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sexta-feira, 10 de abril de 2015

Notas de Pregação do Domingo, 05


A NOSSA CONFISSÃO

Marcos 8.27-30

 Como Jesus Cristo seria classificado num teste de perfil?
Phillip Yancey conta:

A personalidade que brota dos evangelhos, difere radicalmente da imagem de Jesus com a qual estamos acostumados nos filmes de hollywood. Nesses filmes, Jesus recita suas mensagens monotonamente e sem emoção.  Caminha pela vida como um indivíduo calmo entre um elenco de figurantes agitados. Nada perturba. Distribui sabedoria em tons apáticos comedidos. É, em suma, um Jesus prosaico.

Em contrapartida, os evangelhos apresentam um homem com tal carisma, que o povo ficava sentado por 3 dias sem intervalo, sem comer, apenas para ouvir as usas palavras instigantes. Ele parece emocionado, impulsivamente movido pela compaixão” ou “cheio de piedade”. Os evangelhos revelam uma cadeia de reações emotivas de Jesus: súbita simpatia por uma pessoa leprosa, exuberância devido ao sucesso de seus discípulos, um rasgo de raiva diante dos legalistas frios, tristeza por causa de uma cidade não receptiva e depois aqueles gritos horríveis de angustia no Getsêmani e na cruz. Tinha uma paciência quase inexaurível com os indivíduos, mas não tinha paciência nenhuma com os religiosos e a injustiça.

Uma vez estive num retiro para homens destinado a ajuda-los a “entrar em contato com suas emoções” e quebrar os estereótipos restritivos de masculinidade. Enquanto me encontrava sentado num pequeno grupo, ouvindo outros homens contar suas lutas para se expressarem e para experimentarem, verdadeira intimidade, percebi que Jesus Cristo viveu num ideal de realização masculina que dezenove séculos mais tarde ainda escapa à maioria dos homens. Três vezes, pelo menos, ele chorou na frente dos seus discípulos. Não ocultou seus temores nem hesitou em pedir ajuda: “a minha alma está cheia de tristeza até a morte”, ele lhes disse no Getsêmani. “Ficai aqui e velai comigo”. Quantos lideres fortes de hoje se mostrariam tão vulneráveis?

Ao contrário da maior parte dos homens que conheço, Jesus Cristo também gostava de elogiar outras pessoas. Quando operava um milagre, não raro desviava o credito de volta para o contemplado: “a tua é te salvou”. Chamou Natanael “um verdadeiro Israelita, em quem não há nada falso”. De Joao Batista, disse que não havia nenhum homem maior nascido de mulher. Ao instável Pedro deu outro nome: “a rocha”.  Quando um a mulher assustada lhe ofereceu um extravagante ato de devoção, Jesus defendeu-a contra as críticas e disse que a história de sua generosidade seria lembrada para sempre.

Os evangelhos mostram que Jesus rapidamente estabeleceu intimidade com as pessoas que conhecia. Quer falando com uma mulher junto a um poço, quer com um líder religioso no jardim, quer com um pescador no lago, chegava mediatamente ao âmago da questão, e depois de rápidas palavras de conversação essas pessoas revelavam a Jesus seus segredos mais íntimos. As pessoas do seu tempo inclinavam-se a manter os rabinos e os “homens santos” a uma distância respeitosa, mas Jesus extraia delas algo mais, uma fome tão profunda que se aglomeravam dele para lhe tocar as vestes.

Jesus Cristo não segui mecanicamente uma lista de “coisas para fazer hoje”, e duvido que apreciasse a ênfase que damos hoje à pontualidade e ao planejamento preciso. Ele foi a festas de casamento que duravam dias. Deixava-se distrair por qualquer “João ninguém” que encontrasse, quer uma mulher com hemorragia que timidamente lhe tocou o manto, quer um mendigo cego que se tornou maçante. Dois de seus mais impressionantes milagres (a ressurreição de Lazaro e a da filha de Jairo) aconteceram porque ele chegou tarde demais para curar a pessoa doente.

Jesus foi “o homem dos outros”, numa excelente frase de Bonhoeffer. Manteve-se livre – livre para os outros. Aceitava quase qualquer convite para jantar, e por conseguinte nenhuma figura pública tinha uma lista mais diversa de amigos, desde pessoas ricas, centuriões romanos e fariseus, até cobradores de impostos, prostitutas e vítimas de lepra. As pessoas gostavam de estar com Jesus; onde ele estava, havia alegria.

Contudo, devido a todas essas qualidades que remetem para o que os psicólogos gostam de chamar autorrealização, jesus quebrou o protocolo. Como C.S. Lewis diz: “Ele não foi de maneira nenhuma o quadro que os psicólogos pintam de cidadão integrado, equilibrado, ajustado, feliz no casamento, bem empregado, popular. Não podemos realmente estar “bem ajustados” ao nosso mundo se ele nos diz “vá para o inferno” e nos acaba pregando nus a um poste de madeira”.

A cidade

Cesaréia de Filipe. A 40 km ao norte de Betsaisa, perto do monte Hermon.

 João Batista (versículo 28a )

O povo daquele tempo considerava João Batista como um profeta. De fato ele foi o último profeta desde a linhagem do Antigo Testamento. O ministério de Joao foi chamar Israel ao arrependimento coo preparação para chegada do Messias.

Herodes espalhou que Jesus Cristo era João porque estava arrependido e pesado por ter caído numa cilada de bêbado.
Os seguidores de João Batista, existem hoje e são considerados como aqueles que procrastinam (deixam tudo para Depois). Afinal um dia Jesus Cristo virá para cada um.

 Elias (Versículo . 28b)

Os judeus ainda estavam esperando um profeta que viria prenunciar o Messias. Jamis que fosse Jesus Cristo, principalmente por causa das suas qualidades, ou falta delas.

Alguns viam Jesus Cristo como cumprimento de Deuteronômio 8.15, a profecia messiânica que apontava para aquele que, tal como Moisés, lideraria o povo  para libertação do império Romano.

Outros estavam dispostos a reconhecer Jesus Cristo apenas como um grande profeta, ou alguém que estava retomando a linhagem suspensa dos profetas do Antigo Testamento.

Estes, são o tipo de pessoas que seguem apenas as tradições religiosas, destituídos de Jesus Cristo.

 
A NOSSA CONFISSÃO (Versículo 30)

Esta é a pergunta que o Espirito Santo faz a nós.

Pedro teve uma revelação: Tú és o Cristo de Deus.

 O nome que a Bíblia se refere tem muita importância. Percebemos:

Jesus Cristo (Marcos 1.1) – o homem divinizado, no porte de Deus;

Cristo Jesus (Atos 17.3) – Deus humanado, em pele de homem.

É imperioso anunciar que Deus se tornou homem para assumir o nosso pecado. Porém é imperativo anunciar que o homem crucificado se levantou dentre os mortos, pelo poder de Deus, a fim de se tornar  o cabeça de uma nova raça. Se houve um Deus que se encarnou num homem da história, há um homem exaltado no trono de Deus.

O Cristo humanado aqui na terra é o homem divino lá no céu. Cristo Jesus é Deus em pele de homem, Jesus Cristo é o homem no porte de Deus.

A humanidade de Deus e a divindade do homem fazem parte do projeto eterno da salvação. Quando Jesus desceu à Terra, não deixou de ser Deus; quando voltou ao céu, não deixou de ser homem.

Desafio

“E vocês, quem dizem que eu sou?”

Você é um seguidor de João Batista, um procrastinador?

Um seguidor de Elias, adepto à religiosidade morta, sem poder?

 Ou você reconhece Jesus Cristo como o Filho do Deus vivo, que o considera:

- a pessoa mais importante;

- o Senhor da tua vida, de fato;

- o conhecimento da Sua pessoa, sua dependência dele, sua esperança nele e sua energia para viver e para morrer é o fato mais importante da tua existência?

Disto vai resultar tudo o que você é, faz, e fala. Essa confissão determinará todas as suas reações no desempenho da vida.

 Pr. Fábio Alcântara

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