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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

O Batismo na Morte de Cristo

Compartilho com vocês mais um capitulo do livro A TARA NA BALANÇA. Em breve todos estes capítulos serão transformados em estudos bíblicos para a Igreja, nos domingos pela manhã.


5 – O batismo na morte de Jesus Cristo

Romanos

6.3   Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte?

 

O novo testamento fala de várias formas de batismos, anunciando a imersão do candidato em alguns ambientes diferentes. Por exemplo: o batismo nas águas aponta para o mergulho num líquido. O batismo no Espírito Santo ressalta a experiência de enchimento do Espírito na vida do crente. O batismo no fogo mostra a imersão no holocausto ou consagração. O batismo na morte confirma a inclusão do pecador no sacrifício de Cristo. O batismo do corpo evidencia a admissão do salvo na igreja, o corpo místico de Cristo, e assim, cada um desses batismos testifica a identificação do aspirante em realidades especificas. O crente é sempre imerso em algum acontecimento importante.

O batismo na morte é um tema pouco abordado na história da pregação, ainda que seja bem considerado pelas Escrituras.

A cruz é o único lugar neste universo em que o cálice do sofrimento e o batismo na morte aniquilam a arrogância dose seres mais presunçosos. Para alguém conseguir entrar na festa do cordeiro, é preciso antes de tudo, ter bebido no copo do santo gral e ter sido batizado numa sepultura através do corpo de Cristo crucificado. Ninguém poderá participar na intimidade da família Real sem as cicatrizes da cruz.

O batismo na morte é a credencial básica que Jesus oferece aos seus discípulos para integrá-los no seu Reino. Não é o batismo nas águas que garante o título de propriedade em termos de salvação. Este é somente o testemunho do que aconteceu no calvário.  Uma víbora precisa mais do que um banho para remover sua natureza. Mergulhar uma serpente num batistério não a transforma num ofídio inofensivo.

A verdade bíblica nos garante que os filhos de Deus já foram batizados em Cristo, bem antes de serem batizados nas águas. Gálatas 3.26   Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; 3.27   porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes.

 

A nossa identificação na morte juntamente com Cristo consegue deslocar a autoestima, contaminada pela vaidade pecaminosa, para a estima do alto, determinada pelos valores celestiais. Somos transformados, pelo poder da morte e ressurreição de Cristo, em novas criaturas com uma nova mentalidade. A nova vida é estimada, daí para frente, pelos novos valores do Reino de Deus. É bom que se diga aqui que o batismo na morte não significa uma despersonalização do sujeito, mas uma modificação radical da personalidade.

A plenitude do Espírito é uma consequência da vacância do ego. A morte precede a ressurreição. O despojamento antecede a restituição. O esvaziamento do ego na cruz vem antes da plenitude da vida de Cristo.

O fato é que a morte de Cristo tinha implicações diretas com a morte do pecador. E foi juntamente com Cristo que o pecador morreu para a sua vida pecaminosa.

O batismo nas águas deve sempre vir precedido da experiência de fé no batismo da morte. Antes de sepultar alguém é preciso verificar se primeiro ele já morreu, uma vez que a cerimônia do batismo nas águas tipifica o enterro do defunto, e o pecador, de fato, só morre na cruz com Cristo. No reino de Deus não há óbito por afogamento. Quem crê na sua morte na cruz com Cristo pode ser batizado nas águas como testemunho de sua fé nesse sacrifício.

A missão de Jesus não tem como finalidade dar valor ao homem caído, mas libertá-lo de si mesmo. O batismo na morte com Cristo é o único remédio para a cura dessa inflamação insidiosa do egoísmo desgostoso.

A bandeira da nova vida deve ser: convém que Ele cresça e eu diminua. João 3.30

 

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