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segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Novo Livro







Um novo livro saindo. 
Este texto me deu muito prazer em escrever. Ficou um trabalho de primeira.
Espero que seja uma benção para a tua vida.



terça-feira, 18 de julho de 2017

Interessante


Assisti ao filme da história do criador do Mcdonalds. Muito interessante, embora eu sempre coma Burguer King!! A história de Ray Kroc, que montou esse império aos 52 anos.
Eis um comentário interessante que fez no filme:

 PERSISTÊNCIA
Nada neste mundo supera a boa e velha persistência.
Talento não supera. Não há nada mais comum do que talentosos fracassados.
A genialidade não supera. Um gênio desconhecido é praticamente um clichê.
A educação não supera. O mundo está cheio de tolos educados.
A persistência e a determinação são muito poderosos.

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Fidelidade






Vocês, também, fiquem alertas, porque o Filho do Homem vai chegar quando não estiverem esperando. (Lucas 12.40)



A maior necessidade do obreiro cristão é a prontidão para contemplar a face de Jesus Cristo a cada momento. Isto não é fácil. Esta batalha não é contra o pecado, dificuldades ou circunstâncias, mas uma luta contra viver tão absorvido pelo trabalho para Jesus Cristo a ponto de não estar preparado para ver a face de Jesus a cada momento. Nossa maior necessidade é olhar para Ele.

Jesus raramente vem onde estamos esperando. Ele aparece onde menos esperamos, e sempre em situações mais ilógicas. A única maneira de um servo estar preparado para as visitas surpresa do Senhor, é sendo fiel. Essa prontidão não acontecerá pelo serviço, mas da realidade espiritual que vivemos.

Se desejamos nos preparar para Jesus Cristo, temos que parar de ser religiosos, achando que temos um estilo de vida sublime, mas espiritualmente verdadeiros.

Todos nós aqui nesta reunião somos líderes de uma igreja, e como tal espera-se que sejamos espiritualmente vivos, conciliadores nos momentos de tensão e exemplos de envolvimento na vida da Igreja. As pessoas deveriam nos ver como pessoas que tem a expectativa de receber uma visita surpresa do Senhor a qualquer momento.

terça-feira, 23 de maio de 2017

IMCC, 21 de Maio



Andando por sobre as aguas
Mateus 14.22-33



A ORAÇÃO

Percebemos que Jesus Cristo tinha disposição para orar.

Um texto após a multiplicação dos pães.

Jesus Cristo ficou para despedir as multidões e orientou os discípulos que atravessassem o mar da galileia.

Um dia cansativo. Não almoçaram, foram para Betsaida, ao invés de descansar, atenderam a multidão. Após um dia cansativo, Jesus Cristo foi orar. Por ter sido um dia exaustivo, ele orou apenas 7 horas. Alegria de Jesus Cristo em passar um tempo com o Pai

Oração é um privilégio. Para marcar 5 minutos com o presidente, é necessário muitas tentativas. Insistir muito e passar meses agendando. Quanto esforço para passar 5 minutos com o ser humano.

E quanta displicência em passar tempo com o Pai, desfrutar esse extraordinário privilégio. Interessante precisar insistir tanto com o povo. Deus se alegra em receber-nos. Jesus abriu caminho para nós. Só nós entramos na presença do Deus poderoso. Somos sacerdotes. Precisamos nos dar conta que os anjos não entram no santo dos santos.  É um privilégio nosso!!



O TEMPO

Deus não quer tempo nenhum, não pede que separemos tempo para ele nem que precisamos dar o melhor para ele.

Por que? Porque tempo é o que não temos. Nenhum de nós sabe do próximo minuto.

É verdade que vivemos prometendo tempo uns aos outros o tempo todo. Amanhã; tal hora; irei; ou seja, sempre prometendo tempo que não temos.

Toda vez que prometemos tempo, fazemos um ato de fé: de que amanhã estaremos aqui; a fé de que no próximo minuto estaremos aqui, amanhã estaremos... é sempre assim.

Não temos tempo. É Deus quem nos concede tempo. Jesus SABIA QUE O Pai nos concede tempo para que PRIORITARIAMENTE passemos tempo com Ele.

É Deus quem nos dá o tempo para que prioritariamente tenhamos comunhão com Ele. Jesus sabia disso:  que o tempo que o Pai concede é o grande privilegio da comunhão.

Esse texto começa como um desafio a nó: use bem o seu tempo, o tempo que Deus te concede. Comece. Não precisa ser 7 horas; comece com 7 minutos.



JESUS VAI E LIDA COM UM OBSTÁCULO

O mar estava revolto. Vento contrário, açoitado pelas ondas, de tal forma que os discípulos não conseguiam progredir na travessia.

O lago de Genesaré, Tiberíades, não é um lugar dado às tempestades é uma região tranquila. As duas vezes que os discípulos pegaram tempestades, nota-se que era uma oposição espiritual ao avanço de Jesus Cristo.

E Jesus Cristo desconsiderou a oposição; Desconsiderou a circunstância de um mar, que foi um instrumento da oposição.

Desconsiderou a lógica da física. Ele deseja que aprendamos a andar sobre as ondas que se opõe a nós.

Jesus não estava dando aula de surf. Nem que vamos sair por aí andando sobre as águas. Aquela foi uma situação especial: ele iria curar muitas pessoas que creriam nele. Ele superou a oposição.





DUAS GRANDES LIÇÕES:

1- Não há nada que impeça o avanço de Jesus Cristo em direção a nós.

No momento em que ele decide que vai nos socorrer, ele virá. Não importa o que os adversários façam, Ele se chegará a nós.  Nada se impõe a Jesus Cristo.

Aqui o adversário impôs a força da natureza. Ele desconsiderou e a circunstância e foi andando. Ainda bem que Jesus Cristo não era sedentário.



2- O outro desafio a de andarmos sobre as aguas está diretamente ligado ao fato de estarmos em comunhão com Deus.

 Jesus Cristo sai da comunhão com Deus, enfrenta  o obstáculo e desconsidera o obstáculo

A SUA CAPACIDADE DE REAGIR AOS INFORTUNIOS NA SUA VIDA É PROPORCIONAL À SUA COMUNHAO COM SEU DEUS.

Quanto mais comunhão com Deus, mais desprezamos a aparente força das circunstancias. Mais tempo consciência de que não há obstáculo intransponível. Mais temos consciência das possibilidades da graça. Então as más notícias da maldade não conseguem abalar-nos, porque nossa comunhão aponta para a perspectiva da vitória que há em Jesus Cristo e da sua ressureição, e a vitória da morte e todas as suas manifestações. Nossa comuhao com Deus inspira a caminhada na história da nossa vida.

Quanto menos comunhão, mais agreste a história, mais difícil a caminhada.

Quanto mais comunhão, mais possibilidades de perspectiva de avanço e descanso. Mais possibilidade de determinada vitória.

Sua comunhão com Deus é imediatamente proporcional à sua capacidade de reagir positivamente diante dos obstáculos. Não despreza a possibilidade da oração. Não despreze o privilegio da comunhão com Deus.



Jesus nos ensina que depois de uma intensa comunhão com Deus, qualquer circunstância é relativa. Porque Deus nos faz transcender. Isso que Jesus Cristo fez: transcendeu.



NOSSA DIFICULDADE EM RELAÇÃO A DEUS

Os discípulos veem Jesus Cristo e ficam aterrados. É compreensível: eles ficam apavorados, porque a agua não tem densidade. Só um fantasma andaria sobre as aguas.



Nossa grande dificuldade com Deus é que a gente nem sempre acredita que ele é capaz de vencer nossas dificuldades.

Pensamos que ninguém pode andar pelas aguas. Então nos deixamos dominar pelas circunstâncias. Achamos que Deus também não pode fazer as coisas que nós não podemos. Temos dificuldades em acreditar que Deus pode fazer o que nós não fazemos.

Temos dificuldades em acreditar que Deus vai andar sobre as ondas.

Na área econômica; na área familiar; na área das enfermidades; dos relacionamentos. Será que Jesus Cristo anda sobre essas ondas?

Claro que sim!

Nos que fazemos diferença entre os mares. Mas Deus é o Senhor de todos os mares.

Então os discípulos tiveram grande dificuldade em ver aquela cena. Mas Jesus dizia NÃO TENHAM MEDO



NÃO TENHA MEDO

Na bíblia 366 vezes existem as palavras não temas. Uma para cada dia do ano e um para o ano bissexto.

Pedro corajoso dizia: se for você manda com que eu vá.



PEDRO NOS ENSINA 3 LIÇÕES

DESEJO DE SER COMO JESUS CRISTO, CRER E VIVER. DEVERÍAMOS TER ISTO sempre. Se cristo pode também podemos!

Ele nos faz vencer o pecado, os vícios, a fraqueza.

Não aceite a vida cristã medíocre. Muitos cristao são medíocres. Se eles pudessem eles falariam:

Sejam medíocres e frustrados como eu:

Venha falar de amor e não amar

Venha falar de perdão e não perdoar

Venha falar de alegria e esteja sempre triste

Venha falar louvor e estar sempre reclamando;

Venha falar de vitória e estar sempre no mesmo pecado.



Não aceite a mediocridade. Você pode ser parecido como Jesus. Encare a possibilidade de andar sobre as aguas também.



Jesus Cristo diz: acredite que eu sustento você. Ande sobre as aguas que eu ajudo você.

Você pode ter uma vida vitoriosa como Jesus. Ele agora mora em você. E se você cair não esmoreça. Levante e peça perdão e diga a Jesus que o ajude.

Não aceite em definitivo nenhuma fraqueza.

Agora o Espirito de Deus mora em você.



 A NECESSÁRIA MUDANÇA DE PARADIGMA

Imagine: Pedro era pescador: sabia sobre agua: que ela não sustenta ninguém de pé. Não tem densidade.

Agua só nos sustenta boiando o nadando. Naquele mar empolado, nenhum dos dois iria funcionar.

Mas Jesus Cristo está lá andando sobre as aguas e diz vem!

Agora Pedro está diante de uma decisão: verdade é tudo o que ele sabe sobre agua ou verdade é tudo aquilo que ele está vendo Jesus Cristo fazer?

Isto está diante de nós todo dia: verdade é o que sei por experiência, o que sei pelo que pesquiso, pelo que conheço, que estudei ou verdade é o que o Senhor diz pra mim? É a fé?

Pedro tinha que decidir. Mudou a epistemologia dele.

Mudou a forma de chegar pra verdade. Não ´é só a experiência, a pesquisa, mas a fé!



Eu não posso, mas em Cristo tudo é possível.

Tem um novo padrão de conhecimento: a fé.

Isso é renovar o entendimento: mudar as categorias de pensamento e entendimento: não pelo que pesquiso, estudo ou sei; mas agora pela fé, a maneira de Deus agir. Pela sua graça e poder abundante.



Pela fé; pela graça, é possível ir onde a razão a pesquisa não vão, onde a experiência não se repete.





A FORÇA DAS CIRCUNSTANCIAS

Temos 2 focos pelo nosso olhar:

Um é Jesus; outro são as circunstancias.

Quando olhamos a Jesus, relativizamos as circunstancias.

Quando você olha para a s circunstancias, desprezamos a Jesus



Num primeiro momento Pedro fez o primeiro;

No segundo momento fez a segunda opção.

Ele foi tirando a ênfase em Jesus Cristo e colocando na circunstancias até Jesus Cristo sumir do foco e ele submergiu.

Quando Pedro saiu do barco Jesus estava indo de encontro ao vento, cortando, com uma aerodinâmica perfeita. As circunstancias não se alteraram. O que alterou foi o ânimo de Pedro, por causa do desvio de foco.

Enquanto ele olhava para Jesus Cristo, andava sobre as aguas. Quando olhou para circunstancias, passou a submergir.

Todos os dias temos que decidir o que é que comanda nossa vida. As notícias que recebemos ou a fé que nutrimos.

A força das circunstancias, consubstanciadas por uma série de proposições, de equações, de leis biológicas, físicas, ou a capacidade extraordinária de Jesus de dominar sobre elas.

Pedro teve as duas experiências.





JESUS FEZ UM MILAGRE COM BASE NA INCREDULIDADE!

A gente pensa que todo milagre é fruto de fé!

Quando Jesus viu que a fé de Pedro não dava conta e que a fé dos outros meninos não deu nem pra sair do barco, falou: a fé desses meninos não dá conta desse negócio.

Pedro sucumbiu, e os outros nem saíram do barco!

“Vocês tem uma fé muito pequena, e eu vou fazer um milagre grande!”

As vezes o milagre de Jesus e em resposta à nossa incapacidade de crer! Jesus não força nada. Ele vai esperar por você!

As vezes pessoas usam a nossa falta de fé para nos amedrontar: você não tem fé!!

Ele poderia ter dito a eles que ficassem ali até terem fé, que ele teria mais o que fazer.

Mas a fé deles não daria conta. Jesus Cristo continua sustentando-nos nossas fraquezas!



Notícia boa, mas poderia ser melhor né?

O certo seria: andar sobre as águas e pronto;

Mudar a forma de pensar, Jesus não tem medo de vento nenhum, nós vamos com ele, vamos arrebentar!!

Mas a nossa fé não dá conta!

E agora?



Jesus espera! Ele acalma a tempestade, vence as circunstâncias para a gente, diz assim:

- Está vendo como a fé de vocês é engraçada? Tem fé que eu posso mudar as circunstancias, mas não tem fé de que vocês podem mudar as circunstâncias!



Enquanto a gente não aprender que as circunstancias devem ser relativizadas pela nossa fé, elas serão sempre um bicho papão na nossa história.

Cada notícia ruim vai ser um caos; cada notícia de perigo vai ser um desespero; cada notícia de crise vai ser uma tempestade, porque não conseguimos reagir às circunstancias.

Aí pedimos ao Senhor, não para gente andar sobre as águas, mas para Ele mudar as circunstancias para a gente continuar andando como sempre andamos. Assim a gente não cresce!

Mas o interessante é que Jesus Cristo, diz

Tá bom. Já vi que sua fé não dá conta pra isso mesmo, pode deixar. Vou mudar as circunstancias, você vai continuar remando como sempre, o ventinho vai levar vocês, levo você lá do seu jeito.  Poderia ser do meu.

Mas ele não só acalmou, como entrou no barco.

Isso é extraordinário: eu fico com vocês. Apesar de nós e de tudo o que ele pode, ele sempre prefere ficar conosco!



Então não tenha medo. Não importa o que vai acontecer com você!

Se você puder, ande sobre as águas, mas se você não aguentar, não se preocupe. O Senhor vai responder sua incredulidade com amor, vai trazer as circunstancias para sua área de compreensão, e por incrível que pareça, ele vai ficar com você.

Jesus segue nos passos das crianças!

Jesus, seu salvador, está indo ao seu encontro, andando sobre as aguas, que parece intransponível, para:

- fazer você andar sobre as aguas e não deixar-se amedrontar com isso.

Mas se lhe faltar fé, Jesus Cristo vai estar com você.

Até que um dia a sua fé te faça sair do barco!!

sexta-feira, 14 de abril de 2017

É SEXTA-FEIRA SANTA


Ele morreu!

João 18-19

Hoje é sexta-feira. Dia de participar com o Senhor do seu sofrimento. De lembrar tudo o que ele fez por nós. De ler a Bíblia. De orar. O grande amor com que nos amou por nos libertar da escravidão de uma vida sem sentido. Dia de lembrar que ele morreu a nossa morte para vivermos sua vida.

Os sofrimentos que o Senhor sofreu por nossa causa. De tão poderoso, os seus carcereiros não conseguiram ficar de pé ao ter que prender o criador do universo e caíram para trás (18.6). Mesmo assim tiveram que prender o Senhor. O Rei do universo e incrivelmente amoroso teve que levar uma bofetada por ter que falar a verdade para um dos seus subalternos, arbitrariamente chamado de Grande Sacerdote (18.22).

Naquela sexta- feira ainda foi o dia de levar chicotadas. Nenhum de nós sabe o que é isto. Nenhum de nós sabe o que é ter um soldado extravasando sua força com um chicote na mão sob suas costas (19.1). Se não bastasse, fizeram daquele que veio dar a sua vida por uma causa justa um verdadeiro palhaço: colocaram uma coroa de espinhos sadicamente produzida para colocar na sua cabeça, e ainda uma capa vermelha, imitando um rei, e exposto publicamente como rei, para divertir os safados dos religiosos invejosos e doentes pelo poder.

Então um Pilatos morto de medo de perder o poder e acuado pelos religiosos judeus, e mesmo vendo a inocência de um homem verdadeiro na sua frente, manda crucificar (19.16), numa cruz nojenta, na forma mais cruel de morte que alguém poderia sofrer. Cravos nas mãos e nos pés e a ardência dos lanhos nas costas e no corpo.

Essa foi a sexta feira que o Senhor experimentou. Ele foi moído por amor a nós. Se temos paz hoje é porque Ele nos livrou da punição do pecado. Nos deu o direito de chamar seu Pai de nosso Pai também (20.17). É dia de orar. De agradecer. De relembrar que a nossa vida custou a vida do Senhor. Dia de ler a Bíblia. De contrição.

Que nosso Senhor seja louvado. TUA É A GLÓRIA, E A HONRA TAMBÉM. TUAS PARA SEMPRE, AMEM, AMÉM. TEUS OS DOMINIOS E OS TRONOS TAMBÉM. TEUS PARA SEMPRE, AMEM, AMEM. GLÓRIAS NAS ALTURAS E NA TERRA TAMBÉM.

Estudo 3

AS RECOMPENSAS DO LUGAR SECRETO

Quando orares, entra no Teu quarto, fechada à porta, orarás ao Teu Pai, secretamente... Mateus 6.6.

A oração é uma atividade contrária à nossa natureza. Desde que nascemos somos feitos para ser autossuficientes. E a oração desafia tudo isso: trata-se de um ataque à autonomia humana.

Além do mais, é pela oração que desenvolvemos intimidade com o Pai. você só poderá sentir prazer na vida espiritual com Jesus Cristo, se adquirir o hábito de cultivar a Sua presença. Bill Hibels afirmou: a parte mais enriquecedora e recompensadora da sua vida de fé estará na oração, e não em suas ações ou diligencia de fidelidade a Deus. Aceitação, fidedignidade, dom da paz, da graça – essas são as características do caráter do Pai, que se tornarão mais vivas para você à medida que se dedica a cultivar uma vida de oração.

Vamos abordar aqui alguns requisitos para o desempenho da vida de oração confidencial. O primeiro, é ter um lugar íntimo ou privado. Jesus é o nosso modelo de oração e Ele procurava sempre um lugar sem muita agitação. A oração em um lugar secreto é um dos segredos da vida privativa de oração. Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava. Marcos 1.35. Lugar exclusivo gera mais intimidade.

Jesus sempre buscava lugares que lhe proporcionasse certa exclusividade em Sua comunhão com o Pai. E, tendo-os despedido, subiu ao monte para orar. Marcos 6.46. Sua preferência era sempre por alguns lugares isolados: Ele, porém, se retirava para lugares solitários e orava. Lucas 5.16. Precisamos eleger um lugar sem muito agito.

Deus é onipresente, mas nós somos limitados e distraídos, por isso precisamos de um lugar tranquilo para dar lugar a oração dos nossos corações inquietos. “Enquanto a tempestade se aproxima, regozijemo-nos pela fé por causa de nosso lugar atrás da porta fechada - em Cristo,” considerava com propriedade, J. Charles Stern.

Se temos o lugar, vamos separar um tempo. Um lugar e a agenda fazem parte de todo processo de oração. Quando Jesus foi escolher os doze discípulos, Ele retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus.

Há sempre um período de oração, que pode ser maior ou menor, na disciplina do intercessor. A falta desta determinada ocasião, com frequência, ocasiona desistência e nós não percebemos a importância de termos um momento especial para a oração.

Destine uns minutos para o seu encontro com Deus e vá aumentando a medida que o relacionamento for se tornando mais significativo. “Não cabe a você dispor de seu tempo conforme seu agrado; ele é um talento glorioso de que precisaremos prestar contas, tanto quanto qualquer outro talento”. O tempo dos adoradores é sagrado.

Agora, pense em ter um caderno ou planilha de oração para anotar e consultar os pedidos. Esta é uma questão prática. A nossa mente é muito dispersa e precisamos de um meio para dar objetividade, tanto às súplicas como às respostas. Registrar os pedidos e datá-los é tão importante como anotar e assinalar o dia das respostas. George Muller deixou marcado 5 mil orações. Um dado curioso: ele tinha 5 amigos. Durante vários anos um a um foram sendo convertidos. 36 anos depois 2 ainda não tinham sido salvos, mas no dia do seu funeral, entregaram-se a Jesus. Suas orações eram sempre respondidas.

Orar é o privilégio dos cristãos. É a ferramenta deixada a nós para recebermos socorro do alto. O poder de Deus pode transformar circunstâncias e relacionamentos. Pode nos ajudar a enfrentar as lutas diárias, curar problemas psicológicos e físicos, remover dificuldades conjugais e suprir necessidades materiais.

Depois de ter um lugar privativo, uma hora específica e um local determinado e fácil de ser usado para poder registrar as petições e respostas - pense em poder aquietar a alma. Nada pode ser mais importante para a concentração do que a calma da alma.

Uma das propostas para conhecer a intimidade de Deus é esta: aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra. Salmos 46.10. Sabemos que esta iniciativa não é nada fácil. Como manter desassustado o nosso velho coração, acostumado às palpitações desta vida frenética e temerária?

A quietude da alma no âmbito da oração é uma luta das mais complicadas que temos. Foi mais fácil, para Jesus, sossegar o mar revolto, do que serenar a alma dos seus discípulos assustados. Ficar despreocupado é um milagre que parece contrário ao estilo e propósito da oração. Como podemos nos tranquilizar ao suplicar em oração?

A inquietude da alma é um prejuízo sutil para os momentos de intimidade com o Pai. John Bunyan (preso 17 anos por pregar o evangelho) costumava dizer: “Se não tivermos tranquilidade em nossa mente, o conforto exterior não fará por nós mais do que fará um chinelo de ouro em um pé doente.” Precisamos do Espírito Santo para aquietar a nossa mente trepidante. A oração acalma a tempestade da alma. Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa; dele vem a minha salvação.

A oração cultivada num quintal isolado do mundo tira a ansiedade. Quando trabalhamos, nós trabalhamos; quando oramos, o Pai trabalha por nós. Aqueles que não oram, vivem sob cruel ataque ansioso. Rompem o elo com a paz de Deus e seu poder, e o resultado disto é que passam a se sentir subjugados, assolados, abatidos, humilhados e derrotados pelo mundo sem dó nem piedade.

Também, não é o fervor que faz da oração uma flecha certeira. Sim, é bom que Deus nos ouça, mas é melhor ouvi-Lo, antes. Andrew Murray insistia: - “A oração não é um monólogo, mas um diálogo; a voz de Deus em resposta à minha é a parte fundamental. E, ouvir a voz de Deus é o segredo da certeza de que ele ouvirá a minha”.

Se ouvirmos a Palavra de Deus, primeiro, podemos orar de acordo com o que ela diz. Orar a Palavra de Deus é outro ponto importante da vida de oração. É aqui que se encontra uma das chaves das petições: E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. 1 João 5.14.

Não há possibilidade de orar contra a vontade de Deus, se aquele que ora, ora em pleno acordo com a Palavra. Além do que, como ensinava A. W. Pink: “Pedir em nome de Cristo é deixar de lado nossa vontade e curvarmo-nos à perfeita vontade de Deus.”

Agora que podemos orar segundo a vontade de Deus, devemos pedir até que o nosso pedido fique, de fato, em Suas mãos. Entrega a tua jornada ao SENHOR, confia nele, e ele tudo fará. Salmos 37.5. Abrir mão do nosso controle não é nada fácil.

A oração também deve ir na base da confiança e entrega. Quanto mais ansiosa for a oração, mais tempo demora a resposta. Porque Deus primeiro trabalha nossa ansiedade. Se você orar querendo convencer Deus, certamente ficará muito desapontado. Se quando mais você orar por algo, mais ansioso ficar, então é hora de parar de orar, pois talvez essa intercessão pode estar disfarçada de desespero.

Aqui, temos uma grande luta. Se o nosso pedido não ficar entregue, nós vamos continuar entregando. Mas, se entregarmos, nossa luta arrefece e passamos a agradecer, pela fé, a resposta que

ainda não chegou, porque a fé vê o invisível. Temos que interceder até entregar. Depois de entregue, agradecer até receber. Estes são dois movimentos vitais da oração: Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. Filipenses 4.6.

As petições são características de criança. Como filhos de Deus somos, por um lado, crianças carentes, suplicantes e dependentes, por outro lado, adultos agradecidos. A petição fala da humildade de Jesus que dependia, em tudo, do Seu Pai. A gratidão diz da Sua mansidão, que vivia em adoração, agradecido por tudo.

A vida de oração deve ser permanente: ora, peticionando, ora, agradecendo. A escola de oração com Jesus não deixa ninguém sem estímulo para conversar com o seu Pai. Se não estamos suplicando, estamos agradecendo. Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. 1 Tessalonicenses 5:18.

Então busque um lugar que seja adequado; coloque em sua agenda o espaço para orar; tenha algo por perto para anotar; procure ficar em silêncio, aquiete-se; leia ou ouça um trecho da Palavra de Deus; ore de acordo com a vontade de Deus exposta na Bíblia; peça segundo a vontade de Deus até entregar; uma vez entregue, agradeça até receber; e já que recebeu, ore e adore até o fim de sua vida aqui na terra. É vida de oração.

 

 

SUGESTÃO PARA UMA VIDA DE ORAÇÃO

1- Tome a decisão de cultivar o hábito de orar

Tomar uma decisão exige se deparar com os valores que temos como prioridade. Se você faz da oração uma prioridade, então ela encontrará espaço na tua agenda.

2- Tenha paciência com você mesmo

O hábito tem que ser desenvolvido. Se falhar vários dias, comece de novo, e de novo, até formar o hábito.

3- Transforme a interrupção em oração

Ore por aquilo que te dispersou. Se ao começar a orar, veio o emprego na tua cabeça, ou as dívidas, ou a família, comece a orar por esses motivos. Use os intrusos ao seu favor. Essas vozes intrusas podem abrir uma conversa com o Pai.

4 - Não tenha pressa de orar

Temos que planejar. Não pode ser no meio do agito da casa. Não adianta quere orar quando todos começam a chegar em casa para jantar, almoçar, etc.

5- use as orações escritas e escreva orações

Ore o "Credo de Jesus" (Pai nosso), ore os salmos. Se tiver raiva, ore o salmo 137 "filha da babilônia!!"

6- Crie ambiente pra sua oração

Coloque música, uma almofada. Crie um ambiente.

 

Pr. Fábio Alcântara

 

quinta-feira, 30 de março de 2017

Segundo Estudo Sobre Oraçao


O CREDO DE CRISTO


De uma feita, estava Jesus orando em certo lugar; quando terminou, um dos seus discípulos lhe pediu: Senhor, ensina-nos a orar como também João ensinou aos seus discípulos. Então, ele os ensinou: Quando orardes, dizei: Pai... Lucas 11.1-4

Orar é muito importante. Como já vimos, é ter intimidade com o Pai, tomar posse das dádivas divinas e obstruir o caminho do inimigo. Quem ora tem uma vida espiritual viva e o mundo é arrancado de dentro de si. Quem nasceu do alto aprende a orar com seu sotaque do alto, com seu Pai celestial, de modo espiritual. A oração é uma expressão do coração de alguém convertido por Deus.

Quando o Senhor ensinou os discípulos a orar, ele expressou o seu credo. Muito mais do que uma reza é uma confissão de fé. Aquele que ora o “Pai nosso”, declara dez mandamentos de alguém que compreende a vontade do seu Pai, expressa na sua palavra, a Bíblia.

Toda oração deve ser um diálogo do filho com Seu Pai, por isso, Jesus, ao nos ensinar orar, orou assim: Pai nosso, que estás nos céus... Mateus 6.9. Ele não disse, meu Pai, mas, Pai nosso! Isto é muito importante. A oração é vista aqui como uma conversa de família. Tudo faz crer que orar é uma relação familiar.

Jesus foi claro em dizer que este Pai é coletivo e que Ele está nos céus. Logo, é alguém que transcende o mundo físico. Há pelo menos 3 céus: o céu da atmosfera, o dos astros e um outro que Paulo se refere como um lugar inefável. Seria o trono do Pai? Mas o que há neste terceiro céu? O que há depois do universo? Lendo o Apocalipse de João no capítulo 21.10, encontramos: "...e me transportou em espírito até uma grande e elevada montanha, e me mostrou a Santa Cidade, Jerusalém, que descia do céu da parte de Deus". (Apocalipse 21.10). No fim do capítulo 22, você pode entender o que existe neste terceiro céu! Ali está o Paraíso! Ali está à casa de Deus. Este terceiro céu é a habitação para a maior promessa feita à humanidade! A Salvação eterna. O lugar definitivo onde todos que seguiram a Jesus Cristo habitarão pela eternidade. Então, nosso Pai está nos céus, além de estar em nós.

Jesus ainda disse que nós, ao orarmos, devíamos pedir que nosso Pai santificasse o Seu próprio nome em nossas vidas. Santificado seja o teu nome.  Só Ele mesmo tem o poder de tornar santo tudo o que diz respeito a Ele. Se o Pai não nos santificar com a sua plena santidade, nós seremos motivo de vexame ao Seu nome. A santidade dos filhos de Deus é consequência da santidade do próprio Deus a eles conferida. Não há santidade no ser humano sem que Deus mesmo lhe conceda.

Os filhos de Deus são santos porque o Pai deles lhes garantiu a santidade do Seu nome sobre eles. O apóstolo Pedro determina a ordem divina: sede santos, porque eu sou santo. 1 Pedro 1.16. Na oração, o primeiro pedido é pela santidade do nome do Pai na vida dos filhos de Deus. Se não formos santos com a santidade de Deus, nada foi feito em termos da salvação dos pecados. Sem santidade ninguém verá a Deus. Pai nosso, santificado seja o Teu nome. Em nossa vida, em nosso lar, na nossa igreja, na nossa sociedade, na evangelização, nos negócios, e por aí vai todo o tipo de petição que requer a ação divina para que haja pureza de propósitos.

As duas petições seguintes, na oração, são: venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu. Mateus 6.10. O Pai é nosso, porém, o reino e a vontade são dEle. Só um Pai santo pode santificar o Seu nome, de tal maneira, que o Seu reino e a Sua vontade sejam coerentes com o Seu caráter soberano e, ao mesmo tempo, equilibrado com a Sua postura de Pai bondoso. O nosso Pai amoroso reina sobre tudo.

O reino do céu e o governo da terra só podem se afinar, se os filhos de Deus Pai se mostrarem ávidos pela dependência da Sua soberania. Afinar o céu com a terra é, sem dúvida, a maior expressão de autenticidade de um filho de Deus. Ele nos dará o que pedimos se estivermos dispostos a obedecer à Sua Palavra.

Todo aquele que conheceu a Jesus Cristo pede que a Sua vontade seja feita e pouco importa a sua vontade própria, desde que o Pai esteja feliz, pois sabe que tudo está sob controle divino. Aquele que deixa de lutar para prevalecer sua própria vontade, descansa. Controlar tudo é muito desgastante e inútil.

Toda criança que nasce no nosso planeta precisa logo de comida. Todo bebê já nasce com fome. Do mesmo modo, as novas criaturas nascem de boca aberta, clamando: o pão nosso de cada dia nos dá hoje. Mateus 6.11. Não acredito que esse pedido seja por pão de trigo, mas pelo Pão que satisfaz a fome espiritual. Os filhos de Deus têm fome de Deus e com certeza não morre, pois se satisfazem de Cristo.

Jesus censurou a ideia de alguém ficar preocupado com a comida do dia a dia e nos mandou observar os passarinhos no campo. Ele também disse: Em verdade, em verdade vos digo: não foi Moisés quem vos deu o pão do céu; o verdadeiro pão do céu é meu Pai quem vos dá. João 6.32. Então, o Pão nosso de cada dia não pode ser pão de fermento, porém, o próprio Cristo, o único que pode matar a nossa fome espiritual.

Depois de ser santificado pelo próprio Deus e tornar-se submisso ao governo e vontade do céu, todo filho de Deus se mostra disponível para perdoar. Perdoe os nossos pecados assim como nós perdoamos aos que nos fazem mal. Mateus 6.12. Perdoar não é opção para o filho de Deus. Se não perdoamos, sinal evidente de que Seus filhos não somos. Não precisamos conviver com os desafetos, mas dar alvará de soltura. Se realmente conhecemos a Cristo como nosso Salvador, os nossos corações são quebrantados, não podem ser duros, e não podemos negar o perdão. O perdão é a marca registrada de alguém que foi e está sendo perdoado pelo Senhor Jesus. Só os perdoados, perdoam, de fato.

Então, justificado em Cristo, purificado pelo Seu sangue, submisso ao Seu reino e, ao mesmo tempo, dependente de Sua vontade, o filho do Altíssimo, alimentado da suficiência de Cristo, perdoa com o perdão de Deus os seus inimigos, mas sempre confiando que o Pai vai sustentá-lo quando estiver passando pelas ciladas do Diabo e tentações da carne.

Estes são outros dois pontos importantes de qualquer oração: não nos deixes cair em tentação... Mateus 6.13. Todos os filhos de Deus são, em tudo, tentados, neste mundo, e a pior tentação é querer viver sem tentações. O pedido é para que não caímos quando formos tentados e, jamais, para sermos livres delas. São as tentações que sempre nos fazem buscar a graça do Pai. Sem elas, andaríamos nas nossas próprias forças, mas sabemos que só Aquele que venceu o pecado pode nos dar a vitória sobre as tentações.

Se temos que viver neste mundo caído, então, não estamos pedindo libertação da tentação, mas da influência do Maligno. Deste sim, nós precisamos de livramento. ...mas livra-nos do mal. Ele é o mais astuto, especialmente, quando vem vestido de anjo de luz, com os Seus ministros se disfarçando de gente legal, com um aspecto de justo e manipulador. Aqui está o perigo.

Livra-nos do Maligno quando ele afirma que nós temos direito. Livra-nos dele e de sua turma, ao nos aplaudir por aquilo que o Senhor fez através de nós. Livra-nos dos seus ardis de nos distrair da oração, pois ele sabe que quando oramos sua derrota já está decretada e, concede-nos que possamos orar assim, com toda confiança:

Com isto, podemos declara que dEle é o Reino, o poder e a glória para sempre. Este final, que não se encontra nos mais fiéis textos originais, vem da tradição da igreja que tem o desejo de que tudo é Dele. Pois todas as coisas foram criadas por ele, e tudo existe por meio dele e para ele. Glória a Deus para sempre! Amém! Romanos 11.36

Pr. Fábio Alcantara (Com Adaptações)

sábado, 18 de março de 2017

Oração para viver

A PARTIR DESTE DOMINGO, VOU COMPARTILHAR UMA SÉRIE DE ESTUDO SOB ORAÇÃO NA IGREJA. ORAÇÃO PÕE JESUS PARA O LADO DE DENTRO DA PORTA!


PAGAR O PREÇO OU RECEBER AS DÁDIVAS?


Blaise Pascal, o célebre cientista e filósofo francês do século 17, experimentou um encontro pessoal e surpreendente com Deus que mudou sua vida. Aqueles que compareceram ao seu funeral viram um papel enrugado e gasto em suas roupas, próximo ao seu coração, aparentemente um lembrete do que ele havia sentido e compreendido na presença de Deus.

No papel estava a mensagem escrita por ele: das dez e meia da noite, até à meia noite e meia – fogo! O Deus de Jesus Cristo, não o de filósofos e sábios, que pode ser conhecido por meio do Evangelho. Segurança. Ternura. Paz. Lágrimas de alegria. Amém! Foi o relato do Êxtase de uma pessoa rendida, durante duas incríveis horas, na presença de Deus.

Certa vez, estava Jesus orando e quando terminou, um dos seus discípulos lhe pediu: Senhor, ensina-nos a orar como também João ensinou aos seus discípulos. Lucas 11.1.

Como uma realidade espiritual, a oração é uma semente que vem do coração de Deus e é plantada no coração dos Seus filhos, para voltar para Ele. Como disse C. H. Spurgeon: “As verdadeiras orações são como pombos-correios que encontram seu caminho com extrema facilidade; elas não podem deixar de ir para o céu, pois é do céu que procedem; elas estão apenas voltando para o lugar de onde vieram. ” a oração deve ser uma reação humana à ação divina.

Um dos ministérios mais difíceis, no reino de Deus, é o da oração. Talvez o mais. E, além do mais, há pouco ou quase nenhum interesse por esse assunto. Jesus tinha um grupo de 12 apóstolos, mas só um propôs a Ele que os ensinasse a orar. Pouca gente se percebe motivada a orar, ou quer orar.

Orar não é fácil. Trata-se de um diálogo de uma pessoa física com uma pessoa metafísica, isto é, além da física. É a conversa dum ser que vive na esfera tridimensional, com alguém que está numa outra dimensão, completamente fora da nossa. Como posso falar com alguém que não vejo, não escuto e não percebo a sua presença real? Somente pela fé. Alguém que realmente crê na presença invisível do Espírito Santo. Caso contrário, tal pessoa se achará falando sozinha. Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam. Hebreus 11.6

Há muita dificuldade em orar. É mais complicado orar, do que trabalhar. Hoje é muito mais fácil encontrar um pregador do que um intercessor. Um cantor do que um adorador secreto. Tudo o que exige o suor e o agito do corpo e da alma é mais atrativo do que a quietude e confiança na oração, que exige paciência e um aparente ócio. Falar com as pessoas sobre Deus é uma grande coisa, mas falar a Deus sobre as pessoas é algo ainda maior. No nosso mundo, o agito da alma é mais interessante do que a quietude da alma.

Além do mais, caímos na teia da urgência, negligenciando aquilo que é importante. Vivemos o tempo todo emaranhados em servir as expectativas alheias do que procurando aquilo que realmente vai satisfazer os anseios mais profundos do ser humano, que só se encontra na presença de Deus, nossa origem.

Uma outra questão no processo da oração é o tempo que investimos no tema. “A maioria dos problemas dos crentes modernos origina-se do tempo exagerado que passa usando as mãos e do tempo insuficiente que passa usando os joelhos”, disse muito bem Ivern Boyett. O pequeno valor que damos à nossa oração torna-se evidente pelo tempo que dedicamos a ela.

Orar exige muita concentração. Falar com alguém numa dimensão invisível e imperceptível, sendo distraído, o tempo todo, por tudo o que é sensorial, requer um nível de atenção fora de série. Jesus convidou três dos seus discípulos para orar com Ele, mas vejam o que aconteceu: E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo? Mateus 26.40. ainda bem que naquele tempo não havia “uatizapi”, senão os problemas de Jesus seriam maiores.

Orar é sempre uma luta espiritual intensa. Quem ora encontra-se num plano material, embora trave uma guerra no mundo transcendente, porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. Efésios 6.12. É o combate entre dois mundos: o material e o espiritual. A igreja que não ora, colabora direto com o Diabo na expansão do seu império maligno.

Orar não é um assunto da pessoa natural. Trata-se de um expediente da vida espiritual. Só atenta às realidades espirituais aquele que tem vida espiritual. O ser natural pode rezar, repetir palavras e mantras; mas falar com Deus, nunca. A oração é uma conversa espiritual de um filho de Deus com o seu Pai.

Oração é uma realidade espiritual movida pela fé, e essa só funciona no mundo invisível. Ora, ter fé é ter certeza de que vamos receber as coisas que esperamos e ter convicção de que uma coisa existe, mesmo quando não a vemos. Hebreus 11.1. Não existe fé nesta dimensão. Nesta, constatamos os fatos sensíveis. Aquele que crê, fica tão seguro das coisas que estão acontecendo em uma outra dimensão que não se preocupa com o balançar da cauda dos leões ao seu redor.

Daniel, o servo de Deus, experimentou novas amizades felinas ao orar com fé. O Rei que o maltratara pode ter ficado sem dormir, mas não aquele intercessor. O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca aos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; também contra ti, ó rei, não cometi delito algum. (Dn 6.22). Aqui está a lição da serenidade: paz diante de Deus e das pessoas.

A oração é uma realidade espiritual manifesta apenas no ser espiritual, que tem a visão espiritual. Nós não nos concentramos nas coisas que podemos ver, mas nas coisas que não podemos ver. Pois o que nós podemos ver é temporário, mas o que não podemos ver é eterno. 2 Coríntios 4.18. A oração é uma visão do invisível.


Não vamos pagar preço nenhum para orar; mas vamos pagar caro se não orarmos! Não gosto de ouvir, no meio evangélico, de que temos que pagar algum preço, pois Jesus pagou um alto preço por nossa redenção, e jamais teremos que
gar alguma coisa pelas dádivas que Deus nos deu. Não pagamos coisa alguma vivendo em oração, mas pagaremos caro se não orarmos.
Oração é na verdade, uma senha para sermos atendidos e recebermos as dádivas dos céus. Aquele que nasceu de novo deseja a amizade com seu Pai e com seu Filho Jesus Cristo. Além do mais, perde quem não ora, pois muito do seu trabalho seria facilitado, com menos esforço e com mais produtividade. Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. Filipenses 4.6
As reuniões de oração são termômetros da vida espiritual da igreja. Nenhuma igreja é maior do que suas reuniões de oração. Todos nós devemos orar em nosso lugar secreto, mas se nós não orarmos juntos, como igreja, não somos uma igreja de verdade.
A igreja de Jerusalém tinha o hábito de orar em comunhão congregacional, e, ao orar, o Senhor se manifestava. Vejam essa ocasião, quando oraram pelos apóstolos que foram presos: tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus. Atos 4.31. Assim como o fogo precisa de mais combustível para queimar com mais força e vigor, assim a igreja precisa de maior ênfase na oração para se tornar fervorosa.
Todos nós, na igreja, temos diferentes dons, segundo a medida da graça, mas, como filhos de Deus, como trigo legítimo, temos todos a capacidade espiritual de sermos intercessores, portanto, todos nós somos vocacionados a participar da vida de oração na comunidade espiritual.