Quando Max Planck recebeu o Premio Nobel pela descoberta da teoria quântica, ele disse: ao olhar para trás e perceber o longo e labiríntico percurso que por fim conduziu à descoberta, sou vividamente lembrado da afirmação de Goethe de que os homens sempre cometerão erros enquanto estiverem empenhados em alguma atividade.
Como você sabe, ainda que o cristianismo nos traga uma mensagem de cruz, de redenção e de pecado, não estamos dispostos a admitir que fracassamos na vida. Por quê? Por causa dos mecanismos de defesa da natureza humana. Por causa da imagem de bem sucedidos que nossa cultura exige.
Há alguns problemas sérios com essa história de projetarmos a imagem perfeita. Em primeiro lugar, simplesmente não é verdade – nem sempre somos felizes, otimistas ou no controle da situação.
Em segundo lugar, projetar a imagem impecável nos impede de alcançar as pessoas que acham que simplesmente jamais as entenderíamos.
Em terceiro lugar, ainda que pudéssemos viver sem nenhum conflito, sofrimento ou erros, seria uma existência irrelevante. O cristão com profundidade é a pessoa que fracassou e aprendeu a viver com seu fracasso.
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