logo que conhecemos o Senhor, obtemos o perdão dos pecados. Encontramos nEle o Deus da graça que apaga todas as nossas transgressões. Que alegre é este conhecimento!

E como que, divinamente expressa, está esta promessa: O Senhor promete que jamais Se lembrará do nossos pecados! Pode Deus esquecer-Se? Ele assim há dito, e Ele pensa bem no que diz. Considera-nos como se nunca tivéssemos pecado. A Grande Expiação apagou tão eficazmente todo o pecado, que este já não existe na memória de Deus. O crente foi tão aceito por Deus, como o foi Adão na sua inocência ou, mais ainda, porque ele está vestido da justiça divina, e a de Adão era somente humana.

O nosso grande Deus não Se lembrará dos nossos pecados para castigá-los, ou para nos amar um pedacinho menos daquilo que nos ama. Assim como a dívida paga deixa de ser dívida, da mesma maneira, o Senhor cancela por completo a iniquidade de seu povo.

Quando chorarmos os nossos pecados e as nossas omissões, como é nosso dever enquanto vivermos, alegremo-nos porque daqui em adiante elas jamais nos serão lançadas em rosto. Isto faz-nos odiar o pecado. O perdão gratuito de Deus torna-nos mais atentos para que nunca mais O entristeçamos com as nossas desobediências.

Desempenhando o Seu Papel

Li este texto e gostei muito. Vale a pena.

O Dr. Gene Edward Veith
é o deão acadêmico da faculdade Patrick Henry, no estado da Virginia, EUA, e diretor do Instituto Cranach no Seminário Teológico de Concórida, em St. Louis, Missouri.

Como já vimos, a palavra hipocrisia deriva-se do vocábulo grego que expressa a idéia de "desempenhar um papel". A palavra comum que descrevia um ator no palco era a palavra hipócrita. Nas tragédias de Sófocles ou nas comédias de Aristófanes, os atores – os hipócritas – desempenhavam seus diferentes papeis usando máscaras. A transgressão moral da hipocrisia também envolve desempenhar um papel e vestir uma máscara. Mas existe ocasiões em que Deus nos chama a cumprir um papel.

A cultura contemporânea tolera quase todo tipo de comportamento, exceto a hipocrisia. Nossa sociedade não tem problemas com alguém que é homossexual ou usa a pornografia. Mas se um ativista contra a legalização do casamento gay é descoberto na homossexualidade, ou se um pastor que prega contra a pornografia é achado com pornografia em seu computador, toda zombaria, indignação e desaprovação social cai sobre ele. Não por causa do seus erros, mas porque ele se opunha aos erros que ele mesmo tem; por vestir uma máscara de virtude quando ele mesmo não é virtuoso; por ser um hipócrita.

Os cristãos precisam esperar esse tratamento. A hipocrisia é certamente errada. Mas a incoerência entre o crer e o comportamento não é, sempre, hipocrisia. Ninguém odeia mais o pecado do que aquele que está lutando sinceramente contra o pecado em sua própria vida.

Muitos fariseus na época do Novo Testamento e dos legalistas de nossos dias consideram-se tão boas pessoas que julgam não necessitarem do perdão de Deus. Mas eles precisam realmente. Cristãos que são honestos consigo mesmos e com Deus – que, não levando em conta os seus pecados – podem ser chamados a "desempenhar um papel".

Deus redime pessoas por meio de Cristo e, depois, chama-as a viver sua fé em suas profissões. Ele chama os cristãos a amar e servir o seu próximo em suas múltiplas vocações, que são as arenas de santificação e crescimento espiritual.

Na vocação, Deus coloca-nos em certos "ofícios", em alguns dos quais compartilhamos de sua autoridade. Algumas desses ofícios exigem que "desempenhemos um papel", incluindo vestir uma máscara. Isso é expresso no costume antigo de que certas vocação são caracterizada com roupa especial. Como um cidadão normal, um juiz não tem mais direito do que qualquer outra pessoa de mandar alguém para a cadeia. Mas, quando ele veste a sua "toga de ofício", está agindo em sua capacidade oficial como um agente da lei e, de acordo com Romanos 13, ele tem realmente autoridade para punir criminosos em favor do estado como um todo.

Em muitas igrejas, o pastor veste alguma tipo de toga, significando que, quando ele está no púlpito, nós, que estamos nos bancos, não devemos considerá-lo nosso bom amigo e companheiro de pescaria, embora ele posa ser isso. Quando ele está agindo em seu ofício, está ensinando não a sua palavra, mas a de Deus, que ele estudou e está autorizado a pregar.

Houve um estudo de pacientes que foram atendidos por um médico que usava jeans e camiseta de mangas curtas, em vez de seu tradicional jaleco branco. Os pacientes rejeitaram de modo geral! Nenhum deles queria um médico que parecia um homem comum da rua para lhes ministrar avaliação clínica. O jaleco branco é um símbolo de vocação, o qual o médico está autorizado a usar por virtude de sua vocação, seu treinamento, seu ofício.

Essa é a razão por que os policiais vestem uniformes. É também a razão por que há padrões diferentes na Convenção de Genebra quantos aos soldados que usam uniformes em seus países – e isso se relaciona à cadeia legítima de comendo que retrocede a autoridade dos magistrados, descrita em Romanos 13. O mesmo se aplica aos combatentes como os terroristas que lutam com base em sua própria autoridade e não usam qualquer uniforme.

Às vezes, os deveres de nossa vocação – e nem todas as vocações demandam uniformes – exigem que desempenhemos uma função, ainda que isso vá contra a nossa natureza. Um pai tem de disciplinar seu filho. Talvez ele não queira. Pode até sentir-se em conflito porque ele cometia o mesmo erro que está corrigindo, quando era criança. Um pai que fumava maconha em sua adolescência não está sendo hipócrita quando pune seu filho adolescente por usar drogas. Está cumprindo a sua função como pai.

Contra as suas inclinações, mas cumprindo os deveres de suas funções, às vezes os professores têm de dar notas baixa; os patrões, despedir empregados incompetentes; os pastores, exercer disciplina até contra uma bom amigo. Um jovem recém-formado na academia militar tem de assumir autoridade sobre uma companhia de combatentes veteranos que são mais velhos do que ele. Ele pode ficar nervoso e sentir-se fora de lugar, mas ele veste a máscara de comando e ordena as seus subalternos que prestem atenção. Os cônjuges podem não sentir-se sempre maridos ou esposas amáveis, mas, ao "desempenhar o seu papel", eles cumprem sua vocação e a vontade de Deus para seu casamento.

Se a vocação exige que vistamos máscaras, devemos lembrar que Lutero ensinava que aqueles que amam e servem a seu próximo, em sua profissão, são eles mesmos "máscaras de Deus". Avultando-se por trás do fazendeiro, do médico, do soldado, do pastor e dos pais, está o próprio Deus, provendo diariamente pão cotidiano, curando, protegendo, ministrando e dando vida.

Os papéis que desempenhamos podem ser, de fato, hipócritas. Mas, quando Deus nos pede que o desempenhemos, ele o está fazendo por meio de nós.

http://www.editorafiel.com.br/artigos_detalhes.php?id=323

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Dívidas


Graça e paz amados colegas de ministério.
Responda a enquete ao lado. Será de grande valia para ajudá-lo no ministério através deste site.
Se desejar, envie email para que eu lhe devolva artigos e subsidios que possam te ajudar nesta questão tão importante da nossa vida. A Bíblia diz que gemendo, não conseguimos servir ao Senhor com Alegria.

Shalom.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Paz com Deus

“Agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus”. Romanos 8:1

Nunca há um ponto onde você é menos salvo do que era quando Cristo o salvou. Só porque você se irritou durante o café da manhã não significa que você foi condenado durante o café da manhã. Quando você perdeu a calma ontem, você não perdeu sua salvação. Seu nome não desaparece e reaparece no livro da vida conforme seu humor e suas ações...

Você é salvo, não por causa do que você faz, mas por causa do que Cristo fez.
Ouvi no rádio: Deus nos dá o dia como presente, sem a garantia do próximo.
Shalom.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Graça para Perdoar

Lucas 7.48-50

7.41 Certo credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários, e o outro, cinqüenta.
7.42 Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais?
7.43 Respondeu-lhe Simão: Suponho que aquele a quem mais perdoou. Replicou-lhe: Julgaste bem.
7.44 E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; esta, porém, regou os meus pés com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos.
7.45 Não me deste ósculo; ela, entretanto, desde que entrei não cessa de me beijar os pés.
7.46 Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta, com bálsamo, ungiu os meus pés.
7.47 Por isso, te digo: perdoados lhe são os seus muitos pecados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama.
7.48 Então, disse à mulher: Perdoados são os teus pecados.
7.49 Os que estavam com ele à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este que até perdoa pecados?
Mas Jesus disse à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz



O ÔNIBUS NÃO A ATINGIU

Uma mãe nos escreveu contando como o motorista do ônibus escolar e sua filha, que era cristão, tornara-se ressentido. Outrora pai de onze filhos, agora apenas onze assentavam-se ao redor da mesada família. A comunidade ficou horrorizada quando um homem dirigindo embriagado invadiu sua propriedade ceifando a vida de dois de seus filhos, um menino e uma menina. Embora conhecesse bem a Deus, ele O culpava pelo ocorrido. Seus sentimentos de amargura somente acentuaram sua dureza de coração. Era impossível perdoar tal bêbado que quebrara o circulo familiar. (Aquele motorista não havia experimentado ainda do suprimento do rio da graça de Deus).
Certo dia, entretanto, houve um mudança naquela situação. Depois de terminada a escola e todas as crianças liberadas, a professora designada pára ajudar a embarcar as crianças no ônibus atrasou-se. Ao passar em frente ao ônibus, nossa filha Michelynne deixou cair alguns papéis. Inclinando-se para pega-los, ficou fora da visão do motorista. Foi assim que o ônibus em movimento jogou-a no chão esmagando sua lancheira, sendo que as rodas passaram paralelas ao seu corpo, uma de cada lado. Foi surpreendente! Ela sofreu apenas um corte na cabeça, Damos graças Deus por ter-lhe poupado a vida.
Na manhã seguinte, bem cedo, o motorista veio nos visitar. Ele nos contou sobre o acidente com seus filhos ocorrido onze meses antes e que não conseguia perdoar o culpado. Agora, porém, ele tinha nova visão! Será que o perdoáramos pelo que fizera? Demos àquele homem total certeza de que já o havíamos perdoado.
Depois do ocorrido, toda sua família começou a freqüentar uma igreja. O motorista reconciliou sua vida com o Senhor e sua esposa se converteu. Nos meses que se seguiram, outros membros da família confiaram em Cristo como Senhor e Salvador.
Veja atentamente o testemunho da mãe de Michelynne com respeito ao suprimento da graça de Deus: “Poucos dias antes do acidente, alguém me emprestou um livro com o título: “O PODER DO LOUVOR”. Aquele livro mudou minha vida minha vida e tive a chance de colocar em prática o que aprendi. No dia do acidente, a professora e a enfermeira da escola trouxeram Michelynne para casa e À medida que relatavam o ocorrido, agradecia e louvava a Deus por Sua misericórdia. Em outras circunstâncias teria ‘entrado em pânico’”.
Alguém certa vez me disse: “nunca encare qualquer problema sem antes agradecer a Deus por ele. Assim, o problema não será um mero problema e sim uma oportunidade para Deus lhe conceder a vitória através do problema”.
Consideremos as palavras da Paulo: “Regozijai-vos sempre...” (1 Ts 5:16).
O segredo de regozijar em todo o tempo é o seguinte:
“Orai sem cessar” (VV.17). E o resultado é:
“Em tudo, daí graças...” (VV. 18).
Ao passarmos do ato de orar para uma atitude de oração, ações de graças tornar-se-ão um modo de vida e seremos capacitados diariamente para perdoar.
Chegando a esse ponto em nossa jornada, precisamos nos convencer de que nada impede mais a oração quanto o fato de guardarmos pequenos ressentimentos ou nutrirmos a falta de perdão.

Gostaria de salientar que precisamos estar convictos— convictos que iremos colher conseqüências e que devemos parar de nos justificar.Que não nos agarremos a tentativas de justificar o nosso ressentimento chamando-o de “justa indignação”. Sim, existe tal coisa chamada de justa indignação. Jesus a teve quando: Olhando-os ao redor, indignado e condoído com a dureza do seu coração (Mc 3:5).
A indignação de Jesus, entretanto, era algo que estava acontecendo com uma outra pessoa e não por causa de um ressentimento pessoal por algo que O atingiu. Jesus estava ‘indignado” – por algo que estava acontecendo a outrem. Quando nossa indignação possui em si mesma uma aflição (em relação ao que está acontecendo com alguém) e não um incômodo por causa de algo contra nós, então a ira é correta e justa. Tenhamos em mente que embora alguma ira seja justa, não devemos guardá-la por muito tempo dentro do nosso coração. Certamente ela apodrecerá.
Por isso Paulo nos diz: Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira(Ef 4:26). Há portanto, um tipo de ira que pode ser mantida sem pecado. Se for se irar sem pecado, sua ira deve ser apenas contra o pecado e o sol não deve se por sobre ela. Até mesmo uma justa indignação pode consumir o amor das nossas vidas a ponto de nos fazer “desagradáveis justiceiros”__ uma pessoa sem amor.




O PERDOADO PERDOA

Por isso, o reino dos céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com os seus servos. E, passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora e perdoou-lhe a dívida. Mateus 18:23-24 e 27.

Prisioneiros não são somente aqueles que estão detidos atrás das grades de aço de uma penitenciária. Há muitos que, mesmo não estando presos em uma cadeia pública, estão detidos atrás de grades invisíveis. São pessoas que, ainda que caminhem livremente pelas ruas, andam acorrentadas no passado curtindo a fossa de suas mágoas. Vítimas de sentimentos de amargura, culpa e autocomiseração vivem entoando o cântico das lamúrias. Encontram-se tão centralizadas em seus próprios sentimentos amargos que se vêem sempre como vítimas de tudo e de todos. São muitos os sentimentos que paralisam as pessoas e as mantêm imobilizadas. Porém o que se percebe é que a falta de perdão está envolvida com quase todos eles. Quando o perdão não é aplicado, seja qual for a situação, a pessoa entra num processo de tortura interior. Seu humor será afetado, possivelmente sua saúde sofrerá danos, sua alma ficará amarga, e, por fim, poderá experimentar o esmagamento provocado pelo sentimento de culpa.

O quadro é pesado, porém muitos são os que entram por este caminho e se atolam em seus próprios sentimentos pecaminosos. A palavra de Deus nos mostra no livro de Salmo 32:3 a seguinte verdade: Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Devemos encarar os fatos. Os sentimentos que destróem os outros e envenenam a nossa própria alma nunca fizeram parte do plano original de Deus para o homem. Eles acompanham o homem desde a queda no jardim do Éden. O pecado trouxe essa herança terrível. Imediatamente após a queda já percebemos a ação do pecado nos sentimentos do homem. No livro de Gênesis 3:9-12 lemos: E chamou o Senhor Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás? Ele respondeu: Ouvi a Tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo e me escondi. Perguntou-lhe Deus: Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses? Então disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi. Neste trecho podemos enumerar os vários tipos de sentimentos que Adão experimentou. Sentimento de culpa, medo e vazio. Numa tentativa de se justificar, transferiu a sua responsabilidade ou culpa ao próprio Deus e à sua mulher. Também demonstrou que nele havia um problema em relação à compreensão do perdão. O pecado trouxe conseqüências graves ao homem. É por isso que muitas pessoas se tornam escravas de seus próprios sentimentos. Billy Graham coloca que a inveja é um dos primeiros sentimentos que brotou no coração do homem. É um sentimento que não veio como conseqüência da queda, mas que teve participação ativa no seu processo.

Diante deste diagnóstico tão pesado, a primeira coisa que devemos saber é que não existe remédio algum neste mundo capaz de curar alguém nestas condições. O máximo que se pode conseguir são “pílulas paliativas” para aliviar o sofrimento. A solução não vem deste mundo, mas do Criador do universo. O que precisamos entender é que não poderemos acertar as nossas contas com os homens enquanto não encararmos o Juiz eterno para acertar as nossas diante Dele.

Mateus
18.21 Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?
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18.22 Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
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18.23 Por isso, o reino dos céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com os seus servos.
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18.24 E, passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos.
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18.25 Não tendo ele, porém, com que pagar, ordenou o senhor que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo quanto possuía e que a dívida fosse paga.
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18.26 Então, o servo, prostrando-se reverente, rogou: Sê paciente comigo, e tudo te pagarei.
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18.27 E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora e perdoou-lhe a dívida.
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18.28 Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários; e, agarrando-o, o sufocava, dizendo: Paga-me o que me deves.
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18.29 Então, o seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe implorava: Sê paciente comigo, e te pagarei.
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18.30 Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida.
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18.31 Vendo os seus companheiros o que se havia passado, entristeceram-se muito e foram relatar ao seu senhor tudo que acontecera.
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18.32 Então, o seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste;
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18.33 não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti?
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18.34 E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida.
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18.35 Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão.
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O nosso texto base nos apresenta uma das mais profundas manifestações da graça de Deus em relação ao homem pecador. Diante de um rei foi colocado um homem que lhe devia dez mil talentos. Para termos uma idéia do montante deste valor precisamos pensar um pouco nas comparações que se seguem:
Um denário = Um dia de serviço.
Um talento = Seis mil denários = Seis mil dias de serviço.
Dez mil talentos = Sessenta milhões de denários = Sessenta milhões de dias de serviço.
Todos os impostos anuais somados dos estados da Iduméia, Judéia e Samaria perfaziam o valor de seiscentos talentos.


O Senhor Jesus usou este exemplo para mostrar que, apesar da nossa dívida ser impossível de ser paga a Deus, Ele nos concedeu um perdão eterno. Toda a culpa do nosso pecado e todas as nossas transgressões foram levadas por Cristo Jesus na cruz. A obra de Cristo na cruz foi absolutamente perfeita, não havendo necessidade alguma de muletas humanas para ajudar o homem na sua libertação.
No livro de Colossenses 2:14 está escrito: Tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz . Satanás tenta de todos os modos cegar-nos para toda esta maravilhosa verdade. Hal Lindsey no seu livreto “A viagem da culpa” escreveu: O motivo número um por que o poder de Deus sofre curto-circuito em nossas vidas é que realmente nunca aprendemos o que significa a cruz de Cristo numa base cotidiana. A cruz é a base contínua de Deus aceitar-nos e perdoar-nos. A graça nos conquistou em Cristo Jesus deixando-nos totalmente livres, isentos de qualquer culpa ou dívida diante do Deus eterno.

Uma vez que já fui redimido em Cristo Jesus, então devo crer e tomar posse deste perdão pleno para a minha vida. Sendo um perdoado, agora posso perdoar. Não sou mais um escravo de meus sentimentos, pois Cristo já me libertou. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. João 8:36.

Os que nasceram de novo já têm um parâmetro para trabalharem na questão do perdão em suas vidas. No livro de Efésios 4:32 está escrito: Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou. Esta verdade também pode ser constatada em Colossenses 3:13: Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós.

Uma vez que fomos libertos em Cristo Jesus, podemos perfeitamente perdoar a todo aquele que nos ofende. Quando não perdoamos, mas temos um sentimento estranho agindo em nós, devemos encarar isto como um pecado sério diante de Deus. Precisamos confessar este sentimento como um pecado. Em seguida, devemos tomar posse do perdão que já nos foi outorgado por Cristo Jesus. Infelizmente, muitos, por não conhecerem a graça plena de Deus na questão do perdão, sofrem, ora sendo acusados pelo diabo, ora por suas próprias consciências. Esquecem-se de que nós não temos mais dívida alguma para acertar, pois tudo já foi pago completamente pelo Senhor Jesus. O escrito de dívida já foi rasgado, e o próprio sangue de Jesus é o selo da nossa libertação. Não precisamos mais viver escravizados por sentimentos pecaminosos, pois Cristo Jesus já nos deu a vitória. Alguém, acertadamente, disse: A Bíblia nunca diz a um crente, depois da cruz, que peça perdão. Já é um fato acertado com Deus, e Ele simplesmente quer que reivindiquemos o que já é verdadeiro. Não precisamos implorar algo que já nos foi dado em Cristo Jesus. Precisamos tomar posse.
O Senhor nos convida a termos uma vida totalmente liberta. Já fomos perdoados em Cristo, por isso podemos perdoar plenamente.
FROMKE AFIRMA:
Gostaria de salientar que precisamos estar convictos— convictos que iremos colher conseqüências e que devemos parar de nos justificar.Que não nos agarremos a tentativas de justificar o nosso ressentimento chamando-o de “justa indignação”. Sim, existe tal coisa chamada de justa indignação. Jesus a teve quando: Olhando-os ao redor, indignado e condoído com a dureza do seu coração (Mc 3:5).
A indignação de Jesus, entretanto, era algo que estava acontecendo com uma outra pessoa e não por causa de um ressentimento pessoal por algo que O atingiu. Jesus estava ‘indignado” – por algo que estava acontecendo a outrem. Quando nossa indignação possui em si mesma uma aflição (em relação ao que está acontecendo com alguém) e não um incômodo por causa de algo contra nós, então a ira é correta e justa. Tenhamos em mente que embora alguma ira seja justa, não devemos guardá-la por muito tempo dentro do nosso coração. Certamente ela apodrecerá.

Por isso Paulo nos diz: Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira(Ef 4:26). Há portanto, um tipo de ira que pode ser mantida sem pecado. Se for se irar sem pecado, sua ira deve ser apenas contra o pecado e o sol não deve se por sobre ela. Até mesmo uma justa indignação pode consumir o amor das nossas vidas a ponto de nos fazer “desagradáveis justiceiros”__ uma pessoa sem amor.
Com texto do amado Pastor Tomaz Germanovix.
Shalom.

A graça não foi de graça para que haja graça!


LUCAS - NTLH
7.40 Jesus então disse ao fariseu: — Simão, tenho uma coisa para lhe dizer: — Fale, Mestre! — respondeu Simão.
7.41 Jesus disse: — Dois homens tinham uma dívida com um homem que costumava emprestar dinheiro. Um deles devia quinhentas moedas de prata, e o outro, cinqüenta,
7.42 mas nenhum dos dois podia pagar ao homem que havia emprestado. Então ele perdoou a dívida de cada um. Qual deles vai estimá-lo mais?
7.43 — Eu acho que é aquele que foi mais perdoado! — respondeu Simão. — Você está certo! — disse Jesus.
7.44 Então virou-se para a mulher e disse a Simão: — Você está vendo esta mulher? Quando entrei, você não me ofereceu água para lavar os pés, porém ela os lavou com as suas lágrimas e os enxugou com os seus cabelos.
7.45 Você não me beijou quando cheguei; ela, porém, não pára de beijar os meus pés desde que entrei.
7.46 Você não pôs azeite perfumado na minha cabeça, porém ela derramou perfume nos meus pés.
7.47 Eu afirmo a você, então, que o grande amor que ela mostrou prova que os seus muitos pecados já foram perdoados. Mas onde pouco é perdoado, pouco amor é mostrado.

A graça é tudo. Só não é de graça. Os teólogos dizem que ela é “preveniente” (antecede a decisão e o esforço humanos), “eficaz” (o que Deus propõe e cumpre não falha), “irresistível” (o chamado é tal que o favorecido não consegue fazer-se de surdo) e “suficiente” (ela pode salvar perfeitamente os que se aproximam de Deus por meio de Cristo). Porém todos são obrigados a acreditar e a proclamar que a graça não é de graça.

A remoção do pecado e da culpa não é feita de qualquer modo. A tese multissecular é que “não havendo derramamento de sangue não há perdão de pecados” (Hb 9.22, NTLH). Nem na antiga aliança nem na nova. A graça, definida pelo teólogo Gerson Luís Linden como o “favor imerecido de Deus manifestado àqueles que mereciam apenas condenação”, custa um preço muito alto, como salienta o apóstolo Pedro:

“Vocês sabem que não foi por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos de sua maneira vazia de viver, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e defeito” (1Pe 1.19).

A partir da leitura de Levítico, o terceiro livro da Bíblia, onde “os conceitos de pecado, sacrifício e expiação são usados no Novo Testamento para interpretar a morte de Cristo” (Bíblia de Estudos Genebra, p. 129), é fácil -- e até emocionante -- descobrir que a graça não é de graça.

De acordo com as cerimônias e os rituais estabelecidos por Deus e entregues ao povo de Israel, todos que quebrassem, propositalmente ou não, uma das leis do Senhor e fizessem o que é proibido teriam de oferecer um sacrifício pelo pecado. Não importava se o transgressor fosse um cidadão comum, alguém revestido de autoridade ou o próprio sumo sacerdote; não importava se fosse um indivíduo ou o povo todo (Lv 4.1-35) -- ninguém seria dispensado do sacrifício. Os ricos teriam de oferecer um bovino de grande porte; os de classe média, um caprino de pequeno porte; os pobres, duas aves: rolas ou pombos; e os que estivessem abaixo da linha de pobreza, apenas um quilo da melhor farinha (Lv 5.7-13).

Os sacrifícios servem para tirar o pecado e a culpa por ele deixada. As expressões “tirar pecados” e “tirar a culpa do pecado cometido” aparecem dezenas de vezes em Levítico e em Números. Esta última tem alguns sinônimos significativos: “Conseguir o perdão”, “ficar livre da culpa” ou “pagar a dívida” (Lv 4–6).

Se quebrar uma das leis do Senhor, a pessoa “ficará impura e também culpada” e “merecerá castigo” (5.1-2). Porém, se essa mesma pessoa confessar seu pecado e oferecer ao Senhor um animal “como sacrifício para tirar a culpa do pecado que cometeu”, ela “será perdoada” (4.31, 35; 5.10). As duas possibilidades são opostas entre si: em uma situação a pessoa fica impura e culpada; na outra, purificada e desculpada.

O processo do perdão começa com a consciência do pecado: “Se uma pessoa do povo, sem querer, quebrar uma das leis de Deus e for culpada de fazer aquilo que o Senhor proibiu, “logo que for avisada de que cometeu o pecado”, trará como sua oferta a Deus uma cabra sem defeito, para tirar o pecado que cometeu” (Lv 4.27-28, NTLH). Esse aviso de cometimento de pecado pode vir por meio da reação da consciência não cauterizada, de uma estranha tristeza interior, de alguma dor ou sofrimento, de orações não respondidas, da leitura ou exposição das Escrituras, da indicação de algum servo de Deus, da palavra acusatória do Espírito Santo ou por meio de alguma providência da misericórdia divina. J. I. Packer, no devocionário”, diz que Deus “continua odiando os pecados de seu povo e usa todo tipo de dor e aflição, interiores e exteriores, para desarraigar seus corações da transigência e da desobediência” (p. 81).

Moisés deixa claro que as tais “leis de Deus” exigem mais do que se supõe. A pessoa pode pecar e ofender a Deus “nos seguintes casos: se ficar com aquilo que alguém lhe entregou para guardar; se não devolver o que alguém deixou como garantia de pagamento de alguma dívida; se roubar alguma coisa de alguém; se usar de violência contra qualquer pessoa; se jurar que não achou um objeto perdido quando, de fato achou; ou se fizer contra alguém qualquer outra coisa parecida com estas” (Lv 6.2-3, NTLH). Para ficar livre da culpa de uma ou de todas essas faltas, o pecador, além de confessar e oferecer sacrifícios, deverá fazer os reparos necessários. No caso de alguma apropriação indébita, o culpado entregará à vítima “o valor total do que roubou, mais um quinto” (Lv 6.4-7).

Se todo o cerimonial for feito de acordo com as instruções, a oferta queimada produzirá “um cheiro agradável a Deus” (Lv 1.9, NTLH). Essa expressão aparece cerca de quinze vezes em Levítico e assinala o bom resultado do sacrifício e a desejada justificação do pecador.

Outra orientação significativa é dada por Moisés a Arão e seus descendentes: “O fogo do altar nunca se apagará; deverá ficar sempre aceso. Todas as manhãs, o sacerdote porá lenha no fogo, arrumará por cima a oferta que vai ser completamente queimada e queimará a gordura das ofertas de paz” (Lv 6.12, NTLH). A justiça de Deus precisa ser aplacada continuamente com o cheiro da oferta queimada e o pecador precisa estar continuamente seguro da sua justificação. A expiação é uma graça continuada.

O ser humano, em qualquer época, cultura ou lugar, está preso entre sua pecaminosidade e a santidade de Deus. Ele é absolutamente pecador e Deus é absolutamente santo. Por essa razão, ele depende exclusivamente da graça de Deus para ter comunhão com ele, se livrar do pecado, conseguir perdão, ter suas dívidas pagas, para não arder no Geena, onde o fogo também não se apaga (Mc 9.13-44). Essa graça existe, mas não é de graça. Ela custou a vida, não de um cordeiro qualquer, mas do Cordeiro de Deus, que “tira o pecado do mundo” João 1.29



Introdução
Alegria completa acontece quando um indigente endividado recebe comida, dinheiro, perdão das suas dívidas e dos seus pecados. Assim devem ser aqueles que se chegam a Jesus!


Desenvolvimento
A mulher era uma pessoa completamente perdida. Segundo as Escrituras relatavam em Levitico, seriam tantos sacrifícios que ela não mais daria conta de ser salva!
Mas conheceu Jesus e recebeu perdão dos seus pecados, sendo aceita incondicionalmente por Ele. Ao usar um precioso óleo, demonstra um profundo amor e gratidão a alguém que tanto lhe amou.



1)- O evangelho significa amor incondicional
7.40 Dirigiu-se Jesus ao fariseu e lhe disse: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. Ele respondeu: Dize-a, Mestre.
7.41 Certo credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários, e o outro, cinqüenta.
7.42 Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais?
7.43 Respondeu-lhe Simão: Suponho que aquele a quem mais perdoou. Replicou-lhe: Julgaste bem.


O resultado prático na nossa vida do amor de Jesus é a alegria de um amor incondicional dado a nós. Quando temos o conhecimento de que nada existe em nós que seja capaz de satisfazer a Deus e que Ele mesmo providenciou o caminho que nos levaria a Ele, encontramos paz. Cessa toda a busca.
Ninguém precisaria buscar aceitação dos outros se tivesse certeza da sua aceitação incondicional pela graça de Deus em Cristo Jesus. Nele, foi providenciado nossa morte também. O evangelho é a boa noticia da morte da velha natureza escrava do orgulho e um descontente nato, mas que foi sentenciado na cruz com Cristo. Quando Ele morreu, nós também morremos juntamente com Ele.
Ao enxugar com os cabelos os pés de Jesus, a mulher demonstra total rendição a Jesus.



2)- A aceitação de Jesus gera uma alegria impossível de ser explicada
7.42 Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais?
7.43 Respondeu-lhe Simão: Suponho que aquele a quem mais perdoou. Replicou-lhe: Julgaste bem.
7.47 Eu afirmo a você, então, que o grande amor que ela mostrou prova que os seus muitos pecados já foram perdoados. Mas onde pouco é perdoado, pouco amor é mostrado.


A História contada por Jesus ilustra a causa da adoração de um pecador. O perdão de uma divida impagável gera uma alegria impossível de ser explicada.
Jesus apreciou a analise daquele fariseu, uma vez que ele havia percebido que há um maior perdão para aquele que tem uma maior dívida. Isto pode muito bem significar que o maior pecador perdoado será sempre o mais agradecido dos adoradores. Ou seja, quando mais consciência da grandiosidade e gravidade do pecado, mais gratidão pelo perdão dos seus pecados e mais alegria na adoração.
Quando maior for o refresco da divida, maior será a celebração daquele que recebeu a absolvição e maior será a festa! Aquele que se reconhece o maior pecador é, na verdade o mais convicto adorador agradecido. Aquela mulher pecadora indigna sabia se derramar em adoração diante dos pés do Senhor, porque conhecia bem a grandeza e gravidade do seu pecado, alem de reconhecer a extraordinária magnitude do perdão divino.



3)- O Pouco perdoado, pouco ama
Jesus destaca bem as atitudes da mulher que muito amou pelos seus pecados perdoados. A primeira delas é a honra.

7.44 Então virou-se para a mulher e disse a Simão: — Você está vendo esta mulher? Quando entrei, você não me ofereceu água para lavar os pés, porém ela os lavou com as suas lágrimas e os enxugou com os seus cabelos.
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A pecadora honrou a Jesus demonstrando os cuidados pelos pés do servo de Deus. Lavar os pés era questão de honra. O Fariseu nem se importou com isto, antes se preocupava com sua própria celebridade, usando a pessoa de Jesus.
Devemos honrar a Jesus com a nossa vida. Como estamos adorando ao Senhor? Está sendo fruto de uma vida perdoada e presenteada com a vida abundante e eterna?

A pecadora demonstrou gratidão.
7.45 Você não me beijou quando cheguei; ela, porém, não pára de beijar os meus pés desde que entrei.
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O beijo é questão de gratidão profunda. Ela não parava de beijar os pés de Jesus. Ele havia de falar que onde pouco é perdoado, pouco amor é mostrado. Os discípulos;as de Jesus são muito amorosos em relação ao seu Senhor. Você é assim? Tem beijado constantemente a Jesus com a sua vida o ela já se tornou sem sentido?

A pecadora demonstrou que Ele se tornara Senhor da sua vida daquele dia em diante.
7.46 Você não pôs azeite perfumado na minha cabeça, porém ela derramou perfume nos meus pés.
Ungir a cabeça de alguém significa entregar sua vida. Você não se pertence mais, mas àquele que lhe comprou com sangue precioso. Outro dia me referi ao Pastor Luciano dizendo que muitos querem ser felizes, mas não fiéis. Esta semana, conversando com um querido missionário que deixara conforto nos EUA para servir no Brasil, e disse a mesma coisa: Jesus não nos chamou para termos conforto, mas para segui-Lo.
Para seguirmos ao mestre precisamos ser motivados pelo perdão e amor incondicional e deixa-lo ser nosso Senhor de fato.não nos pertencemos mais. Diz a Palavra:

2 Coríntios
5.15 E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.

Deus nos convida para vivermos numa constante celebração de gratidão.
Há festa na casa do perdoado, mas há muito PROCON na casa do fariseu religioso. Este é uma pessoa pobre no espírito da adoração, mas rica nos relatos de recriminação.
Jesus já viveu o luto por nós. Agora Ele nos pede festa.
Você vive como um perdoado?